Capítulo 03

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Cheguei no México por volta das 20:00 horas. Chamei um táxi e fui em direção ao apartamento da Dulce, onde eu sabia muito bem o endereço. Em meia hora o táxi encostou em frente ao luxuoso prédio residencial. Paguei o taxista, respirei fundo e caminhei até a portaria.

Anahí: Boa noite Chico! – sorri para o vigia noturno, um senhor de mais ou menos 52 anos, ele retribuiu com um sorriso banguela, mostrando alguns dentes que lhe faltavam. Será que ele conhece um dentista?

Chico: Boa noite dona Anahí! Que surpresa vê-la por aqui!

Conheço Chico há uns cinco anos. Chico trabalha há pelo menos 20 anos na portaria do prédio, e é o único funcionário que sabe quem eu realmente sou. Além é claro, de minha irmã, meus pais e meu cunhado. Não gosto de revelar tal assunto com ninguém, porque pode chamar muita atenção e não estou a fim de ser alvo de ladrões ou colunas sociais.

Anahí: Minha irmã está por casa?

Chico: Está sim. Não a vi sair desde que cheguei. Quer que interfone a ela? – perguntou já segurando o interfone.

Anahí: Não. Prefiro chegar de surpresa – sorri para ele, peguei minha mala rosa de rodinhas e subi. Minha mala é rosa sim, e daí? Qual o problema? Eu sou apaixonada por rosa, e foda-se a opinião dos outros. Preciso fazes jus ao meu apelido, o qual foi colocado pela minha irmãzinha querida: Barbie!

Apertei no elevador o 306 do décimo andar. O prédio é luxuoso, tem doze andares, com dois apartamentos em cada andar, totalizando vinte e quatro famílias que moram ali. É um bom lugar para se morar. Seguro, tranquilo e bem situado no centro da cidade.

Cada apartamento possui três quartos, sala de tv, cozinha, varanda, lavanderia, sala de jantar e um escritório. Tudo bem planejado. Há ainda uma área de lazer, com playground e piscina, para os moradores aproveitarem nos fins de semana ou a hora que quiserem. Quem realizou o projeto do prédio realmente caprichou. Até o elevador é um luxo com paredes espelhadas.

Aqui moram médicos, advogados, juízes, ou seja, pessoas que tem um nível econômico melhor.

O elevador apitou avisando que chegou ao andar desejado. Respirei fundo e algumas lágrimas brotaram em meus olhos. Logo meu rosto estava molhado. Toquei a campainha, ansiosa por ver minha irmã.

Alex: Anahí? – parecia surpreso, arregalou os olhos quando me viu e logo me puxou para um abraço – Meu Deus o que ouve? – eu solucei alto, ouvi Alex chamar por Dulce e logo ela apareceu.

Dulce: Any? Any? Anahí? O que ouve pelo amor de Deus! – eu soluçava e não falava nada.

Ela me chacoalhou nos ombros e eu senti minhas pernas fraquejarem. Se não fosse por ela me segurar eu tinha caído no chão. Toda a força que eu tentei demonstrar havia se acabado assim que cheguei em frente a porta do apartamento dela.

Dulce esperou eu me acalmar, abraçada comigo.


Eu Nasci Para Amar Você - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora