Capítulo 93

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Alfonso entrou na sala de Alex e a encontrou vazia. Caminhou até próximo ao banheiro, o chamou e ninguém respondeu. Em cima da mesa a tal pasta misteriosa que ele havia visto duas vezes com Alex e que se tratava de algo confidencial lhe chamou atenção. Olhou para a porta e voltou a olhar para a pasta azul.

Descobriria do que se trataria aquilo naquele momento. Sabia que era antiético, até um crime talvez, mas sua curiosidade falava mais alto. Andou receoso com medo de Alex aparecer. Olhou para a porta outra vez e pegou a pasta nas mãos. Analisou a pasta azul, que continha um logotipo dourado, com dois ramos ao centro que se encontravam, e as iniciais IP entre eles. Estreitou os olhos tentando entender ou decifrar aquelas iniciais. Seriam elas as iniciais da dona ou dono do conteúdo que tinha dentro da pasta?

Um tanto relutante, olhou mais uma vez para a porta e abriu um pouco a pasta.

Xxx: O que esta fazendo? – pediu quase gritando.

Alfonso: Eu? Nada! – virou para ele, tentando esconder a pasta nas costas.

Xxx: Me da essa pasta agora Alfonso! Espero que não tenha ousado ver ou ler o conteúdo dela! Eu não pensarei duas vezes em processa-lo por violação de um arquivo confidencial! – disse áspero.

Alfonso: Qual é Alex? O que tem de mais eu ver o que tem aqui? – pediu balançando a pasta – é algo muito grave?

Alex: Não interessa a você Alfonso. Meu cliente foi muito claro quando exigiu sigilo absoluto! – falou quase arrancando a pasta das mãos de Alfonso.

Alfonso saiu bufando da sala. Não conseguia entender porque tanto mistério com uma pasta. A curiosidade dele só aumentava. Voltaria naquela sala para tentar descobrir algo.

Na sala Alex deixou o corpo cair na cadeira um tanto tenso. Rezou para que Alfonso não tivesse visto nem lido nada. Estaria perdido se ele descobrisse, e seu cliente o mataria, com certeza. Rapidamente pegou o celular nas mãos e discou o numero que ele conhecia decor. Teria que avisar a tal pessoa do que acabara de acontecer. O celular tocou algumas vezes, até cair na caixa postal. Ele retornou, pois sabia que ela estaria ocupada no momento. Chamou mais três vezes e a pessoa atendeu.

Xxx: Oi Alex, a que devo a hora? – falou rindo.

Alex: Vou ser direto... Alfonso viu a pasta mais uma vez...

Xxx: QUE? ALEX EU PEDI SIGILO CARAMBA*! – gritou do outro lado.

Alex: Eu sei, desculpa... Eu sai para ir até a cantina e quando voltei ele estava aqui na minha sala com a pasta em mãos...

Xxx: Por favor, diga que ele não leu nada... – implorou.

Alex: Isso eu não posso afirmar... – a pessoa do outro lado da linha gritou um "merda"- o erro foi meu, deixei a pasta em cima da mesa, deveria ter guardado no cofre...

Xxx: Vacilo Alex! Muito vacilo! – reclamou – reze, ore pra ele não ter lido... sua vida está em jogo meu querido! – ameaçou.

Alex suspirou. Sabia que era uma brincadeira sobre a vida dele, mas conhecendo aquela pessoa como conhecia, sabia que seria capaz de armar um barraco enorme.

Alex: Eu sei... eu sei... – passou uma das mãos nos cabelos nervoso. Dulce entrou na sala e estreitou os olhos, vendo a aflição no rosto do marido – vou tentar descobrir e depois te retorno. Beijo! – desligou e olhou desesperado pra Dulce. – Eu estou ferrado Dul! – se jogou na cadeira da mesa – Alfonso entrou aqui e eu peguei ele com essa pasta nas mãos! – apontou para a pasta azul e Dulce arregalou os olhos.

Dulce: Não brinca! – sentou na cadeira que fica em frente a mesa do marido – Ele leu, viu o que tem aí dentro? – perguntou entrando em pânico também.

Alex: Eu não sei Dul... Realmente eu não sei... – apoiou os cotovelos sobre a mesa e esfregou as mãos no rosto e depois nos cabelos – já liguei avisando... e adivinhe! Fui ameaçado! – riu acompanhado de Dulce.


Eu Nasci Para Amar Você - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora