8. Riscos

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O capítulo das 20 mil leituras.
Primeiramente, quero agradecer a Deus por mais uma conquista.
Quero também dedicar esse capítulo a todos que acreditaram em UGB e vem me incentivando desde a primeira postagem. São tantos nomes, mas quero agradecer, em especial, à minha mãe, Eliz, por ser minha melhor crítica.

Aproveito o capítulo para esclarecer uma questão rapidamente:
Assim como a Luana, eu também estou vestibulando. Alguns de vocês sabem, mas eu quero deixar claro que UGB já tem final, mas as partes do meio precisam ser preenchidas. Desse modo, eu escrevo o capítulo e posto. Não tenho posts reservas. Estamos de cara pro ENEM e eu não deixei de postar nenhuma semana tendo, inclusive, postado dois capítulos (numa mesma semana). Esse capítulo atrasou como o passado, é verdade, mas eu estava trabalhando nele. Repito aqui o que disse pra uma leitora por mensagem privada: prefiro a qualidade do que a quantidade. Não adiantaria nada escrever um capítulo qualquer, sem planejar e encaixar bem na história, apenas para satisfazer a pressa de alguns e acabar tirando a história dos trilhos. Eu quero sempre apresentar o meu melhor para vocês!

Assim como "Profundidade - parte III" foi um capítulo maravilhoso, que está repercutindo até agora e levou UGB a VINTE E DOIS MIL LEITURAS, eu garanto que "Riscos", o capítulo que você vai ler a seguir, não vai decepcionar. Eu só peço que vocês, bagunceiros, confiem em mim e continuem dando suas opiniões honestas.
Agradeço por toda as mensagens de carinho, você são demais! <3

Agora, dá play nesse remix INCRÍVEL do Hillsong que eu separei pra vocês (sim, eu sei que vocês vão amar essa música também) e se joga nesse capítulo!
xx

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[LUANA]

A respiração saía com dificuldade. O suor empapava minha camisa. Meus pés latejavam, mas eu sabia que precisava continuar. Eu precisava persistir. Cada pontada de dor me deixava com mais raiva, me desafiava. Eu não iria me entregar. Inspira, contrai abdômen, expira - era tudo o que eu conseguia pensar.

- Continue correndo, Luana! – gritou Pedro, se divertindo em me ver malhando na academia.

- Dá pra você parar? – gritei de volta – Por que você não corre também?

- Beleza! – disse ele, se levantando. Pedro tirou o casaco de moletom, guardou o óculos e foi até a esteira do meu lado. Ligou a frequência que queria e começou a correr. Eu nunca tinha malhado com ele e fiquei incrédula em perceber como Pedro, que era menos saudável, conseguia correr com mais agilidade do que eu.

- Pedro agora faz parte da geração saúde! – gritei, rindo.

- Ah, cala essa boca, ET! – disse ele, rindo.

Malhamos por mais uma hora e fomos pra casa de Pedro. Depois da sexta-feira que tive, foi tão bom receber o telefonema do meu melhor amigo me convidando para um sábado em que ficássemos juntos e nos divertíssemos.

Fui pro banheiro de Pedro e precisei não rir do papel de parede de foguetes e cãezinhos que provavelmente seus pais colocaram para ele quando era criança. Depois de um bom banho, vesti uma roupa confortável que levei na mochila. Pedro ligou no Netflix na TV da sala e me prometeu uma série de filmes incríveis. Vetei os dois primeiros antes que chegassem nos trinta minutos iniciais.

Eram melosos demais e eu estava ficando com humor péssimo.

Eu percebi, ali, sentada no sofá de Pedro, que a minha noite de sono não tinha ajudado em nada. Dentro de mim, meus sentimentos permaneciam uma grande bagunça; um mar de coisas que eu não sabia nomear.

Eu não tinha recebido nenhuma mensagem de Davi. Nenhuma ligação até aquele momento. Nada – era tudo o que parecia haver entre nós dois. Quem era mais ridículo: ele, por estar se fazendo de difícil ou eu, que estava me importando? Afinal, o que doía mais: a possibilidade de estar sentindo por ele coisas que eu não podia controlar ou estar sendo rejeitada tão claramente? Ao que parecia, Davi queria brincar comigo e isso eu podia tolerar.

Uma Grande BagunçaOnde histórias criam vida. Descubra agora