Capítulo: Um

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Cris

Já se passaram mais de treze anos que eu tive uma conversa sobre o verdadeiro amor com a mamãe. Eu sempre vivi cercada de amor pela minha família e é assim que eu imagino o meu futuro.

Papai costumava dizer que não me deixaria casar com nenhum marmanjo. E bom, eu nunca pensei em me casar com um cara qualquer. Eu sou o tipo de garota que sonho sim com um príncipe. Sou o tipo de garota que sonha em encontrar um cara que me fará bem. E sou também o tipo de garota que não pede tempo com as pessoas erradas. É, eu Crislane Ferraz sou assim.

Meu primeiro beijo só aconteceu por causa de um jogo estupido. Eu tinha quatorze anos na época e tinha acabado de entrar no ensino médio. Minha amiga Alisson Garret foi convidada para uma festa na casa de uma das meninas mais populares da nossa escola Aloise Van Claire, não que eu não fizesse parte dessa turma, eu fazia, mas no quesito namoro e homens eu era a única que nunca tinha ficado com ninguém ali.

A festa decorreu de maneira maravilhosa ate a Aloise propor um jogo de verdade e desafio. Eu não era fã desses jogos, entretanto ela começou a zombar do meu medo e Alisson acabou me obrigando a entrar no jogo para honrar a minha dignidade. E eu fui. O jogo era fácil eu só falava verdade na minha vez e tudo corria maravilhosamente bem. Eu estava indo bem e ate estava gostando. Mas para minha falta de sorte as pessoas que estavam jogando combinaram de que você não poderia dizer verdade duas vezes seguida e nem desafio, tinha que ser algo balanceado. Eu não tive escolha quando chegou a minha vez eu tive que dizer desafio.

Anna Vitoria melhor amiga de Aloise me desafio a beijar Bernardo o garoto mais popular e cobiçado de toda a escola. Eu pensei em voltar atrás e sair correndo, porém eu vi os olhares das suas víboras na minha direção, elas esperavam zombar se mim pro resto da vida. Minha amiga me deu um sorriso encorajador e com isso eu me inclinei para o meio da roda e fui de encontro com o Bernardo. Não esperava que ele fosse querer me beijar. Mas ele quis e me beijou mais do que o tempo preciso. Vitoria precisou pedir para gente para e com isso fiquei marcada.

Não tinha sido com o cara certo. Não tinha sido com o homem dos meus sonhos, entretanto não deixou de significar alguma coisa. Depois disso eu fiquei com ele mais uma vez, mas não foi suficiente. Eu sempre quero algo mais e esse é meu problema.

Para mim, nunca é só um beijo, nunca é só um olhar e nunca é só um sorriso. Eu sou assim. Infelizmente eu não sirvo pra isso de casual. Eu espero que a pessoa me mande flores, que a pessoa me conte tudo da minha vida, mas isso não acontece e então eu resolvi me fechar e esquecer esse assunto.

__Onde está essa cabecinha?_ meu irmão João Miguel me pergunta enquanto divago com minha cabeça no seu ombro dentro do avião.

__Em nada importante._ eu respondo com um suspiro._ e então como sua amada reagiu com o fim de tudo?_ eu perguntei não porque estava curiosa, mas sim porque meu irmão gostava da namorada, entretanto ele tinha que viajar e eles não estavam prontos pra morar juntos.

__Normal._ ele respirou fundo_ acho que ela já estava preparada para esse fim.

__Você esta me escondendo algo?

__Não_ ele responde rápido e eu duvido, mas não insisto.

__Espero que a gente encontre a nossa panela em Vancouver já que no Brasil não conseguimos._ ele gargalha.

__Pirralha a gente está indo estudar e não procurar rolo pra nossa vida.

__Ihh você é um chato_ eu respondo_ eu não sou pirralha tenho sua idade.

Amei te VerOnde histórias criam vida. Descubra agora