Abri meus olhos, sentindo minhas narinas queimarem com o cheiro forte de alvejante, meus olhos demoraram em adaptar-se, era um banheiro mal iluminado e uma das lâmpadas piscava sem parar. Sentei vagarosamente, meu braço ainda estava fraco, o barulho de água pingando vinha de uma pia, me segurei nesta, tentando me recuperar. Minha boca estava seca; abri a torneira, bebendo àquela água e molhando meu rosto. Olhei ao redor tentando estabilizar minha respiração. Minha cabeça doía deve ser pelo o que me deram para dormir. Havia uma pequena janela ao lado do chuveiro no alto, mas este tinha grades e era alto demais para que eu alcance, não havia nada ali para que use a meu favor.
Ouço vozes masculinas vindas do outro lado da porta e encosto-me à parede, devem ser os capangas de Greta. Forcei minha mente a lembrar de quem me tirara da editora e vagamente me vem à imagem de dois homens musculosos e com cara de poucos amigos.
¬A maçaneta girou e o mesmo homem que vira na editora entra, ele era moreno, careca e vestia uma roupa preta. Este me encarou por um instante, seu olhar exalava frieza, tanto como sua expressão séria.
_ A Sra. Eisenberg lhe aguarda.
Apertei-me na parede como se fosse fundir-me a esta:
_ Eu não vou a lugar algum com você._ respondo tremula, o medo era constante e crescia a cada momento deixando-me cada vez mais desperta.
O homem veio em minha direção com passos pesados:
_ Mais vale que você obedeça_ diz este me pegando com força pelo braço, como se fosse arranca-lo_ ou irá se arrepender._ protestei pela dor, mas continuava a me apertar e me empurrar.
Passei pela porta, indo por um corredor mal iluminado e cheirando a mofo. Haviam várias portas fechadas na extensão daquele sombrio corredor. Ouço um grito de pavor e um frio sobe minha espinha, com isso o homem quase arranca meu braço me empurrando com mais força, passando por uma porta de metal e este me joga, quase caio no chão, mas me apoio com um dos joelhos, meu braço latejava, me levanto, vendo Greta sentada a uma mesa bem arrumada com velas e uma farta refeição sob esta. Esta me sorri cinicamente, seus olhos me vasculhavam minuciosamente, enquanto tudo o que eu queria era amassar sua cara com um soco:
_ Chegou a tempo do jantar, querida._ fico parada encarando-a, esta mexe a cabeça de lado endurecendo a voz_, é educado se sentar à mesa, Srta. Almeida.
O homem me empurra mais uma vez e me vejo obrigada a sentar. Greta aumenta seu sorriso fingido para soltar inquisidoramente:
_ Coma.
Olho a comida no prato em minha frente, meu estomago roncava, devia ter passado horas desde que me trouxeram a este lugar. Catarina com certeza já devia estar preocupada e teria chamado James, mas como saberiam que Greta está por trás de tudo isto.
_ Não ouviu? Coma._ repetiu esta secamente.
_ E se estiver envenenado?_ cuspo as palavras, ciente de que esta poderia dizer para que o grandalhão me machuque.
_ Se eu quisesse você morta, você já estaria, querida, mas a quero viva para o que tenho que lhe mostrar.
Pego a colher tomando da sopa que estava no prato, era como jantar ao lado de Hannibal Lecter. Quando termino, esta ainda me encarava com seu olhar frio e cínico.
_ O que você tem que eu não tenho? Sou visivelmente mais bonita, rica e os homens caem aos meus pés, você é insignificante frente a mim.
Eu apenas a olhava, o medo crescia em mim a cada segundo, deixando-me estática. Esta bate com as mãos na mesa, levantando-se:
_ O Jamie deve estar apenas curioso, logo-logo ele cansará de brincar de papai e mamãe, e voltará de joelhos para mim._ ela começa a se aproximar, sua mão deslizando pela mesa enquanto mais perto chegava_ Ai... Ai... Se você pudesse ver o Jamie em ação, cada coisa que ele faz._ ela me segura pelo queixo, tento me debater, mas as mãos fortes do capanga apertam meu ombro.
_ Ele vai se cansar ao ver que você não poderá satisfazê-lo, ele tem necessidades que você nunca entenderá e só eu que sou a mulher perfeita para ele poderei suprir.
_ Se você é a mulher perfeita então porque eu estou aqui.
_ Ah querida, isso porque você não entendeu o primeiro recado que dei, era para você nunca mais chegar perto dele depois de vê-lo na boate, mas como a senhorita é desobediente, correu para os braços do meu Jamie! _ ela me dá um tapa que chega a virar meu rosto, passei a mão pela área que ardia dolorida, mas minha vontade era de arrancar os dentes daquela vadia.
O homem me indica para levantar:
_ Vou lhe mostrar algo, lhe será muito instrutivo._ diz esta se recompondo e caminhando para uma entrada coberta por uma cortina de cristais vermelhos.
Passamos por outro corredor, e ouço mais gritos e grunhidos. Greta apenas sorria seu sorriso de lado sinistro, ao ver meu espanto. Subimos alguns lances de escada e logo ela abre uma porta para um quarto todo vermelho, apenas iluminado por uma parede cheia de monitores.
_ Pra que me trouxeram aqui?
_ Senta_ diz este me jogando com força para a cadeira a frente dos monitores.
Sento nesta, tentando parecer firme, pois minhas pernas tremiam. Greta aperta um botão e em cada tela aparece uma filmagem diferente de casais fazendo sexo ao estilo boate Real.
_ Porque você está me mostrando isso?
_ Olhe bem querida.
Olhei mais uma vez, foi quando percebi quem era o homem em todas as gravações, meu coração parou por um nano segundo, era James, e tudo aquilo me enojava, meu coração doía a cada batida, e lágrimas ameaçavam cair.
_ Own, ela vai chorar..._ provoca Greta.
Fecho meus olhos, mas o homem segura meu rosto como se fosse esmaga-lo:
_ É para você ficar de olhos abertos!
Abro, deixando as lágrimas caírem. Eu o via em cada monitor com uma mulher diferente, fazendo aquelas coisas, meu estomago revirava, apertei minhas mãos em punho tentando conter a raiva e a tremedeira delas.
_ Agora você vê querida, você nunca vai ser o que ele quer. _ diz esta cinicamente.
O homem solta meu rosto e o tampo com as mãos deixando os soluços me consumirem. Aquele não poderia ser o James que eu conhecia. Foi quando me lembrei de suas palavras “eu apenas estava curioso e queria novas emoções e me deixei levar pela situação, eu era jovem, Alice, todo homem gosta de se aventurar, aproveitei não vou negar eu gostava de ser o dominador”. A dor que seus olhos me transmitiram nesse dia não podia ser mentira.
“Eu cansei, como disse não faço parte daquele mundo, eu apenas estava ali para me divertir, você acha que eu gosto de bater nas minhas mulheres? Ou machuca-las para obter prazer? Não sou assim”.
Eu não cairia nesse plano idiota da Greta eu não desistiria dele, não depois do que ele me disse na noite anterior. Agora eu sou dele. E ele é meu.
Ergui meu rosto, secando minhas lágrimas, se fosse para morrer eu morreria desafiando essa vadia covarde.
_ É só isso o que você tem para me mostrar? Porque disso tudo eu já sabia. _ solto com firmeza.
Ela aperta a mandíbula com força e cerrando os dentes grita:
_ Sua garotinha teimosa! _ ela olha para o homem_ Pegue-a e faça o que você quiser.
_ O que? _ solto em desespero.
O homem solta um riso sinistro me puxando pelo braço.
_ Não! Me solta! _ ele puxa, arrastando-me para outro quarto.
E Greta ri alto, dizendo: _ Se você não for a mulher mais arrependida pela manhã com certeza será a com o traseiro mais dolorido.
O homem me arrastou uns dois quartos depois da tal sala, eu tentei me debater mas ele era forte, meu braço doía muito. Apenas senti quando bati contra a parede com força. Tentei me recuperar e avistei umas garrafas no que seria um minibar. Olhei para o brutamonte em minha frente que retirava seu cinto violentamente:
_ Agora você vai ter que aguentar garota insolente.
O encarei assustada por um momento até focar minha atenção nas garrafas no pequeno bar do quarto.
_ Nem pense nisso_ disse este me prensando a parede.
_ Não!_ eu gritei.
Me debati e como minhas pernas estavam livres o chutei em sua área sensível e este caiu no chão retorcendo-se de dor.
_ Eu disse não seu desgraçado! _ ele começou a se levantar e peguei a garrafa, quebrando esta em sua cabeça. E este cai no chão inconsciente.
Tento estabilizar minha respiração, mas era questão de tempo até virem. Olhei pela porta cuidadosamente, o corredor estava vazio, e com cuidado segui por este, descendo as escadas. Passei por onde estive com Greta e passo pela cortina de cristais seguindo por um curto corredor que dava para um salão com sofás vermelhos, tudo estava estranhamente deserto, e nisso ouço a voz de Silvia vinda de uma sala ao lado, enrijeço onde estava “Será que ela me viu?”, mas esta continua a falar. Me aproximo e a porta estava semiaberta.
_ O que você tem na cabeça Greta! Você a sequestrou, isso é crime! Eu me nego a te ajudar de agora em diante._ como sempre ela estava em seu terno branco impecável, e sacudia as mãos nervosa.
_ Você não pode fazer isso, você é minha irmã._ Greta arregalava os olhos, parecia que atacaria a irmã a qualquer instante, mas conhecendo-a sabia que não faria isso.
_ Sou sua irmã e não sua escrava_ respondeu a loira secamente_, além do mais você traiu a sociedade botando câmeras lá, nós juramos àquelas pessoas privacidade, já basta eu ter te livrado daquela vez quando seu amigo espancou quase até a morte aquela pobre garota de programa na boate. _ esta dá uma pausa tensa_, solte a Alice e limpe a sujeira que você fez ou eu mesma te denuncio.
Um homem passa correndo pela sala; me assustando, mas parece não ter me visto, com isso corro na direção da onde este veio, era a saída. Olhei para os lados e isso aumenta meu desespero, era uma ruela sem fim parecia uma favela com várias portas e janelas de madeira e outras de concreto mal acabado. Saio correndo, eu sentia meus pulmões queimarem a cada passo que dava.
_ Ei você! Pare!_ alguém gritou, olhei para trás avistando um dos musculosos e tentei correr mais rápido.
Olhei para todos os lados, vendo um muro baixo, subo em umas caixas de lixo, pulando esta com facilidade, mas caindo em cheio do outro lado, quase torcendo meu tornozelo, massageio este, mas ouço que o homem se aproximava e levanto, continuando a correr, viro uma esquina e ao longe desta outra ruela, vejo pessoas passando:
_ Socorro alguém me ajude!_ grito, enquanto corria com dificuldade_ Por favor! Alguém me ajude! _ balanço meus braços como uma louca, mas ninguém olhava naquela direção, e quando eu passaria por mais uma esquina da ruela, sinto que alguém me pega com força, tampando minha boca, tento me debater, mas esse alguém pressiona um pano com um cheiro adocicado sob meu nariz. Resisto, mas aos poucos meus braços amolecem e sucumbo à escuridão, desvanecendo.
Acordei, sentindo minha mandíbula doer era como se esta fosse se deslocar. Abri meus olhos e tentei me mexer, mas eu estava com as mãos presa as costas e seja o que for machucava meus pulsos fazendo- os arder e minhas pernas estavam amarradas, e em minha boca havia uma mordaça com uma bola, a dor era suportável, porém torturante. Rolei para ver onde estava este já não era o banheiro onde acordei da outra vez, parecia um galpão velho. Já era manhã e o sol entrava por pequenas frestas neste, o vento soprava fazendo o metal ranger assustadoramente. Viro o pescoço avistando uma porta fechada e pelas sombras que via embaixo desta, havia mais de uma pessoa dentro desse quarto. Arrasto-me até um pilar que fica alguns metros de mim e me apoio neste sentando, tento estabilizar minha respiração, estava cansada e dolorida, mas eu precisava sair dali.
A porta enferrujada se abriu e uma Greta vestida com uma calça preta e uma blusa de alça da mesma cor, sai desta fitando-me com seus olhos cínicos:
_ Veja só, a bela adormecida acordou._ disse esta sentando sob os pés para ficar a minha altura e me encarar nos olhos_, não gostou do brinquedinho favorito do meu Jamie? Isso é bom, pois darei fim a seu sofrimento em breve, querida.
Arregalo meus olhos, assustada, minha respiração acelerando pelo desespero:
_ Não se preocupe, você não vai sentir nada, eu garanto. Sabe, sinto um pouco de remorso pelos seus familiares e amigos que nunca encontrarão seu corpo_ ela parecia pensativa enquanto fala, mas logo sai de seu devaneio_, mas logo lembro que você se meteu com o meu Jamie e o remorso se vai.
Ela levanta, olhando-me com seu ar de superioridade:
_ Você é tão insignificante._ diz esta friamente e logo me chuta entre minhas costelas, caio de lado, batendo a testa com força no chão de concreto, sinto falta de ar, mal podendo respirar, tento virar para encara-la, mas a dor era insuportável. Ela ri alto, assustando as pombas que gorjeavam por todo o galpão. Minha cabeça doeu imensamente nesse momento.
_ Aprecie seus últimos minutos de vida, querida._ diz esta afastando-se e entrando no quarto fechando a porta de metal com força.
Estabilizei minha respiração, queria poder massagear minhas costelas doloridas. Eu não sei quanto tempo passou, mas minha cabeça latejava pelo ferimento recém adquirido. Tudo o que eu queria era voltar para o dia anterior, aquele momento com James quando ele me fez o pedido, deveria ter dito o que estava sentindo e aceitado porque tudo o que eu mais queria era dizer sim mil vezes sim, mas agora já é tarde demais e morreria sem poder dizer àquele que foi meu anjo e meu demônio durante esses últimos meses, o quanto eu o amo. Respirei, sentindo cada canto do meu corpo doer. As lágrimas caiam pelo meu rosto desenfreadamente. Eu não quero morrer sem dizer...
Nisso ouço um resfolego, parecia que alguém estava brigando do lado de fora. E o que parecia ser a porta principal do galpão se abre, a luz era cegante para meus olhos fracos, e vejo a silhueta de um homem. Meu corpo se arrepia, ele veio para me matar...
_ Alice..._ poderia ter sido um sussurro ou apenas minha imaginação, porém reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Era James.
Ele aos poucos saiu da luz, aproximando-se de mim, vendo-o em uma camiseta branca suja e com manchas de sangue:
_ Meu Deus... O que fizeram com você. _ ele sussurra me fazendo sentar, mas minhas costelas doíam e solto um gemido alto_, me desculpe_ diz este retirando a mordaça de minha boca.
Ele me encosta em seu ombro enquanto com cuidado abre as algemas que me prendiam, mecho meus braços e massageio meus pulsos que estavam em carne viva.
_ James eu...
_ Sh..._ este sibila enquanto desamarrava minhas pernas_ vai ficar tudo bem. Eu não vou deixar que ela lhe toque novamente_ diz este cerrando os dentes.
Eu apenas me lanço em seus braços, James acaricia meus cabelos com cuidado para não me machucar, mas parecia que era ele quem sentia dor, me afasto deste, fitando-o e o que vejo me deixa consternada, seus olhos travavam algum tipo de luta com seu subconsciente. Ele passa cuidadosamente os dedos sob meu machucado na testa e logo fecha seus olhos.
_ O que está acontecendo James?
_ Ouça-me atentamente_ diz este segurando-me pelos ombros_, você vai sair por aquela porta e correr, há cem metros lhe estarão esperando o Eric e a Catarina na estrada, corra e não olhe para trás.
_ O que como assim? Eu não vou deixar você aqui. _ minhas mãos se prendem em seus pulsos e por um momento pensei que ele fosse chorar.
Sua boca se abriu alguns centímetros e seus olhos estavam castanhos de tristeza. Suas mãos fixaram-se em meu rosto e ele soltou um suspiro desolado.
_ Alice...não importa o que você ouça ou veja de agora em diante, eu quero que você saiba que eu te amo_ ah meu Deus ele disse_, e nada vai mudar isso nem que passe um milhão de anos eu sempre vou querer você.
_ James... Porque está me dizendo isso.
Ele me chacoalhou um pouco: _ Preste atenção, nunca nada vai mudar o que sinto por você. Agora vá. _ James me solta, ajudando-me a levantar.
_ Não James_ o puxo pela mão quando este iria para a porta de metal onde estava Greta_, eu amo você..._ minha voz saiu chorosa.
E R voltou até mim, ele não pode conter suas lágrimas, enquanto me abraçava com ternura:
_ Ah... o que eu não daria para ouvir isso em outra ocasião. _ ele pousou um beijo no topo de minha cabeça, era como se toda a dor que eu sentia não fosse nada frente a dele_, vá Alice e saiba que tudo o que faço é por você. Vá_ ele me empurrou de leve e o vi entrar violentamente pela porta de metal.
Eu dei um passo para seguir suas ordens, mas meu corpo tremeu nesse instante e cai de joelhos no chão, me arrastei até uma das frestas que dava para o quarto e vi quando Greta que estava sentada com fones de ouvido, quando se dá conta dele parado há apenas alguns metros dela.
_ Jamie? _ ela levanta, retirando seus fones_ se venho aqui para salvar aquela desmilinguida...
_ Cale-se! _ soltou este de forma autoritária e Greta obedeceu sem hesitar_ eu não quero saber dela, eu vim aqui por você.
Os olhos dela mudam na hora e esta sorri aliviada:
_ Por mim?
_ Eu quero você, agora! _ ouço James dizer enquanto tira sua camiseta branca e a joga com força no chão, indo na direção de Greta.
Fico estática frente àquela cena, sinto que alguém me puxa, mas eu já não tinha poder sob meu corpo, eu só conseguia pensar no que tinha acabado de ver. A pessoa me arrasta, e a luz me cega novamente, mas eu já não queria viver, não depois do que vi.
_ Vamos Alice, reaja! _ era a voz de Eric, mas eu só enxergava um borrão branco em minha frente.
_ O que aconteceu? _ era a voz da minha amiga e senti as lágrimas caírem.
_ Ela os viu.
Meu corpo era arrastado, e quando notei estava no banco de trás de um carro que corria ao máximo que podia. As lágrimas não deixavam de cair e eu senti o buraco no meu peito reabrir. Foi quando notei Catarina ao meu lado:
_ Calma amiga..._ dizia esta aflita enquanto arrumava meu cabelo atrás de minha orelha.
_ Eu vi tudo..._ foi tudo o que consegui murmurar.
_ Amiga, o James te ama, ele não teve escolha, a Greta ia te matar.
Eu apenas afundei no banco do carro. Era como se tivessem tirado um pedaço de mim, a dor era insuportável e meu coração se comprimia em meu peito...na verdade era pior que a morte, pois eu ainda estava viva e tudo o que vivi até agora não tinha me preparado para o que estava por vir...
Continua...
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With Eyes Wide Open (De Olhos Bem Abertos)
ChickLitMeu nome é Alice Almeida, tenho 25 anos, sou uma jornalista recém formada e justamente a editora para que trabalho me resigna a ir na renomada R&R enterprise, onde conheci James Readen, o orgulhoso, arrogante e misterioso homem que mudou completamen...