Capítulo 30 - Revelações

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26 de Dezembro de 1998, Londres.

Hermione ainda estava dormindo quando Draco a acordou. Ela resmungou algo, sonolenta.

— O que foi? — perguntou ela, bêbada de sono.

— Acho que ouvi um barulho! — Draco murmurou.

— Outra vez? — perguntou Hermione, franzindo a testa. — Draco, são... — ela olhou para o relógio de pulso. — cinco da manhã, deve ter sido algum animal.

— Não, Hermione, eu sei o que eu ouvi. — Draco disse, convicto.

O loiro se levantou e Hermione suspirou, cansada.

— Draco, por favor, volta pra cá. — ela pediu, mas não ouviu respostas. A castanha deduziu que ele já havia descido as escadas.

Hermione bufou, vestiu um casaco e calçou um par de pantufas rosas antes de descer as escadas. Ela arregalou os olhos ao ver a cena que se passava na sala de estar. Draco estava com as mãos para cima e havia duas varinhas empunhadas contra ele.

— Merlin... — Hermione deixou escapar e só então a sua presença fora notada.

Harry e Ron olharam para ela, ao mesmo tempo, e aquela fração de segundos Draco usou para pegar a sua varinha e empunhar contra o moreno e o ruivo.

— Draco. — Hermione chamou, com a voz fraca. — Abaixa isso por favor.

Ele não deu ouvidos para a garota, que temia um duelo entre eles.

— Abaixem isso, por favor. — Hermione pediu novamente, arregalando os olhos ainda mais.

— Nós viemos em missão de paz, seu bastardo. — Ron disse, soando irritado.

— Ah! — Draco exclamou. — Claro que vieram, não é mesmo! Eu tenho cara de idiota?

— Não queremos brigas. Será que dá para nos escutar? Nós acreditamos em vocês dois. — Harry falou. — Nós sabemos que você não matou ninguém, Malfoy. Por favor, acredite em nós. Sempre estivemos ao lado de vocês dois.

Hermione ofegou. Estariam eles mentindo?

— Foram vocês, não foram? — perguntou ela, se aproximando, sem empunhar nenhuma varinha. — Aquele presente, vocês que deixaram para nós?

— Sim! — respondeu Ron, com euforia. — Viu, estamos apenas tentando ajudar, durante todo esse tempo.

Um silêncio longo se seguiu, enquanto Harry e Ron abaixavam as varinhas lentamente, assim como Draco.

— Estavam nos espionando?! — perguntou Draco, fazendo uma careta.

— Não. Estávamos ajudando vocês. — Harry corrigiu, revirando os olhos. — Será que dá para confiar em mim e Rony? Se quiséssemos levar você para o ministério e pegar a recompensa e tudo o mais, como você provavelmente acha que estejamos fazendo, já teríamos feito. Mas como eu disse antes, só queremos ajudar.

— Estamos aqui para ajudar vocês — repetiu Ron. — a encontrar o verdadeiro assassino. O ministério acha que é você, Malfoy, mas você passou o dia do assassinato em casa, então, isso meio que elimina a possibilidade.

— Enfim perceberam, não é mesmo? — Draco disse. — Como eu poderia matar uma família inteira de bruxos estando em outro lugar? E eu sei que vocês dois sabem que eu não sou idiota. Por que eu deixaria uma pessoa viva para testemunhar? Está na cara que é armação!

— Mas quem faria isso? — perguntou Harry.

— Nós não sabemos. — respondeu Hermione.

— Claro que não sabe! — Ron revirou os olhos. — Quantos inimigos você tem, hein, Malfoy?

Hope - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora