Os dias passaram rápido. Já havia feito um mês que eu estava morando com o Ricardo. O mesmo não desgrudava de mim, quando estava em casa... Claro, sempre por causa da criança.
Eu já tinha tirado o gesso, mas continuava andando com dificuldades
Raramente eu saia do apartamento, já estava criando mofo alí.Dona Olga, mãe de Ricardo, já sabia da gravidez e estava bem empolgada. Eu imaginava como minha mãe iria se sentir, uma avó coruja.
Então minha "sogra" vinha me visitar sempre, e toda vez pedia para que eu fosse visitar ela em sua incrível mansão. Ricardo raramente também ficava ali no apartamento de manhã comigo, sempre ia muito cedo para a empresa, e isso me dava horas de tédio. Não éramos felizes, mas dava pra conviver.
Hoje eu acordei um pouco tarde, pois na noite anterior estive com muita dor de cabeça. Então após tomar um medicamento e tomar meu banho, vesti-me com uma blusa branca com mangas 3/4 e uma saia preta longa, fazendo um rabo de cavalo frouxo e finalizei com um rímel e um batom rosa. Nos pés haviam sapatos baixos.
Eu estava pronta, tomaria café e faria uma visita à Olga. Só assim não precisaria ficar rodeada de funcionários me bajulando.
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Depois do café, chamei o Kim, meu motorista.
- Me chamou, senhora? - perguntou o mesmo, se apresentando na sala.
- Pela milésima vez, Kim... Senhora não. Olha, eu vou sair, gostaria das chaves do carro.
- Senhora, o senhor Ricardo não quer que você dirija...
- Kim, por favor. Eu vou ficar bem, eu só quero pensar, ficar sozinha um pouco...
- Ok... Qualquer coisa me ligue. Onde a senhora vai?
- Eu vou até a Olga. - disse já alegre.
- Aqui está a chave, eu sei que vou levar uma bronca senhora... Cuidado, por favor.
- Tudo bem Kim, valeu... Até mais tarde.
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Já no carro, eu estava pensando em como tudo havia mudado. Minha vida já não era mais aquela tranquilidade, eu já não era mais uma menininha, já quase podia me chamar de senhora Green...
Cá entre nós, a pessoa que está mais empolgada aqui é a mãe do noivo, que jura de pés juntos que um dia vamos ser felizes.
Eu, ele e o brotinho.
Estava chegando na mansão quando meu celular tocou. Mas por conta da última vez, prefiro terminar o percurso, depois veria quem me ligou.
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Ao chegar, sou recebida por Alfredo, o mordomo.
- Senhora Green. Seja bem vinda.
- Oh Alfredo... Pra você é Eduarda, aliás para todos. - digo rindo.
- É claro. E como está o nosso herdeiro?
- Ou herdeira -- sorrio...-- Estamos bem Alfredo. Onde está dona Olga?
- Está na biblioteca. Eu a acompanho.
- Seria muita gentileza a sua, vamos.
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Alfredo bate na porta da biblioteca e é correspondido logo.
- Entre Alfredo, Eduarda... - seria uma bruxa esta mulher? Eu nem avisei que viria...
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O ACORDO (LIVRO 1) FAMÍLIA GREEN
عاطفية"Naquele momento eu achei que tinha perdido tudo. Afinal, nós nunca vamos imaginar ficar sem a mulher que nos colocou no mundo. Ou iria? " O Acordo é um romance clichê, como todos os outros, mas será que final feliz existe mesmo? Ou será só mais um...