Eu Nasci Para Amar Você - Livro 01

Capitulo 06

Me remexi e Alfonso soltou o abraço. Encarei-o por alguns minutos até Alex arranhar a garganta, demonstrando que não estávamos sozinhos.

Engatamos uma conversa animada, contei a eles sobre minha indecisão do que fazer da minha vida de agora em diante. Iniciei a faculdade de arquitetura, trancando no segundo semestre. Não estava me agradando muito aqueles cálculos horríveis e decidi seguir meu sonho: faculdade de moda.

Porém também tranquei, pois Rodrigo me perturbava dizendo que isso não dava dinheiro, que não era uma boa carreira. Eu fui ingênua e abandonei meu sonho. Prestei vestibular para medicina e passei. Isso faz quase um ano. Não cursava o mesmo período que Rodrigo, pois ele já estava no oitavo, e eu iniciando. Estava insatisfeita, porque não era isso que eu realmente queria.

Alfonso sempre dizia que eu deveria ir atrás de meus sonhos, e se não estava satisfeita com aquilo, não deveria continuar. Era a minha vida, e não a de outra pessoa. Dulce e Alex me incentivaram a procurar alguma faculdade e retornar a minha faculdade de moda.

A parte ruim é que eu teria que voltar para Nova York para buscar as documentações na minha antiga faculdade. E com minha volta eu corria o risco de reencontra-lo. E isso era a última coisa que eu queria.

Alfonso, meu bebê, meu Ponchito lindo, se prontificou a ir comigo. Obvio que aceitei na hora, e assim que ele puder tirar uma folga no trabalho, íamos até Nova York.

Anahí: Preciso apenas arrumar um lugar pra ficar. – fiz um biquinho.

Alfonso: Mora comigo! – sugeriu, o que fez eu Alex e Dulce o encarar – quer dizer, pode ficar no meu apartamento. Se quiser, é claro. Deixo você ficar com o quarto maior – piscou pra mim.

A proposta é tentadora. Poderia tê-lo por perto 24 horas por dia e isso me ajudaria muito a esquecer dos problemas e dos chifres. Dizem que chifre é igual consórcio, quando menos espera é contemplada! E comigo foi assim. Jamais esperava, mas vou virar essa página. Enterrar o Rodrigo e viver o meu presente.

Alex: Não acho uma boa ideia...

Dulce apenas negou com a cabeça. Estreitei os olhos tentando entender, olhando de um para o outro.

Alfonso: Prometo te respeitar, cuidar, não levar mulheres para dentro do apartamento... – ele levou a mão ao queixo fingindo pensar – aguentar sua tpm, suas crises emo, seus chiliques, sua bipolariedade, sua teimosia, seu... – tampei a boca dele.

Anahí: Ok, eu já entendi – falei rindo – eu não dou chiliques – fiz um biquinho pra ele.

Dulce: Isso foi praticamente uma proposta de casamento com direito a juras de amor eterno – riu alto e eu joguei uma almofada nela.

Alfonso: Então pequena, você aceita?

Anahí: Sério que vou ficar com o quarto maior? – ele assentiu – casa, comida e roupa lavada? – ele assentiu sorrindo - vou poder te bater quando acordar irritada? – ele arregalou os olhos.

Eu gargalhei e fiz um biquinho. Alfonso bagunçou meus cabelos. Fingi que mostrava a eles os meus músculos, com um largo sorriso.

Alex: O que foi isso meio metro? Um grão de arroz que errou o caminho e foi parar no teu braço?

Disparei a arremessar almofadas nele, que corria pela sala. Eu corria atrás gargalhando. Ouvi um choro vindo de um dos quartos e sai correndo em direção a ele. Logo voltei com Miguel no colo, enchendo-o de beijos e ele dando altas gargalhadas.