Sobre os dias que se passaram, não tive muito que dizer, terça-feira e quarta-feira voaram com a edição e envio da revista. Quinta-feira para nossa surpresa recebemos a notícia que a revista quebrou recorde de duas mil copias vendidas.
Sexta-feira chegou, eu estava esplendidamente feliz, seria meu último dia na R&R, fiz meu trabalho como de costume e entreguei a Rezende no fim da tarde. Este me parou antes de sair do escritório:
_ Espere._ ele levanta de sua mesa e caminha em minha direção dando- me um abraço_, não mal interprete este abraço._ disse este rindo timidamente.
_ Eu nunca faria isso.
_ Quero que saiba que fez um ótimo trabalho aqui e caso Teresa resolva se aposentar, eu adoraria que você voltasse.
Sorri em gratidão:
_ Não creio que aguentaria ficar sob o mesmo teto que o Sr. R.
_ Oh sim_ ele parece lembrar-se de algo_, vocês se matariam_ ele ri_ o estranho foi ele ter me pedido para você entrevista-lo.
Essa notícia me pegou de surpresa:
_ Como assim, ele pediu?
_ Ele me ligou naquela manhã e disse que aceitava dar-nos a entrevista com a condição de que você fosse à pessoa a entrevista-lo. Mas graças a isso tivemos uma das melhores edições do ano, acho que precisávamos de seu olhar crítico e feminista.
Eu corei com tal comentário. Essa noite, Cata e eu fomos a boate Real. Compramos cerveja e brindamos:
_A meu último dia na R&R enterprise!_ E que essa experiência te abra muitas portas!_ completou Catarina.
Brindamos com as latinhas. Felipe apareceu timidamente no meio da multidão:
_ E aí..._ diz este aproximando- se e dando um beijo no rosto de Cata e logo em mim_, precisamos conversar_ disse este em meu ouvido.
Meu coração gelou por um instante:
_ Sim..._eu estava no automático novamente.
Fomos até uma área mais reservada, onde havia poucas pessoas e sofás decoravam o lugar.
_ Eu terminei com a Leila_ disse este me olhando fixamente.
Eu não conseguia dizer nada e isso não era bom:
_ Alice, eu gosto tanto de você, não consigo tira-la da minha cabeça.
_ Felipe, não vamos começar com essa conversa novamente.
_ Por favor, Alice, você poderia pelo menos pensar no assunto, sei que posso fazê-la mudar de ideia._ seus olhos estavam apreensivos e apertados, eu não gostava de vê-lo assim.
_ Eu vou pensar, mas não me pressione.
E ele sorri esperançoso. Nisso, vejo um homem alto de cabelo desalinhado, vestindo uma camisa azul e calça caqui parado a apenas alguns metros de mim com outro que ainda estava de terno e gravata. Minha boca ganhou vida novamente:
_ Sr. R?
Este virou para ver quem lhe falava, sua ruga na testa estava saliente e pareceu surpreso em me ver:
_ Srta. Almeida.
_ O que o senhor faz por aqui?
_ A trabalho e lazer. Este_ mostra o homem que o acompanha_, é mister Anderson, nosso investidor americano, eu o trouxe par ver a noite paulista.
VOCÊ ESTÁ LENDO
With Eyes Wide Open (De Olhos Bem Abertos)
ChickLitMeu nome é Alice Almeida, tenho 25 anos, sou uma jornalista recém formada e justamente a editora para que trabalho me resigna a ir na renomada R&R enterprise, onde conheci James Readen, o orgulhoso, arrogante e misterioso homem que mudou completamen...