7. Profundidade - Parte III

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Esse capítulo é dedicado a Deus e a todos vocês que fazem parte das dez mil leituras desse livro. Obrigada! Espero que vocês se divirtam como eu me diverti (e me emocionei) escrevendo a terceira parte do capítulo "Profundidade".

Não esqueçam de dar play no vídeo acima! 

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[LUANA]

Depois de chegar atrasada na escola e levar uma bronca dos inspetores, meu dia realmente melhorou quando vi que Camila estava com uma aparência um pouco melhor. Como Pedro tinha faltado, sentei do seu lado e até conseguimos conversar um pouquinho. No recreio, eu a arrastei para a quadra para assistirmos ao jogo de futebol das meninas da nossa sala, que perderam vergonhosamente. Mesmo assim, conseguimos nos divertir.

A boa notícia veio no quinto tempo, quando descobrimos que estávamos liberados das aulas.

- Qualquer coisa que precisar, me liga, Camila – pedi, segurando sua mão na porta da escola.

- Pode deixar. Obrigada por hoje e por aquele dia – disse ela, encolhendo os ombros.

- Não tem o que agradecer. Eu estou aqui para isso.

Nos abraçamos e fui direto para o ponto de ônibus. Consegui chegar em casa rapidamente. Encontrei minha mãe na sala, vendo uma novela mexicana, o que me fez dar uma risadinha.

- O que foi, Luana? – Perguntou ela, cruzando os braços.

- Nada não, Magda Bracho! – disse, rindo. Minha mãe riu também e me jogou um travesseiro – Ei, onde está papai e Rafa?

- Seu pai está no escritório do restaurante e seu irmão ainda está na escola.

- Ah! Sim... – disse, enrolando uma mecha do cabelo no dedo.

- Você quer me dizer alguma coisa, querida?

- É...Sim! O Davi, você deve lembrar dele...

- Davi, filho da Paulinha?

- É! Eu me encontrei com ele na livraria, no dia que peguei o meu cartão e acabamos marcando de fazer alguma coisa hoje. Tudo bem se eu for?

- Claro que sim, filha. Ele é um bom rapaz e seu amigo, né!?

- É, posso dizer que sim...Bem, vou me arrumar então – disse, indo em direção ao corredor.

- Vai voltar que horas, mocinha?

Me virei e encarei minha mãe, que tinha uma das sobrancelhas levantas e um sorrisinho no rosto.

- Umas oito ou nove horas – disse.

- Tudo bem, então. Bom encontro pra você.

- Mãe! – disse, dando um gritinho e indo em sua direção. Dei um beijinho em sua testa, como há muito tempo não fazia. Queria que as coisas pudessem ser fáceis como antigamente. Minha mãe me puxou e me deu um abraço rápido, mas extremamente afetuoso.

- Vai lá ficar mais linda do que você já é, minha princesa! – disse ela.

Meu celular tocou, era Davi. Essa era o nosso acordo: eu não deveria atender, pois isso significaria que eu já iria descer. Dei uma boa olhada no espelho.Tinha escolhido um vestido preto com as mangas caídas, que deixassem meus ombros de fora. Ele era justo até a cintura e, após ela, era levemente rodado e ia até um palmo acima do joelho. Calcei botas pretas, de cano curto e salto grosso. Combinei a roupa com uma bolsa pequena e rosa claro. Prendi uma parte do meu cabelo em um penteado dos anos sessenta. Finalizei a produção com uma maquiagem leve, caprichando no delineador e um batom vinho. Eu estava vestida para mostrar para Davi que aquela garota que ele tinha conhecido e debochado não existia mais.

Uma Grande BagunçaOnde histórias criam vida. Descubra agora