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A infância de Diego Muniz não foi nada fácil. Bem, pelo menos, não o que ele lembra dela. Abandonado pelo próprio pai em um orfanato após a morte de sua mãe, o garoto de olhos verdes e assustados só voltou a conhecer o amor familiar quando foi...
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A sensação de estar quente e confortável me abraçou quando meus olhos se abriram. O rosto de Nick estava próximo ao meu e senti sua respiração quente em minha nuca, me fazendo ter arrepios. Algumas lembranças muito vagas da noite passada me vieram à mente.
Nota mental: jamais misturar bebida com raiva. Dá uma sensação do caralho na hora, mas no dia seguinte, o arrependimento vem a galope.
Senti meu coração surrar meu peito de tão forte que batia quando levantei um pouco a cabeça para observar Nick completamente abraçado a meu corpo. A luz entrava pelas frestas da cortina e eu percebi que mais uma noite, eu havia dormido em seu quarto. Em sua cama.
Isso deveria parar quando Becca voltasse, afinal, nós dormíamos no mesmo quarto.
Aliás, eu preciso me levantar para buscá-la. Ela já está fora por muito tempo e eu não gosto de tê-la longe de mim. Com cuidado, me desvencilhei de cada centímetro do poderoso homem que se agarrava a mim. Eu quase podia sentir as batidas de seu coração contra meu peito e seu perfume, apesar de ter passado tanto tempo, ainda entrava por meu nariz. Era um cheiro que eu jamais esqueceria.
Quando eu finalmente consegui sair sem acordá-lo, parei ao lado da cama e me permiti observá-lo por alguns instantes. Seu cabelo castanho escuro estava bagunçado e o lençol branco estava enroscado por todo seu corpo, deixando uma parte de seu peito nu á vista.
Ele era lindo.
Ele era muito lindo.
Seu rosto era incrível e essa era uma oportunidade única de gravar cada detalhe seu em minha memória. Os lábios dele eram perfeitos, o queixo era quadrado e a barba rala de um dia adornava seu rosto, me fazendo ter calafrios.
Ele era muito.
Muito para mim.
Tirei sua camiseta cinza por cima da cabeça e então me toquei que estava nua por baixo. Joguei-a no chão e me dirigi ao banheiro, tomando cuidado para não fazer qualquer barulho que pudesse acorda-lo. Eu queria poder observar um pouco mais sua expressão pacifica quando eu voltasse.
Entrei no box e liguei o chuveiro, ajustando a temperatura da água, deixando-a cair sobre mim. No grande espelho que cobria a parede de mármore cinza que ficava de frente para onde eu estava, eu observei cada movimento que eu fazia se refletir ali. E então eu pude ver as marcas. Chupões se espalhavam por todo meu corpo; algumas nos ombros, seios, barriga. Sorri ao constatar que ele havia sido cuidadoso em não marcar meu pescoço, onde outras pessoas pudessem ver.
Fechei os olhos e toquei em cima de cada um delas, lembrando suas palavras.
"Você quer uma marca?".
Ser marcada por Nick Hard era definitivamente inexplicável.
- Você fica mais linda com elas – ouvi sua voz grave e sonolenta e então abri os olhos. Ele estava parado na porta do banheiro, olhando eu me tocar.
