26 - Expandindo o treino

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Quando o sinal na última aula soou, todos os alunos começaram a arrumar nossos cadernos dentro de nossas mochilas para irem para casa

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Quando o sinal na última aula soou, todos os alunos começaram a arrumar nossos cadernos dentro de nossas mochilas para irem para casa... Ou, se no caso um desses alunos for eu, estava se arrumando para darmos aulas de futebol escondido com um dos garotos desejados do colégio.

– Amanda, espere um minuto – disse o professor Jorge atrás de mim quando eu já estava alcançando a saída, me assustando. – Não queria te pressionar, mas acho que já se passou muito tempo desde a nossa última conversa... Você pensou sobre o assunto?

Pisquei algumas vezes enquanto encarava o rosto do professor, tentando encontrar em alguma de suas feições qual era o assunto que eu deveria ter pensado.

– A declamação... Do seu conto – esclareceu.

– Ah, isso...

Não, eu não havia pensado na proposta do professor, até porque eu não tinha o que pensar, minha resposta era clara.

– Acho que não nasci para esse meio. Escrever, publicar, declamar o que seja... Aquele conto foi um acidente. Meu pai que nasceu para esse mundo.

– Ah... – ele estava claramente decepcionado. – Eu não penso assim, mas tudo bem... Bom, de qualquer forma, obrigado. E boa sorte na carreira que você escolheu.

O professor se afastou me deixando sozinha com meus cadernos novamente.

É. Eu realmente precisava de sorte para seguir com a carreira que eu escolhi.

Eu sentia sim muita falta de tentar me profissionalizar no futebol. Até pouco tempo atrás eu estava buscando com unhas e dentes qualquer oportunidade de jogar na frente de um empresário ou olheiro, mas sem sucesso. Agora, nem buscar por essas tais oportunidades eu conseguia mais. Eu precisava primeiro focar no memorial da minha mãe, em recuperar o sorriso do meu pai... Só depois disso eu estaria pronta para fazer qualquer coisa, enfrentar qualquer empecilho que se colocasse em frente ao meu sonho.

Mas só depois.

– O que vai me ensinar hoje? – perguntou Fernando

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– O que vai me ensinar hoje? – perguntou Fernando.

– Condução – ele arqueou uma das sobrancelhas, sem entender. – Andar com a bola no pé – esclareci.

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