Capitulo 24 ▲ Who is he?

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O som da campainha ecoou pela sala e eu agradeci por um pesadelo já ter chegado ao fim, agora só resta ir para aquela casa e esperar o que possa sair dali. Mais uma vez deixei a multidão apressada sair da sala e só a seguir peguei nas minhas coisas e abandonei o espaço indo até ao portão e vendo o carro de Cameron, com ele do lado de fora encostado a este e de braços cruzados. Ele é realmente bastante atraente, sem dúvida, mas infelizmente tem aquele seu feitio indecifrável que estraga a sua beleza.

"Abigail!" Ouvi o meu nome a ser pronunciado e imediatamente virei-me vendo Hayes a vir até mim. Sem querer olhar para a cara deste rapaz retomei o caminho até Cameron, pois sei que ele não gosta de esperar. "Abigail!" Ouvi-o novamente mas desta vez mais perto e senti o meu braço a ser puxado e assim que me virei estávamos demasiado perto o que me fez afastar e largar-me do seu aperto.

"Eu tenho de ir Hayes." Falei sem nunca olhar para ele e quando me ia a virar ele impede-me.

"Eu apenas te queria pedir desculpa sobre o que aconteceu há pouco atrás do pavilhão." Eu olhei-o admirada. O Hayes Grier a pedir desculpa? E logo à minha pessoa?

"Tudo bem, agora tenho de ir." Ele colocou-se à minha frente novamente.

"Porquê tanta pressa? Além disso eu gostava que ficasses para me ajudares em matemática, esta matéria está a dar-me cabo do juízo." Eu olhei-o mais uma vez admirada. Confesso que este Hayes é completamente diferente do Hayes que ainda há uns minutos teve aquelas atitudes atrás do pavilhão.

"Eu..." Olhei de relance para Cameron e vi que a sua expressão era séria. Certamente ele não me estava a gostar de ver a falar com o rapaz de olhos azuis. "Eu não posso Hayes, desculpa."

"Está tudo bem Abigail? Tens andado demasiado estranha..." Ele aproximou-se mais de mim e eu por reflexo afastei-me.

"Eu estou bem, só que eu tenho mesmo de ir Hayes." Passei por ele mas este agarrou-me novamente virando-me para ele. Vi-o a olhar por cima do meu ombro de seguida para mim novamente.

"Quem é aquele e porque é que ainda não parou de olhar para nós?" Perguntou e o seu tom de voz era sério.

"Ele... ele é..." Eu tentei arranjar algo que fosse credível mas nada saía da minha boca. Eu definitivamente só queria um buraco para me enfiar e nunca mais de lá sair.

"Eu sou o namorado da Abigail e se tu não a largas vamos ter sérios problemas." Ouvi a sua voz atrás de mim e rapidamente estremeci pelo seu tom agressivo.

"Namorado?" Percebi claramente que Hayes estava confuso e, percebo-o porque também eu estou confusa com a minha vida. Acontece tudo tão rápido e é um acontecimento atrás do outro que nem me dá tempo de respirar.

"Sim namorado." Cameron respondeu e agarrou no meu braço puxando-me para ele. "Agora vamos." Falou para mim e continuou a puxar-me até ao carro.

A meio do caminho eu olhei para trás e vi Hayes a olhar para nós com uma expressão pensativa e talvez um pouco séria, era difícil de perceber. Cameron abriu-me a porta de trás do carro e eu entrei sem dizer uma única palavra, e fomos assim o caminho todo, em total silêncio.

Assim que ele parou o carro em frente à mansão entregou as chaves para o homem de fato preto que lhe veio abrir a porta, assim como a minha, e agarrou-me levando-me para dentro do edifício e fechando a porta com força.

"Quem era aquele gajo caralho?" Deu-me um estalo e eu logo percebi que isto ia acontecer de novo, já parece rotina.

"Era apenas um colega."

"Ai sim? Então porque é que o gajo não te largava?" Bateu-me novamente mas desta vez no outro lado da face.

"Eu não sei..." Disse já com lágrimas nos olhos.

"Para de chorar, merda!" Gritou e bateu na parede ao seu lado seguindo caminho até mim e encostando-me com força à parede, o que me fez estremecer. "Tu não percebes que eu só te quero proteger?" Falou passando a mão pela minha bochecha ligeiramente molhada devido às lágrimas. "Eu só não te quero perder bebé, tornaste-te muito importante na minha vida..." Falou e beijou a minha bochecha seguido do meu maxilar e pescoço o que me fez chorar ainda mais. Por favor que aquilo não se repita! "Eu sou o único que te pode fazer sentir bem..." A sua mão foi até à minha anca e fez com que os nossos corpos se juntassem o mais possível.

"Cameron..." Eu tentei falar com a minha voz um pouco distorcida devido ao choro e este olhou-me e limpando-me as lágrimas.

"Diz amor." Falou calmamente e eu funguei contendo as lágrimas.

"O Hayes não é nada, eu só quero distância dele." As minhas palavras provocaram um sorriso no seu rosto.

"Pois queres bebé, porque se a partir de agora eu te voltar a ver com ele, vais ser castigada, e tu sabes como podem ser os meus castigos." Falou desviando uma madeixa do meu cabelo para trás da minha orelha. Eu apenas assenti sem querer dizer mais nada, a única coisa que eu agora desejava era que ele me deixasse ir para o meu quarto em paz. "E se fossemos tomar banho?" Eu estremeci pois não quero mesmo nada que ele me obrigue a fazer algo.

"Eu..." Tentei falar mas simplesmente a minha boca estava seca e sem qualquer capacidade para pronunciar algo.

"Vamo-nos só lavar, não te preocupes com isso..." Acariciou uma vez mais a minha cara e eu fiz um esforço enorme para prender as minhas lágrimas.

"Tudo bem." Saiu mais como um sussurro, e mesmo que eu quisesse dizer 'não', eu não podia porque eu não o posso contrariar.

Ele pegou na minha mão e levou-me até ao andar de cima até à casa de banho. Assim que nos encontrávamos dentro da divisão ele fechou a porta trancando-a o que me fez olhá-lo com um certo receio. Ele nada disse, apenas caminhou até mim ao mesmo tempo que tirava a sua camisola e a mandava para o chão. Ele agarrou na minha anca e puxou-me mais para si fazendo o meu corpo colar-se ao seu e as minhas mãos irem parar ao seu peito que involuntariamente começaram a descer pelos seus abdominais e voltando a subir até aos seus peitorais.

"Gostas?" Perguntou sedutoramente ao meu ouvido e eu rapidamente caí em mim tirando as minhas mãos e afastando-me um pouco.

"Desculpa..." Pronunciei sem nunca o mirar e senti as minhas bochechas a ficarem cada vez mais quentes. Mas o que é que me deu?

"Não tem mal bebé..." Puxou-me novamente para ele. "Podes tocar sempre que quiseres." Beijou o meu pescoço e senti as suas mãos a entrarem dentro da minha camisola começando a retirá-la aos poucos.

Este vai ser um longo banho...

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