Capítulo 107

1K 40 0
                                    


Após o café da manhã Anahí foi até o estabulo e sorriu para o cavalo branco a sua frente. Havia ganhado ele do pai, no mesmo dia em que Dulce havia ganhado um preto.

Anahí: Senti sua falta Snow! - disse acariciando o cavalo que relinchou em reconhecimento - Andei muito afastada de você não foi garotão? - sorriu - O que acha de darmos um passeio como antigamente? - o cavalo relinchou mais uma vez.

Xxx: Vai montar hoje menina? - alguém falou atrás dela e a loira virou-se sorrindo.

Anahí: Vou sim Raul! Você pode selar o Snow pra mim? – pediu carinhosamente, com um sorriso nos lábios.

Raul é uma espécie de caseiro dali, um faz de tudo. Cuida dos animais e das plantas. Praticamente viu Anahí crescer e assim como os outros empregados, tem um carinho especial por ela, assim como por Dulce. Começou ainda adolescente a trabalhar para o avô de Anahí e era ele que aprontava com elas junto com Dulce. Raul é oito anos mais velho que Anahí e em sua juventude teve um pequeno rolo com Dulce, mas ninguém além de Anahí ficou sabendo.

Na época Dulce tinha 16 anos e Raul 20. Tentaram um relacionamento, mas não deu certo, pois Dulce sempre foi muito elétrica e Raul gostava mais da tranquilidade, de uma coisa mais caseira. Anahí era bem mais nova, tinha por volta de 12 anos e achava Raul o cara mais lindo do mundo. Doce ilusão a dela, mal sabia que um dia conheceria sim o cara mais lindo, mais charmoso e incrível.

Raul: Com o maior prazer! - entrou em uma sala e voltou com uma sela rosa pink - Snow sente muito sua falta Any!

Anahí: E eu a dele! – sorriu para o homem que retribuiu o sorriso.

Raul: Quer que eu lhe acompanhe no passeio? Posso selar o Picasso e te acompanhar... - sugeriu com um enorme sorriso.

Ele sempre achara Anahí linda, chamava atenção de todos com aqueles belos olhos azuis. O relacionamento com Dulce não havia ido para frente, ele tentou flertar com Anahí, mas Dulce o ameaçou dizendo que se fizesse mal a irmã cortaria fora o que possuía entre as pernas. Então Raul desistiu da ideia de tentar seduzir a pequena Anahí na época.

Anahí admirou o belo homem a sua frente. Ele dava um caldo, pensou. Mas jamais se envolveria com ele. Amava Alfonso com todas as suas forças e não possuía olhos para nenhum outro homem. O belo loiro de olhos negros vestia apenas um macacão jeans, sem camisa.

Anahí: Eu agradeço Raul, mas preciso ficar sozinha... – disparou um pouco triste.

Raul terminou de selar Snow e Anahí montou, saindo em disparada para bem longe. Sentia-se livre quando cavalgava. Quando já estava bem afastada, puxou as rédeas e o cavalo parou, voltando a caminhar lentamente. Adentrou a pequena mata, aspirou fundo o cheiro que emanava no ar. Uma mistura de aromas. Fechou os olhos e pode ouvir o barulho da agua.

Guiou Snow pela trilha próximo ao rio, a qual sempre fazia. Deixou que o animal bebesse um pouco de agua e seguiu até a cachoeira. Amarrou Snow em uma das arvores e sentou-se ali perto. Por um momento desejou poder compartilhar com Alfonso aquele lugar maravilhoso, mas logo afastou tais pensamentos.

Quando voltou pra casa já passava das três horas. Chegou faminta e foi ate a cozinha. Lá encontrou a mãe, Nana e uma senhora, que até então Anahí não conhecia. Foi apresentada a ela e descobriu que chamava-se Luzia.

Laura: Como foi o passeio? – perguntou afagando os cabelos da filha.

Anahí: Maravilhoso! Tanta coisa mudou por aqui... A cachoeira esta quase seca - falou triste e a mãe assentiu.

Laura: Esta chovendo pouco, é normal estar assim nessa época filha... – sorriu – E então, resolveu o que fazer?

Anahí suspirou e encolheu os ombros. Havia pensado tanto no que fazer, porem não conseguia tomar uma decisão. Se agisse pelo coração, voltaria para Alfonso, mas se fosse pela razão, daria um tempo. Tanto um como o outro necessitavam desse tempo para repensarem no relacionamento.

Eu Nasci Para Amar Você - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora