Capítulo 39

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Elza narrando

          Acordei em um quarto muito bonito e vi o Caique parado na porta, foi aí que me lembre de ter desmaiado. Onde estou? E por que o Caique está aqui? Foi quando caiu a ficha que ele tinha me sequestrado, ele está completamente louco, fora de si.

          Quando o Ian ligou ele quebrou o celular e pude comprovar que ele quer tudo que pertence ao Ian, claro só por vingança. Quando ele saiu comecei a chorar, mas tenho que me manter forte pelo meu filho ou filha, já sei o que vou fazer. Sou uma delegada e vou usar meus truques e sou acima de tudo mulher, uma mulher sabe usar seus encantos quando preciso, por mais que tenha nojo do Caique.

          Irei fingir que sou apaixonada por ele até chegar o momento perfeito para fugir. Depois ele saiu do quarto não volto mais, o sono me venceu e acabei adormecendo, quando acordei fui até a janela e percebi que estamos em uma ilha. Não sei como Caique arrumou dinheiro para ter uma fazenda dessas, a todo lado tem seguranças. Será bastante difícil fugir daqui, mas não impossível.

          Desci e lá estava meu pesadelo, hora do teatro, me sentei ao seu lado:

          __ Bom dia Elzinha. - Meu deu enjoou desse apelido horrível.

          __ Bom dia meu bem, andei pensando você está certo, é bem melhor que seu irmão, sei que seremos muitos felizes. - Disse com um largo sorriso, preciso ganha a confiança dele.

          __Sabia que ia perceber. - Vangloriou-se.  __ Não vejo a hora de te ter por completo. - Falou preciso inventar uma desculpa para que não possa me tocar.

          __ Meu amor, eu tenho um problema no útero e agora que estou grávida não posso ter relação sexuais. - Tentei a primeira mentira que veio em mente. 

          __ Sou paciente, não quero machucar meu filho, agora fica aí tenho que sair. - Falou e saiu.

          Esse homem me dá náuseas como o odeio. Pelo meu filho tenho que ser forte, não sei se iria conseguir se não fosse por ele. Passei o dia deitada, não tinha nenhum empregado na casa, só os seguranças. A casa não era grande, apenas sala, cozinha e dois quartos, já de noite fui até a janela do quarto e olhei para as estrelas.

          __ Meu amor, prometo que vou voltar para você segura e com nosso filho nos braços. - Falei e chorei. Como estou com saudade do Ian! Queria estar em seus braços, coloquei toda dor que estava sentindo naquele momento, só queria que o Ian viesse me salvar das mãos desse monstro.

***

          4 meses tinham se passado, você aí que está lendo deve pensar que já estou ao lado do meu príncipe, bem que eu queria. Desde que fui sequestrada por esse monstro horrível não tenho notícias de ninguém, há várias perguntas em minha mente: Por que ninguém nunca veio atrás de mim? Será que o Ian acreditou que eu tinha fugido com outro? O pior de tudo é ter que fingir que amo o Caique, minha barriga parece que estou carregando 5 melancias dentro de mim, de super enorme que está.

          Durante esse tempo venho analisando uma forma de fuga, Caique nunca tentou me tocar, pelo motivo de eu estar grávida, ele acredita que o filho que espero é dele. Ele é completamente louco. Não aguento mais ficar nesse lugar, nunca fui ao médico nesse tempo, nem sei se meu filho está bem, mas meu Deus é maior, se me ajudou a chegar até aqui vai me sustentar até o final.

          Todas as noites vejo as estrelas e assim me sinto mais perto do meu amor, espero que do fundo do meu coração que ele esteja me esperando. Hoje irei voltar para seus braços. Caique sai logo cedo, visto um vestido rosa, o único que ainda cabe em mim, estou enorme.

          Vou até um segurança e finjo passar mal para ele me levar ao médico, a única forma de sair desse inferno. Peguei uma faca de serra e escondi junto a mim, chego perto dele e começo a encenar.

          __Por favor estou passando mal, me leva ao médico. - Peço, me molhei para parecer que a bolsa havia estourado.

          __ Moça, o seu Caique não deixa a Sra. sair. - Falou e eu gritei fingido dor.

          __ O filho dele vai morrer seu incompetente. - Falei com raiva, me dói ter que dizer que meu bebê é desse monstro.

          __ Está bem, vamos. - Me levou até um carro e entramos.

          Estou no banco do carona, ele está distraído dirigindo pela estrada de chão rumo a cidade mais próxima., até hoje não sei aonde estou. Em um movimento rápido imobilizo o segurança e o coloco para fora do carro ainda em movimento aproveitando sua distração, quando ocupo o lugar do motorista vejo um caminhão vindo em minha direção não dando mais tempo de reagir ele atinge em cheio, pelo impacto da batida o carro capota três vezes até bater no acostamento, vejo um homem me tirando do carro e a única coisa que consigo fala é:

          __ Ian, Ian. - Chamo baixo, depois não me lembro de mais nada, tudo fica escuro.

DE REPENTE APAIXONADA Onde histórias criam vida. Descubra agora