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A infância de Diego Muniz não foi nada fácil. Bem, pelo menos, não o que ele lembra dela. Abandonado pelo próprio pai em um orfanato após a morte de sua mãe, o garoto de olhos verdes e assustados só voltou a conhecer o amor familiar quando foi...
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- Põe uma roupa, Hanna - eu reviro os olhos quando ela abre a porta para mim. Era óbvio que sua quase nudez era intencional e por mais gostosa que ela fosse, eu havia ido até ali para conversar com ela, e não para fazer qualquer outra coisa.
- Eu estou de roupa - ela bate a porta e se vira para mim, colocando as duas mãos na cintura. - Além do mais, você sempre me pediu o contrário. "Tira a roupa, Hanna" soa muito melhor na sua boca.
- Primeiro, você não está de roupa. Você está de calcinha - e sim, era somente o que ela usava. Após cair no sofá, eu continuo falando - Segundo, essa não cola para mim Hanna. Qual é? - eu coloco o indicador na testa e fico olhando seu rosto, sem expressão.
- Qual é o que Nick? - ela se senta de frente comigo, para que eu possa ver seu corpo completamente. Puxa as pernas para a poltrona e a sua tatuagem toma todo o campo de visão, fazendo com que eu me distraia um pouco. Eu sei o que estou sentindo pela Blair, mas a Hanna não deixou de ser gostosa por causa disso. Eu apenas preciso aprender a lidar com esse novo sentimento.
- Qual é a sua em fazer showzinho para a Blair na minha festa. Você nunca foi disso, Hanna. - eu abro o jogo e ela olha para os lados, incomodada.
- Eu realmente não me importo Nick - ela se levanta e para na minha frente. Continuo olhando para ela sem entender e então ela simplesmente se senta em meu colo, com seu jeito sensual.
- Hanna... - eu a afasto com a duas mãos, fazendo com que ela saia de cima de mim. Consigo jogar ela de lado no sofá e me levanto. - Eu não vim aqui para isso.
Ela me olha magoada.
- Tá vendo?
-Tá vendo o que? -eu olho para ela em ignorância.
- É com isso que eu me importo! - ela fala, alterando o tom da voz - Eu to pouco me fodendo se você casar com a Blair, ter filhos, uma casa, dois cachorros. Só que você nunca me largou por mulher nenhuma, Nick.
Eu aperto os olhos, sem entender.
- Eu juro que eu to tentando... Mas não to conseguindo acompanhar esse seu raciocínio de maluca, porra. Que merda é essa?
- Você não é burro e sabe sim do que eu estou falando, Nick. - ela diz e se levanta, vindo em minha direção. Seus seios rosados estão com os bicos empinados e... Tá de sacanagem que ela está excitada com isso? A gente ta discutindo e ela está excitada?
Essa mulher é mais doente do que eu pensava.
- Eu sempre tive a certeza de que você iria arranjar alguém que te fizesse feliz... Mas sempre achei que eu estaria com você, de um jeito ou de outro. Eu sempre estive, de qualquer forma não é? - ela segura a gola da minha camisa social, olhando dentro dos meus olhos - Mas com ela eu percebi que não. Você vai ficar com ela e me deixar, não vai?
- O que você entende por deixar, Hanna? - eu afasto suas mãos de mim de novo e caminho pelo apartamento, indo em direção á cozinha. - Se você estiver falando de transar, sim, eu vou te deixar. Aliás - eu pego o suco e bato no balcão - Eu já deixei.
