Dating Text ▲ H.G

Capitulo 37 ▲ Nash, help me please!

"Estás a sério?" Olhei-o confusa, ele pensa que eu iria inventar algo assim?

"Achas que eu estou a mentir?"

"Não, merda, não era isso que eu queria dizer." Ouvi-o respirar fundo e a passar a mão pelo seu cabelo, puxando este mesmo para cima.

"Hayes eu..."

"Caralho Abigail! Foi mesmo ele?" Interrompeu-me e eu confesso que estou a ficar um pouco assustada com a sua reação. Acho que nunca o tinha visto assim tão... agressivo?

"Sim, foi." Respondi mais como um sussurro mas penso que ele ouviu pois no segundo a seguir mandou a cadeira que estava à sua frente ao chão fazendo um estrondo pela casa que me fez saltar. De seguida atirou o prato ainda com um pouco de comida, do pequeno-almoço de Nash, ao chão juntamente com o copo de vidro já vazio. Rapidamente me levantei e antes que ele conseguisse partir mais alguma coisa eu tentei agarrá-lo. "Hayes por favor para!" Ele saiu do meu aperto e pegou na beira da mesa virando esta ao contrário. "Nash ajuda-me por favor!" Gritei já em pânico pois não sabia o fazer. Nunca vira Hayes neste estado, ele parece completamente fora de si.

Mais lágrimas eram derramadas pelos meus olhos sem ter ideia do que possa fazer para o parar. Nash não aparece depois de eu o chamar pela segunda vez e Hayes continua completamente furioso e a partir tudo o que lhe aparece à frente. Fui até ele novamente e quando ele pegou numa jarra que se encontrava no parapeito da janela, pronto para a partir, eu agarrei nos seus pulsos fazendo os nossos olhares se cruzarem. A minha boca abriu-se assim que reparei no azul dos seus olhos que já não estavam o azul que me hipnotiza cada vez que os olho, mas sim um azul-escuro, demasiado escuro até, quase preto, que me deixa com certezas de que ele está completamente fora de controlo. A raiva está a tomar conta de si fazendo-o ter estas atitudes.

"Hayes..." Falei tentando impedir as lágrimas de saírem e aproximando-me cada vez mais dele sem nunca largar os seus pulsos. Ele estava tenso, mas conseguia perceber que se ia acalmando. Agarrei na pequena jarra com flores e coloquei-a no seu devido lugar, chegando-me a ele novamente. "Está tudo bem." Assegurei ao pobre rapaz de olhos azuis agora mais claros que anteriormente.

"Não está." Ele falou com a respiração acelerada por ter destruído a cozinha. "Ele tocou-te contra a tua vontade." Falou e aproximou-se ainda mais colocando a sua mão na minha bochecha, acariciando esta.

"Eu estou bem." Garanti mesmo sabendo que isso não era verdade.

O seu corpo aproximou-se completamente do meu o que me fez arrepiar com a nossa aproximação.

"Ele foi um cobarde por te ter feito isso." A sua boca foi-se aproximando da minha e eu comecei a não conseguir controlar a minha respiração.

Este rapaz é tão bipolar, senhor! Ainda à uns segundos estava a destruir tudo pela cozinha e eu a gritar para ele parar chamando Nash para me ajudar, e agora já estamos os dois com as nossas bocas coladas e as nossas línguas a fazerem uma dança que só elas sabem, completamente desesperados pelo toque um do outro.

Hayes pegou em mim colocando-me em cima da bancada à sua frente e colocando-se entre as minhas pernas. As suas mãos percorriam cada traço das minhas costas e as minhas exploravam o seu cabelo de uma maneira selvagem.

"Deixa-me ajudar-te a esquecer." Falou no meu pescoço mas rapidamente passou para os meus lábios novamente.

"O quê?" Perguntei um pouco espantada ao mesmo tempo que ele mordia o meu lábio inferior. Certamente não estava à espera que ele dissesse uma coisa destas.

"Deixa-me fazer-te esquecer as memórias que tens dessa vez." Agora apenas tínhamos as nossas testas juntas e com os olhos concentrados um no outro.

"Hayes..." Eu não acredito que ele me está a pedir isto! Ele não está a pensar fazer sexo comigo, está?

"Por favor..." Ele parecia tão desesperado que antes que eu conseguisse controlar aquilo que ia dizer as palavras já haviam deixado a minha boca.

"Está bem." Ele não disse nada apenas pegou em mim novamente e começou a andar pela casa. A minha cabeça descansava no seu ombro enquanto ele caminhava. "E o teu irmão?" Nash não pode saber disto! E eu esqueci-me que ele também faz parte desta casa... Estou feita!

"O meu irmão saiu e disse que não sabia a que horas voltava, por isso relaxa." De certo modo fiquei mais descansada, mas mesmo assim não sei se isto é o mais acertado a fazer...

"O que é que vais fazer?" Perguntei quando este me colocou em cima da cama e vinha para cima de mim fazendo-me deitar ao longo desta.

"Não vou fazer sexo contigo Abigail, descansa." Um certo peso que tinha sob os meus ombros desapareceu fazendo ficar um pouco mais aliviada. "Confia em mim, vais ver que vais gostar." De repente a minha respiração começou a falhar e imagens de o Cameron a fazer-me sentir bem depois de ter dito exatamente as mesmas palavras que Hayes, começaram a aparecer na minha mente.

"Eu não..."

"Esquece-o Abigail, esquece tudo o que ele te fez, esquece a maneira como ele te tocava. Agora sou eu, sou eu que estou aqui contigo, sou eu que te vou fazer sentir bem..." Interrompeu-me e começou a beijar o meu pescoço fazendo-me suspirar de imediato e mandar todas aquelas imagens para trás, concentrando-me neste rapaz de olho azul em cima de mim.

Ainda não acredito que estamos mesmo a fazer isto...

Os meus olhos fecharam-se apenas para apreciar o seu toque que percorria o meu corpo inteiro por baixo da sua camisola, até as suas mãos começarem a remover esta que se encontrava em mim.

"És tão perfeita Abby." Falou com o seu dedo indicador a percorrer os meus peitos até à minha barriga, enquanto Hayes acompanhava os seus movimentos com o seu olhar. Ao chegar às minhas cuecas, que eram a única peça de roupa que eu tinha vestida neste momento, ele beijou-me e senti a sua mão a entrar dentro destas fazendo-me agarrar no seu braço para o parar. Ele afastou as nossas bocas e apenas me olhou diretamente nos olhos, sem dizer uma única palavra, e eu apenas fui largando o meu aperto no seu braço permitindo que ele continuasse. Ele deu-me um leve sorriso e antes de fazer algo, beijou-me calmamente pedindo, indiretamente, para confiar nele.

Deixei-me levar e senti o seu dedo no meu ponto de prazer começando a estimular este mesmo, fazendo-me soltar vários sons em aprovação.

Isto é errado, eu sei...