6 - Batalha de Bandas

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Gabriel colocou uma das mãos no meu ombro, me guiando para perto do palco, logo que entramos na casa de show cujo nome ridículo era Gato Preto

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Gabriel colocou uma das mãos no meu ombro, me guiando para perto do palco, logo que entramos na casa de show cujo nome ridículo era Gato Preto. As pessoas conversavam alto, uma guitarra em cima do palco estava sendo afinada (como Gabriel me explicou, já que eu não entendia nada do universo musical) por um cara cabeludo, e dois telões reproduziam um show recente do AC/DC.

O lugar estava muito barulhento e lotado de pessoas suadas (como eu imaginei) que dançavam – ou faziam algo parecido com isso – uma ao lado da outra, tornando mais estreito o caminho para o qual Gabriel e eu passávamos. Já até tinha perdido de vista Pedro e seu amigo que nos deu carona de carro.

Gabriel e eu finalmente conseguimos nos aproximar do palco, ouvindo alguns xingamentos e levando alguns empurrões por isso. Estava começando a ficar ainda mais quente do que quando entramos ali. Comecei a me arrepender por não ter prendido meus longos cabelos em um rabo de cavalo comum. Agora alguns fios estavam grudando em meu rosto suado... O que diabos eu estava pensando quando deixei Gabriel me levar para frente do palco?

O garoto que estava afinando a guitarra parou com seu trabalho e saiu dali dando o lugar para um roqueiro sorridente de uns 30 anos de idade.

– Boa noite! – falou e todos começaram a gritar e erguer os braços, fazendo com que o cheiro de cecê alheio emanasse ao meu lado. – Cinco bandas. Cinco ótimas bandas, mas somente uma levará o prêmio. Essa batalha de bandas vai ser i-nes-que-cível!

Todos gritaram endoidecidos novamente.

O roqueiro de 30 anos chamou a primeira banda concorrente para se apresentar. Iniciaram um cover que Gabriel conhecia muito bem. As outras pessoas começaram a pular e a empurrar, me deixando desconfortável, assustada e sem controle dos meus movimentos. Parecia uma boneca de pano manipulada pelas mãos daquela gente toda.

Gabriel percebeu a minha cara de bunda em relação aos garotos suados que pulavam ao meu lado, e fechou seus braços ao redor do meu corpo, criando uma espécie de cerca humana.

– Não se preocupe, mulher, eu te protejo. – disse no meu ouvido, e em seguida gritou desafinadamente em direção ao palco, me assustando.– ALLTHE OTHER KIDS WITH THE PUMPED UP KICKS. YOU BETTER RUN, BETTER RUN, OUTRUN MYGUN!

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