Uma Grande Bagunça

20. Pulsações - Parte III

Olá bagunceirx,
que saudade!

Quero te agradecer por fazer parte dos mais de 270 mil leitores de UGB. Sério, vocês são incríveis.

Aproveito para convidar vocês a curtirem minha página (como autora!) no Facebook: https://www.facebook.com/aassumpcaoficial/

Prometo divulgar material exclusivo de UGB lá!

Falando em UGB, vocês querem saber o que aconteceu com a Lu, certo? E tem uma música maravilhosa anexada nesse capítulo, você viu? Eu vou sinalizar quando você deve dar play no vídeo ao longo da leitura (afinal, merecemos um clima para o que vai acontecer!!). Então, desce essa página agora e vamos descobrir, juntos, o diagnóstico da Luana!

Deus os abençoe!
xx

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Davi vê Luana partir na garupa da moto do mesmo homem com quem tinha se encontrado na porta da livraria. A forma com se aproximaram, o sorriso e os beijos que trocaram fazem com que o coração de Davi encolha no peito. Suas mãos tremem quando se vira em direção à portaria.

- Davi, espera! - chama Karen. Davi vai em direção ao elevador e soca o botão na parede - Davi, fala comigo!

- Me deixa em paz - diz ele, se controlando para não gritar ou chorar.

- Ai, Davi, não fica assim, por favor - Karen se aproxima, tenta tocar seu rosto, mas a mão de Davi afasta a dela antes que ela possa acariciá-lo.

- Por favor, Karen, me deixa sozinho.

O elevador para e Davi abre a porta. Karen entra atrás dele. Sua mente trabalha para fazer com que ela não solte uma gargalhada. Seu plano foi perfeito! Ela conseguiu! Se vingar de Davi ao vê-lo como um idiota na frente da Luana é algo impagável!

Quando chega o andar, Karen tenta sair do elevador junto com Davi.

- Karen, já falei pra você me deixar. Vai pra sua casa, vai cuidar da sua vida e me deixa - diz ele e bate a porta.

Davi entra em casa sem perceber que seus pais estão sentados no sofá conversando.

- Boa noite - diz seu pai, em tom sarcástico.

- Olá, meu filho - sua mãe tenta tranquilizar a situação.

- Boa noite - diz Davi e segue para seu quarto.

As coisas estão complicadas em casa. Seu pai é uma pessoa de mente fechada. O dinheiro que tem ganhado só piora a sua ignorância. Ele quer que Davi seja advogado ou médico. Não consegue aceitar a decisão tomada por Davi de se dedicar às causas sociais e fazer uma faculdade em quem possa ter uma base para atuar nessa área. Seu coração quer história, geografia, ciências sociais ou relações internacionais. Davi quer ser livre para fazer suas escolhas, mas ao contrário, precisa lidar com as constantes brigas e pressões para se tornar aquilo que os seus pais querem que ele seja.

Para piorar, seu pai não apoia mais seus campeonatos e praticamente o proibiu de fotografar e andar de skate. Como se proíbe alguém de dezenove anos de fazer o que quer? Pior do que proibir, seu pai ameaçou não lhe dar mais um tostão se ele não passar no vestibular.

E ali estava ele, batendo a porta do quarto, jogando a mochila no chão e indo até o banheiro chorar. Nem mesmo a água quente pode fazer com que as coisas parecessem um pouco melhores. A garota que ele ama o rejeita. Ela está agora se encontrando com outro. Eu sou um lixo mesmo, pensa.

Davi dá dois murros na parede do banheiro. A raiva e a dor o dominam. Sua cabeça está a mil e tudo o que ele quer é fugir. Pensa em pegar o carro e dirigir por aí. Podia ir para a praia nadar um pouco, mesmo já tendo escurecido; mas Davi prefere encerrar seu banho, vestir uma roupa qualquer e se jogar na cama sem vontade de sair.