Capítulo 20

757 65 4
                                    


Ian narrando

Me ligaram do hospital falando para ir até lá porque o senhor João Carlos estava piore que sua família estava toda presente. Então deduzi que a Elza havia chegado. Larguei tudo na mão do Miguel e fui para lá. Quando cheguei vi a pior cena que podia ter visto, a Elza chorando nos braços de um outro homem, isso foi como uma facada no meu peito.

Ela daquela forma me cortava o coração, nos braços de outro homem que não era eu, isso me deu um ódio. Ela estava tão mudada, o tempo lhe fez muito bem, linda como sempre, cabelo mais comprido e corpo todo escultural, parecia uma menina mulher. O rosto tão meigo. Deu uma vontade sem fim de arrancá-la de lá e leva-la para um lugar aonde teria só eu e ela.

Meu ciúme foi maior e resolvi perguntar na cara mesmo o que ele era dela, mas antes de ela responder ele se intrometeu e disse ser noivo. Claro, né?! Para estar dessa forma só podiam ser noivos mesmo e eu aqui fazendo papel de idiota, claro que ela já me esqueceu, só eu que fiquei sofrendo que nem um otário. Não aguentei vê-la daquela forma tão próxima de outro homem, me despedi dele e fui embora.

Tenho que tirar essa mulher da minha cabeça só não sei como, revê-la e não poder tocá-la. Meu amor por ela só cresce e vê-la só me mostro que esse sentimento não tem fim. Como queria que ela ainda sentisse alguma coisa por mim.

O que devo fazer? Deixá-la ser feliz com ele ou ir atrás e contar a verdade? Irei fazer a primeira opção ela já sofreu demais por minha causa, mesmo eu não tendo culpa alguma ela sofreu e é o certo a se fazer. Sei que vou sofrer mais ainda, mas isso é o amor. Sofrer para ver a pessoa que tanto ama ser feliz com outro.

***

Dias haviam passado, a cada dia o quadro do Sr. João Carlos se agravava. Ele não falava mais e eram poucas pessoas que reconhecia. Nesses dias evitava ao máximo ver a Elza, contei tudo ao Miguel e ele me chamo de covarde por não lutar por ela e deixar ela para o tal do Alan. Posso até ser ou estar sendo, mas eu não sei como chegar nela e falar. Ela provavelmente não irá acreditar.

Era de madrugada quando meu celular toca, vi que era do hospital e já pensei no pior.

Ligação on

__ Senhor Salvatore? - Uma moça pergunta.

__ Sou eu mesmo. - Respondi.

__ O Sr. Lancastter não resistiu, acabou de falecer. Tem como o Sr. dar a notícia a família?

__ Claro. - Disse e desliguei.

Ligação off

Não queria ser o portador dessa notícia tão ruim, mas não teria jeito. Não iria ligar pois uma notícia assim não podia ser dada pelo celular. Então vesti a primeira roupa que vi, peguei as chaves do carro e fui rumo a casa dos Lancastter.

Chegando toquei a campainha. Demorou um pouco para eu ser atendido, quem abriu a porta foi a Elza. Ela parecia que já sentia que a notícia seria ruim, seu semblante mudou no instante que nossos olhos ser cruzaram. Aquele olhar de ternura.

__ Elza, não sei como disse isso a você e não terá forma menos dolorosa de dizer isso. - Tentei.

__ Fala logo Ian! O que aconteceu com o meu pai? - Perguntou com os olhos marejados, se eu pudesse poupá-la dessa dor eu faria, não aguento vê-la sofrer.

__ Seu pai faleceu. - Informei e não esperava a reação dela que veio, me abraçou e começou a gritar. Todos da casa haviam acordado e já sabiam do que se tratava por vê-la daquela forma. __ Calma Elza! Ele está em um lugar melhor que esse, pensa que seu sofrimento acabou. - Disse tentando consolá-la. Quando o choque passou ela se afastou e correu rumo ao abraço de uma moça loira, o tal do Alan ficou só observando.

Estavam presentes, todos até o noivo da Sra. Karina, menos uma pessoa, a Megan. Aonde ela tinha se metido? Mas eu não tenho nada a ver com isso.

DE REPENTE APAIXONADA Onde histórias criam vida. Descubra agora