With Eyes Wide Open (De Olhos Bem Abertos)

Capítulo 6

Os dias passaram como um vendaval em nossas vidas e ambas começamos a levar mais a sério nosso trabalho, tanto que minha amiga começou a enviar seu currículo a todos os centros de estética e salões de beleza. Depois de cinco dias esta recebeu o retorno, ela pousou o telefone no lugar e me olhou incrédula:

_ O que foi? Fala.

_ Acabaram de me ligar do Spa "lenature", eles ouviram falar do meu trabalho e me chamaram para uma entrevista._ ela ainda estava digerindo o que lhe haviam dito.

_ Nossa isso é ótimo!_ vou ate ela e abraçando-a, mas ela ainda não se mexia de espanto.

_ Alice, o "le nature" é tipo o spa das celebridades, como eles ouviram falar de mim?

_ Não sei, mas pouco me importa, você vai ter uma entrevista de verdade e vai trabalhar com o que mais gosta.

Esta enfim parece acordar de seu sonho:_ Sim..._ diz esta, seus olhos enchendo de lágrimas.

Eu estava realmente feliz por ela, e isso era tudo o que ela mais desejava no mundo. Depois de sua entrevista, Catarina foi contratada, desde esse dia comecei a vê-la de jaleco branco pela casa e com seus óculos, para ela corria tudo bem no trabalho, sua chefe era uma mulher muito agradável dizia esta e seus colegas a ajudavam em tudo.

Na editora, o trabalho nunca parava. Finalizava um resumo quando Joseane a recepcionista gritou para mim:_ Alice telefone!

Achei estranho, pois quase não me telefonavam no trabalho. Fui até este, atendendo a chamada:_ Editora pluma, boa tarde, fala com Alice Almeida.

Na hora reconheci a voz:_ É a mamãe querida_ sua voz aflita.

_ Mãe? O que aconteceu?

_ É o seu pai, querida, ele sofreu um acidente esta manhã.

_ O que? Como? Ele está bem?

_ Ele está no hospital agora, não temos noticias dele ainda, ele chamava por você querida._ ela não estava bem, e o meu mundo estava desabando, não podia imaginar meu pai mal.

_ Eu vou pegar o primeiro ônibus para Guarulhos, chego o mais rápido possível.

_ Sim filha, venha estaremos te esperando.

Coloquei o telefone no gancho, olhei para Joseane sem reação:_ Tudo bem com você?

_ Não._ respondi de forma seca, caminhei freneticamente até a sala de Jorge.

Bati na porta, e mal esperando sua resposta, entrei, este me encarou com espanto:

_ Meu Deus Alice, você está branca como papel.

_ Sr. Alcântara eu preciso de um dia de folga, por favor._ minha voz falhava, só de imaginar meu pai em um leito de hospital me chamando, me enchia de dor.

_ Você não está bem_ ele se aproxima, encaminhando- me da cadeira na frente de sua mesa.

E logo me passou um copo d'água:_ Conte- me o que te aflige?

_ Meu pai_ bebi um gole_ sofreu um acidente, ele está no hospital, preciso ir até minha cidade natal, eu te peço somente um dia.

Ele pareceu surpreso com o meu pedido:_ Você nem precisa pedir, Alice, aqui somos como sua família também.

_ Obrigada._ tento tranquilizar minha respiração_ eu vou comprar as passagens.

_ Claro, espero que esteja tudo bem com ele.