Capitulo 35 ▲ You want this!

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Hayes olhou-me com uma expressão confusa e eu apressei-me a passar por ele e sair da banheira. Abri o armário que continha as toalhas e tirei de lá uma começando a limpar o meu cabelo.

"Abby..."

"Por favor Hayes..." Interrompi-o e afastei-me quando ele toca no meu braço.

"Tu queres isto tanto quanto eu!" Falou ao mesmo tempo que se aproximava, o que me fez andar para trás até ficar presa entre a porta e a sua pessoa. "Eu vejo a forma como a tua respiração acelera quando me aproximo..." Juntou os nossos corpos por completo fazendo-me sentir vulnerável a ele. Como é que ele tem este efeito em mim? "Adoro quando o teu corpo reage ao meu toque..." Falou passando a sua mão ao longo do meu braço acabando na minha cintura e fazendo alguma pressão para me chegar mais perto dele, o que era praticamente impossível. "Agora diz-me Abby..." Disse à medida que ia aproximando os nossos lábios. "Tu queres, ou não queres isto tanto quanto eu?" Sem conseguir proferir qualquer palavra aproximei a minha boca da sua com a intensão de as juntar mas ele afastou-se ligeiramente. "Di-lo." Falou num tom autoritário o que me fez derreter por completo.

"Eu quero." Falei mais como um sussurro pois encontrava-me demasiado fraca, mas penso que ele percebeu pois encostou-me bruscamente contra a porta colidindo os nossos lábios de uma maneira desesperada. As minhas mãos foram de imediato de encontro aos seus cabelos e as suas permaneceram na minha cintura anulando qualquer espaço existente entre nós.
Senti os seus beijos a passarem para o meu pescoço o que me fez fechar ainda mais os olhos com o prazer que ele me estava a proporcionar. As suas mãos deixaram a minha cintura indo ao encontro das minhas costas percorrendo estas até chegarem ao meu soutien, prontas para o desapertarem, mas eu rapidamente o afastei.

"Eu não posso..." Passei por ele e tapei-me o máximo possível com os braços dado que ainda estávamos ambos em roupa interior.

"Tu pensas demasiado Abigail." Falou ao mesmo tempo que se aproximava de mim, mais uma vez. Mas será que ele não consegue ficar longe? "Esquece o idiota do teu namorado, apenas aproveita o momento." Colocou uma parte do meu cabelo molhado atrás da minha orelha.

"Ele..." Mordi o meu lábio inferior devido aos nervos e suspirei decidida a contar. " O Cameron não é meu namorado." Acabei por admitir baixando a cabeça mas Hayes colocou o seu dedo indicador no meu queixo obrigando-me a olhá-lo.

"Então o que é que te incomoda tanto?" O seu dedo começou a fazer caminho desde o meu pescoço até aos meus peitos onde rapidamente foi agarrado pela minha mão, parando com os seus movimentos. "Porque é que não me deixas tocar-te?" Olhei diretamente nos seus olhos e estes tinham um olhar tão intenso.

"Eu não posso Hayes..." Repeti as minhas palavras de há pouco.

"Eu sei que tu queres! Eu vejo a maneira como me respondes." Disse dando um passo na minha direção. "Deixa-me fazer-te sentir bem..." Falou ligeiramente mais baixo e rapidamente as palavras do Cameron me vieram à cabeça.

"Cameron..." Tentei falar mas devido aos nervos do que pudesse vir a acontecer, as palavras não saiam. Odeio quando fico assim!

"Calma, eu só te quero fazer sentir bem." Falou enquanto me estendia ao longo do sofá e se colocava por cima de mim.

"Mas eu não..."

"Apenas relaxa Abigail."

"Desculpa Hayes." Dito isto apressei-me a passar pelo rapaz de olhos azuis e a sair da casa de banho indo até ao seu quarto. Assim que me encontrava dentro da divisão deslizei pela porta até ao chão onde abracei as minhas pernas.

Lágrimas começaram a ser derramadas por mim e eu apenas pensava no facto de a história se repetir novamente. E se Hayes acabasse mesmo por-me violar ali no meio da casa de banho? Eu ainda não me esqueci da sua atitude no último dia de aulas atrás do pavilhão, ele estava completamente possuído! Estava fora de si e até se pode dizer irreconhecível.
É incrível a maneira como ele me faz sentir, e nem precisa de fazer nada para eu me encontrar completamente vulnerável e fraca com a sua presença. Mas o medo é superior a qualquer sentimento que eu possa nutrir quando estou perto dele. Tenho medo do que ele me possa fazer se eu o continuar a rejeitar. Tenho medo que isto seja apenas mais um dos seus teatros para conseguir o que quer. E tenho medo que se eu me entregar por completo a este rapaz ele vá usar isso contra mim quando voltarmos às aulas e ele estiver na companhia dos seus amigos.

Eu não vou negar, desde que nos beijámos pela primeira vez que eu me tenho vindo a sentir cada vez mais atraída por ele, e parece que quanto mais eu me afasto, mais ele se aproxima. É impossível negar a sua beleza, ele é dos rapazes mais desejados lá da escola e é óbvio a razão, ele tem uns olhos que deixam qualquer rapariga louca por ele, e o seu corpo é perfeitamente definido.

Mas no que é que eu ando a pensar?

Deixando-me destes pensamentos e limpando as lágrimas que caíram pela minha cara, vou até à gaveta de Hayes onde tirei de lá uma t-shirt azul com alguns desenhos em preto e um azul mais escuro, vestindo-a, tirando em seguida o meu soutien que ainda se encontrava um pouco molhado.

"Posso entrar?" Ouvi a sua voz a seguir de um leve bater na porta.

"Sim." Falei virando-me e vendo Hayes a entrar pela porta apenas em boxers pretos e com os seus cabelos castanhos agora mais escuros devido a estarem com água. Ele fica tão atraente assim! "Ahm... Eu posso ir preparar alguma coisa para comermos enquanto tu te vestes?." Meio que perguntei devido à minha atrapalhação.

"Está bem." Ele foi ao encontro das suas gavetas, passando por mim, e vi-o a tirar de lá umas calças de fato de treino antes de sair para a cozinha.

Ao passar pela sala reparo que Nash não dormiu lá dado que o sofá encontrava-se exatamente como eu e Hayes o deixamos ontem. Sem me preocupar demasiado com o assunto preparei uns ovos com bacon e um sumo de laranja deixando um pouco de parte caso o Nash chegue e tenha fome. Depois de colocar a mesa vi o rapaz de olhos azuis a entrar na divisão apenas com as calças que eu lhe vi a tirar da gaveta, e com o seu cabelo puxado ligeiramente para cima.

Sentei-me e este sentou-se ao meu lado e ambos começámos a comer num silêncio um pouco constrangedor.

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