"Vou sair a seguir." Nash falou enquanto ambos levantávamos a mesa.
"Está bem."
"Ficas bem aqui sozinha com o meu irmão?" Olhei-o um pouco confusa mas pela sua expressão facial percebi ao que se referia, o que me fez suspirar.
"Nash não te preocupes, eu fico bem." Ele assentiu e fechou a torneira onde estava a lavar o último prato e deu-mo para secar com o pano que tinha nas mãos.
"Vou-me preparar então."
"Posso saber com quem vais ao menos?" Olhei-o certamente curiosa e este rapidamente rolou os olhos.
"Sim é com uma rapariga mas não é nada do que estás a pensar." Eu ri-me.
"Eu não estou a pensar em nada." Coloquei o prato no armário e dobrei o pequeno pano colocando-o em cima da bancada.
"Estás sim Abigail, eu já te conheço." Sorri-lhe e vi-o a sair da cozinha. Ri-me comigo mesma e coloquei a pequena taça, com fruta lá dentro, no centro da mesa e saí da cozinha indo em direção à sala onde se encontrava Hayes deitado ao longo do sofá branco.
"O teu irmão vai sair." Falei sentando-me num dos sofás feitos apenas para uma pessoa que se encontrava ao lado do de Hayes.
"Boa para ele." Falou sem nunca tirar o olhar da televisão. "Podes ir com ele que eu não quero saber." Olhei-o um pouco espantada com a sua atitude mas depois lembro-me que ele é o Hayes Grier bipolar.
"Ele vai sair com uma rapariga, não quero mesmo estar a mais." Hayes não respondeu apenas continuou a mirar o ecrã televisivo onde se encontrava a dar algo completamente desconhecido para mim.
"Bem eu vou andando miúdos, ficam bem?" Nash falou aparecendo à porta da sala a vestir do seu casaco de cabedal preto. Ele estava extremamente elegante, devo dizer.
"Sim, vai descansado." Respondi dado que o seu irmão nada disse.
"Ainda bem, até amanhã porque não sei a que horas volto." Veio até mim beijando o topo da minha cabeça e ao passar pelo sofá onde estava deitado Hayes apenas lhe mexeu no cabelo despenteando-o.
"Vá vai lá comer a gaja e deixa o meu cabelo em paz." Refilou para Nash o que o fez soltar uma leve gargalhada.
"Juízo." Falou antes de sair pela porta de entrada.
Ficou um silêncio constrangedor entre nós, nesta sala apenas se ouvia o som da televisão onde passava algo que, como já disse, era-me completamente desconhecido. Olhei para Hayes e eu sabia que ele não estava concentrado no que estava a passar no ecrã à sua frente, ele tinha uma expressão pensativa no rosto e as suas sobrancelhas encontravam-se um pouco juntas assim como a sua testa um pouco enrugada, mostrando que ele estava devidamente focado nos seus pensamentos.
Devo afirmar que ele é bastante atraente, então ontem à noite quando ele se encontrava apenas coberto por uns boxers eu ia derretendo com a imagem do seu corpo perfeitamente definido. Mas quando ele me beijou pela primeira vez eu não sabia já onde estava, encontrava-me completamente nas nuvens e sentia as minhas pernas bambas.
Quando ele me disse que eu mexia com ele, hoje na casa de banho, eu não sabia o que fazer. Por um lado eu gostava de acreditar que sim porque é impossível negar que este rapaz de olho azul me é indiferente, porque não é, de todo! Ele mexe completamente com o meu sistema nervoso, basta ele se aproximar de mim que eu já estou no chão de tão fraca que fico. Ele deixa-me nervosa cada vez que se aproxima demasiado e a minha respiração fica como se eu tivesse acabado de correr uma maratona. Por outro lado eu sei que ele apenas me deve estar a fazer estas coisas porque quer algo de mim. Ele apenas se quer aproveitar, tal como sempre faz, mas a maneira como ele me olha, como me toca. Eu não sei mas é de uma maneira tão intensa, tão real. Eu sei que estou a ficar maluca mas é exatamente o que este rapaz me faz, deixa-me louca!
"Abigail!" Ouvi-o a chamar a minha atenção e rapidamente abstraí-me dos meus pensamentos percebendo que o mirava. Assim que senti as minhas bochechas a ferver baixei a cara para os meus dedos começando a brincar com estes.
