Capítulo 106

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Anahí rolava na cama, sem conseguir dormir. Seu pensamento estava longe, mais precisamente em Alfonso e o que ele estaria fazendo ou com quem estaria naquele momento. Tinha medo de que ele estivesse em sua cama com outra nos braços, mais precisamente a tal prima. Sentou-se na cama, olhou no relógio e ele marcava que já eram quase duas horas da madrugada.

Por varias noites dormira nos braços dele e agora estava com dificuldades em pegar no sono, sentindo falta daquele peito musculoso e dos braços fortes em torno de sua cintura. Levantou-se indo ate a cozinha. Pegou a agua na geladeira quando ouviu a voz de Alex. Rapidamente escondeu-se atrás da bancada que tinha ali. Alex entrou esfregando os olhos, com cara de sono e parecia irritado no celular.

Alex: Não Poncho, não adianta insistir... Amanhã Alfonso! – suspirou - Amanhã vocês conversam... – pegou um copo do armário e o largou sobre o balcão - Foda-se se não consegue dormir! Deveria ter pensado antes... – abriu a geladeira retirando a jarra com a agua - Ela esta dormindo... – colocou a agua em seu copo - Não sei se esta sentido sua falta! – deu uma pausa e Anahí deduziu que Alfonso resmungava algo. Alex tomou a agua e largou o copo na pia - Eu estou com sono Alfonso, cale a boca, feche os olhos e durma ok? - desligou e saiu da cozinha.

Anahí saiu de trás da bancada e foi ate o quarto. Vestiu-se rapidamente, pegou a bolsa e as chaves do carro. Não ficaria mais ali, não queria ver Alfonso por um bom tempo. Não se sentia preparada para falar com ele. Ainda estava magoada e machucada. Tudo havia acabado entre eles. Ela sofreria no inicio, mas depois se acostumaria com a ausência dele.

Entrou no carro e já sabia aonde ir. Por alguns dias ninguém a procuraria lá, talvez seria o primeiro lugar que buscariam seu paradeiro. Daria ordens extremas de que ninguém afirmasse de que estava lá.

Quase quatro horas de viagem depois estacionou em frente a grande casa branca. O modelo era de uma casa antiga, com um jardim enorme em frente. Muitas árvores e flores enfeitavam o jardim. Anahí lembrou-se da infância que passou ali, quando era feliz e corria por aquele jardim ao lado da irmã.

Recordou-se do avô que viveu ali por longos anos. Era ele quem vinha visitar nos fins de semana com os pais e a irmã. Depois que ela e Dulce foram para a faculdade, os pais optaram por vir morar na casa de campo.

O dia estava amanhecendo e ela nem dormira. Respirou fundo e desceu do carro. Caminhou em direção a porta e a mesma se abriu. Ao ver Nana, sua antiga babá, correu até abraçando-a forte. A senhora assustou-se ao ver Anahí ali, tão frágil e chorando em seus braços.

Os pais tiveram a mesma reação de Nana. Depois de contar-lhes o ocorrido, Enrique teve de controlar-se para não ir até a cidade e bater em Alfonso. Protegera tanto sua menina para que não sofresse e agora ele havia a machucado tanto. Doía tanto nele como em Laura ver Anahí sofrendo.

Anahí: Por favor, se alguém ligar e pedir sobre mim não digam que estou aqui! – implorou, olhando de um para o outro.

Apesar de achar errado esconder de Dulce sobre o paradeiro de Anahí, Laura concordou. Tinha certeza de que Dulce ficaria muito preocupada com a irmã. Sempre cuidava dela para que não acontecesse nada. Se conhecesse bem a filha, ela moveria terras e céus em busca de Anahí.

Laura: Agora você vai subir e descansar. Depois resolvemos o que fazer, certo? – sorriu e Anahí assentiu.

Recebeu um abraço carinhoso do pai e um beijo na testa. Laura e Nana foram com ela no quarto, onde Anahí dormiu até quase o fim da tarde.

Eu Nasci Para Amar Você - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora