Sábado chegara com ar de nostalgia, a estrada para Guarulhos estava calma, Readen dirigia seu corola com muita calma, na rádio soava "Balada do amor inabalável de Skank" e Alice olhava triste pela janela, deixando o vento bagunçar seu cabelo. R a encara de lado, ela se escondia atrás de uns óculos aviador, mas ele sabia que havia algo que a distanciava:
_ Vai me dizer ou terei que descobrir sozinho._ ela o encara sem entender_, o que a está fazendo pensar tanto?_ disse ele sem tirar os olhos do asfalto.
A morena suspira ainda pensativa:
_ É que minha família é estilo "a grande família", minhas irmãs são fora do normal e minha mãe geralmente me tira do sério, mas sei que vai gostar do meu pai, ele é um homem sensato e voltou a pôr ordem em casa.
_ Como assim voltou?
_ Minhas irmãs não me contaram mas notei uns olhares entre ele e minha mãe, ainda acho que meu pai é o único homem que aguenta a dona Madalena_ Alice solta um riso distante e com isso Readen segura sua mão.
_ Eu te amo, minha Alice, e não me importo com o quão problemática seja sua família, isso não mudará o que sinto.
O sorriso da morena aumentou, alcançando seus olhos e ela apertou a mão de seu amado, enquanto "a balada do amor inabalável" os banhava.
A casa de dona Madalena estava agitada. Ela preparava mais uma de suas almondegas famosas em toda cidade. Amanda cochilava em cima da mesa da cozinha, Ana que passava a empurra, assustando-a:
_ Ei_ grita a menina.
_ Não dorme, a Alice já deve estar chegando!
_ Ai Alice, agora é tudo Alice. Ela aparece duas vezes por ano e vira a sensação da casa!_ reclama a menina.
Ana revira os olhos enquanto olhava as almondegas no fogo:
_ Quando você se mudar daqui e só aparecer duas vezes ao ano também iremos comemorar.
_ Ah sua atrevida!_ diz esta levantando e dando um tapa na bunda da irmã, que ameaça avançar.
Porém, a entrada de Dona Madalena na cozinha as fazem parar. Ana vê o sorriso nos lábios de sua mãe e estranhando esse fato, questiona:
_ Mamãe a que se deve esse sorriso bobo, e não diga que é pela vinda da Alice, pois sei bem que não é isso.
A mulher arruma seu cabelo atrás da orelha, apenas aumentando-o ainda mais:
_ Estou preparando uma surpresa maravilhosa e inquestionável para a irmã de vocês._ sem entender Amanda franze o cenho e Ana também.
_ Mamãe, não invente moda, sabe que a Alice odeia surpresas._ retruca a irmã mais velha.
A mulher apenas vai e mexe as almondegas na panela, ainda com seu sorriso no rosto:
_ Dessa surpresa ela vai gostar._ ela pisca para as filhas que nada entendem, mas sentiam o cheiro de confusão no ar.
O carro de James adentra a cidade, e aos poucos, Alice vai reconhecendo a pracinha de sua infância e adolescência. Ela sorri de forma pueril e notando isso, R solta um sorriso de lado em retorno, e era aquele sorriso que ela tanto adorava, ele segura sua mão ternamente, dizendo:
_ Aposto que cada esquina possui uma história fascinante.
Ela morde os lábios, como que lembrando de algo, para logo falar:
_ Sim, nessa praça dei meu primeiro beijo_ este a ouvia atentamente_, mas creio que tal lembrança foi borrada pela última vez que estive aqui.
James aumenta seu sorriso de lado, lembrando daquela noite, em que desesperado tentou a sorte, indo atrás de Alice, e ele sabia que nunca se arrependeria de ter feito aquilo.
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With Eyes Wide Open (De Olhos Bem Abertos)
ChickLitMeu nome é Alice Almeida, tenho 25 anos, sou uma jornalista recém formada e justamente a editora para que trabalho me resigna a ir na renomada R&R enterprise, onde conheci James Readen, o orgulhoso, arrogante e misterioso homem que mudou completamen...