"Sim?"
"Tu estiveste mesmo num orfanato?" Olhei-o um pouco confusa.
"Porquê essa pergunta agora?" Tentei não suar rude mas a verdade é que não gosto de falar destes assuntos.
"Apenas curiosidade, eu não sei nada de ti."
"Não há nada de interessante para saber." Falei baixando a cabeça para os meus dedos que continuavam numa pequena guerra, mostrando o meu nervosismo.
"Vamos jogar a um jogo." Levantei o meu olhar para o rapaz que se encontrava, neste momento a sair do sofá e a desaparecer até à cozinha. Fiquei um pouco confusa com a sua mudança repentina de assunto, e fiquei completamente sem reação quando ele apareceu novamente na sala com dois copos cheios de água mais uma garrafa que continha o mesmo líquido.
"Para que é isso?" Perguntei vendo-o a sentar-se novamente no sofá.
"Vem para aqui." Bateu na almofada ao seu lado e assim que me sentei ele virou-se para mim o que me fez virar também para ele. "Então este jogo chama-se truth (verdade) e o objetivo é ficares a conheceres mais acerca da outra pessoa."
"Hayes eu não..."
"Deixa-me acabar de explicar!" Interrompeu-me e continuou. "Cada um de nós vai ter um copo de água na mão e o objetivo é fazermos perguntas um ao outro onde temos apenas 10 segundos para responder, caso contrário levamos com água." Disse levantando o pequeno copo que estava na sua mão, no final das suas palavras.
"Esse jogo é um bocado estúpido, não?" Falei quando ele me deu um copo cheio de água para as mãos.
"Não se quiseres saber mais sobre a pessoa que está à tua frente." Suspirei porque eu sabia que ele ia continuar a insistir caso eu não alinhasse. "Eu começo e depois és tu." Assenti e vi ele a meter qualquer coisa no telemóvel que segundos a seguir vim a perceber que era o temporizador. Ele vai mesmo levar a cena de levarmos com água a sério? "Muito bem diz-me o teu nome todo."
"Abigail Lia Clarckson." Falei sem saber muito bem o porquê desta sua questão.
"Tua vez."
"Porque é que estás a fazer este jogo ridículo comigo?"
"Porque me apetece." Rolei os olhos por este rapaz ser tão complicado. "Idade."
"15. Hayes a sério não quero jogar mais..." Falei antes de lhe dar oportunidade de dizer mais qualquer coisa.
Segundos a seguir sinto água a vir contra a minha cara o que me fez levar a minha mão livre aos olhos tirando a água que se encontrava nestes.
"Para que é que foi isso? Que eu saiba demorei menos de 10 segundos a responder!"
"Sim, mas começaste a falar de outro assunto completamente diferente." Rolei os olhos pela sua resposta e quando ele estava a encher novamente o seu copo mandei-lhe com a água que tinha no meu. "Então?!" Olhou-me certamente espantado e eu apenas tentei não rir e fazendo o ar mais inocente que consegui. "Queres guerra?" Mandou-me novamente com água e eu apenas respirei fundo pegando na garrafa de água que estava em cima da mesa de centro começando a despeja-la para cima do rapaz de olhos azuis.
"Estou toda molhada por tua causa." Falei enquanto o resto da garrafa ficava vazia.
"Ai sim? Então olha para mim!" Nisto levantou-se e eu conseguia ver a sua t-shirt branca completamente colada ao seu corpo por estar molhada, o que me dava perfeita visão para o seu tronco.
"Tu é que começaste." Defendi-me.
"Sim claro, a culpa é minha." Falou num tom irónico e eu ri-me por ele se fingir de ofendido com esta situação. "Anda vamos secar-nos." Levantei-me e fomos até à casa de banho.
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Dating Text ▲ H.G
Hayran Kurgu"Olá." "Que queres?" "Conhecer-te :)" E foi assim que tudo começou. [BOOK ONE OF "DATING TEXT" TRIOLOGY] | ATENÇÃO: HAVERÁ LINGUAGEM QUE PODERÁ SER AGRESSIVA, E PODERÃO SER, AINDA, UTILIZADOS ALGUNS PALAVRÕES. CENAS DE VIOLÊNCIA E SEXUAIS PODERÃO T...