Capítulo 21 - Cruciatus

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1 de Novembro de 1998, Londres.

— Luna, eu preciso te perguntar uma coisa. — disse Hermione, quando enfim chegaram ao corredor da Sala Comunal da Corvinal. — Que feitiço você usou para curar Mason sem deixar nenhuma cicatriz?

— Não existe nenhum feitiço que pode fazer isso. — disse Draco, avaliando Luna com o olhar.

— O que te fazem pensar que eu usei um feitiço?! Eu não enfeiticei-o — respondeu ela, sorrindo.

— Então, você não usou nenhum feitiço, que não está em nenhum livro de feitiços? —perguntou Hermione, preocupada.

— Isso mesmo. — Luna sorriu fraco e tirou um frasquinho pequeno de dentro de um dos bolsos de suas vestes. Ele continha um líquido verde claro e transparente. — Chama-se Viride Sanitatum, que no latim significa mais ou menos Cura Verde. Vocês conhecem a minha mãe?

— Sim, ela fazia experimentos com feitiços. — respondeu Hermione, prontamente do seu jeito único de responder perguntas como se estivesse falando com um professor.

— O que nem todos sabem é que ela também fazia experimentos com poções, quase nunca dava certo, é por isso que ela nunca disse a ninguém sobre isso. A Viride Sanitatum foi o único experimento com poções de minha mãe que deu realmente certo. — Luna disse. — Na verdade eu dei alguns reparos, mas mesmo assim... — ela sorriu.

— Luna, você não pode sair por aí experimentan... — Hermione começou, mas parou. — Obrigada por nos ajudar, àquele dia. Nos vemos depois.

Luna sorriu e entrou pela passagem que levava a Sala Comunal da Corvinal.

— Viride Sanitatum. — Draco murmurou. — Agora eu sei por que ela está na Corvinal.

— É perigoso, ela não sabe disso? — Hermione disse, respirando fundo. — Luna precisa levar isso ao ministério para ter a certeza de que é seguro, se não tem efeitos colaterais. Depois eu vou conversar com ela. Eu tenho que ir para a...

— Biblioteca! — completou Draco e Hermione revirou os olhos.

— Eu simplesmente odeio quando você faz isso! — ela reclamou e o loiro riu.

Enquanto Hermione fora para a biblioteca, Draco voltou para o dormitório. Ele conhecia Mason e sabia que ele iria fazer alguma coisa. Draco sabia que Fawley queria ver Luna e Hermione expulsas da escola e ele em Azkaban. E agora que ele não conseguiu isso – pensou Draco --, ele vai fazer alguma coisa.

Cansado de se preocupar com Mason, Draco dormiu o resto da tarde. Hermione só voltou à noite, depois de ter lido o livro de quase duzentas páginas sobre Desgnomização.

Hermione acordou Draco (aos gritos, pois parecia que ele tinha hibernado, segundo Hermione) para a patrulha.

— Anda logo, Cinderela! — Hermione gritou perto da porta do banheiro. — O toque de recolher já tocou faz quinze minutos.

Draco pareceu não entender que Hermione chamou-o de Cinderela para flar que ele passava tempo demais se arrumando.

— Eu já estou indo. — resmungou Draco. — Do que diabos você me chamou?

— Cinderela. — respondeu Hermione, revirando os olhos.

— O que é isso? — ela ouviu a voz de Draco soar desconfiada.

— Nada! — disse ela, rápido. — É só uma expressão trouxa. Olha, Draco, eu já vou indo patrulhar, OK? Vem rápido.

***

Hermione encostou-se na parede do corredor, quando ouviu passos. Ela sorriu.

— Ah, Draco? — ela disse. — Eu pensei que você fosse demorar um pouco mais. Do jeito que você é...

Hope - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora