18. Pulsações - Parte I

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[LUANA]

Estar perto de Arthur era incrível. Foi difícil me concentrar com Arthur ao meu lado. Em alguns momentos, ficávamos nos olhando sem ter noção do tempo. Quando o filme acabou, Arthur pegou minha mão e me levou para fora.

- Vamos jantar, Lu?

- Eu não quero jantar. Por que não fazemos um lanche? – sugeri.

- Lá vem o fast food. Assim vou ter que malhar mais, miss Bennet – Arthur riu, enquanto passava o polegar na minha bochecha.

- A vida é curta demais pra gente se preocupar com algumas calorias.

- Você tem razão! Vamos de quê?

- Pizza!

- Você é a garota perfeita, né, Luana? – Arthur gargalhou.

- Por que eu sou perfeita? Isso foi por conta da pizza?

- Claro! Eu achava que você era uma daquelas meninas das saladas.

- Ah, tá! É mais fácil você ser salada! Eu preciso ser fitness, mas minha boca não coopera – disse, rindo.

- Falando nisso – Arthur se aproximou e me beijou de forma suave, o que me fez sorrir ainda mais –, não posso perder uma oportunidade sequer de ficar perto da sua– continuou ele.

- Você vai me fazer corar –disse, sem jeito, ao sentir todo o sangue do meu rosto fugir para minhas bochechas. Arthur ainda tinha aquele poder de me deixar sem graça.

- Você já está rosa, Luana.

- Então, vamos voltar à pizza, para que eu volte à minha cor normal.

- Fechado! – disse Arthur, rindo.

Atravessamos a rua e entramos na pizzaria. Fiquei responsável por escolher o sabor e optei por uma pizza de calabresa, bem clássica. Escolhemos uma mesa e começamos a trocar as nossas impressões sobre o filme. Nossa conversa estava bem animada. Eu e Arthur tínhamos uma sintonia própria. Às vezes eu dizia algo engraçado e ele jogava a cabeça pra trás, gargalhando. Suas sardas pairavam suavemente  sobre a sua pele. Nossos olhares se encontravam e se fixavam, um no outro. Eu não lembrava o quanto era delicioso conhecer alguém novo. A sensação fazia meu coração palpitar. Embora eu já conhecesse alguns dos seus gostos, manias e jeitos, Arthur ainda era um mistério; o tipo de mistério que valia a pena investigar. Eu estava pronta pra isso.

A noite avançou enquanto conversávamos e comíamos a nossa pizza. Eu não sabia se o conceito de felicidade se aplicava a comer bem, ter uma boa conversa e se divertir. Se fosse o caso, naquele momento, eu estava feliz.

- Eu preciso fazer uma coisa –disse Arthur, se levantando.

- O que houve?

Ele se sentou ao meu lado, ligou a câmera frontal do celular e tirou uma foto nossa.

- Ei, não vale! Eu não estava preparada! – disse, rindo.

- Então se prepare! Eu preciso disso.

- Por quê? – perguntei. Nossos rostos estavam perto demais para que eu não analisasse cada milímetro dele enquanto  me respondia.

- Porque eu vou morrer de saudades. Eu quero pelo menos me lembrar o quanto nós dois ficamos lindos juntos.

- Sério? – Perguntei, maravilhada. Isso nunca tinha acontecido comigo. Geralmente, um casal tira foto quando namora ou algo assim. Nós só tínhamos – algumas vezes – nos beijado. Sempre tinha percebido que, os homem não gostam de documentar uma situação não oficial. Mas ali estava Arthur,  registrando o nosso momento especial,  guardando as nossas fotos. Será que ele tinha saído de um dos meus livros favoritos?

Uma Grande BagunçaOnde histórias criam vida. Descubra agora