Capítulo 20

1.4K 75 2
                                    


Alfonso despertou, coçou os olhos e as imagens da noite anterior lhe vieram a mente. Tateou ao seu lado, não encontrando o corpo de Anahí, que por várias vezes a noite ele buscou com medo de que ela saísse do lado dele.

Foi até o banheiro, fez sua higiene matinal, seguiu o cheiro de café fresquinho que vinha da cozinha. Escorou-se no batente da porta admirando Anahí que cantava demonstrando estar feliz. Uma coisa difícil de ver era ela de bom humor assim tão cedo.

Anahí: Tengo um ticket sin regresso y um montón de sueños dentro de um velíz – derramou mais agua no coador de café, se remexendo na frente da pia, ela dançava – um adiós para mis viejos mucho miedo y muchas ganas de poder vivir – foi até a geladeira e pegou requeijão, queijo e presunto - abrir las alas para escapar sin fin para encontrar libertad lejos de aquí, lejos de aqui – se virou para a porta e deu de cara com dois olhos verdes a admirando, com os braços cruzados na altura do peito.

Alfonso: Deveria investir na carreira como cantora pequena! – se aproximou dela lhe dando um beijo no topo da cabeça – bom dia princesa!

Anahí: Bom dia bebê – respondeu sorrindo – cantora eu? – negou com a cabeça – e ser conhecida como uma chata, mal humorada, problemática, louca, ciumenta etcetc? Prefiro continuar no anonimato! – gargalhou.

Entre brincadeiras e risos tomaram café, como se nada tivesse acontecido entre eles na noite anterior. Nada aconteceu além dos beijos e caricias ousadas. Um pensava que o outro havia esquecido, mas o fato é que nenhum deles havia esquecido.

O caminho da faculdade não foi diferente. Alfonso sintonizou numa radio local e quando conheciam a musica cantavam juntos, rindo. Não demorou muito e chegaram naColumbia University, faculdade a qual Anahí esteve por três anos, mas não chegou a se formar. Pulou de galho em galho, e não se sentia satisfeita. Mas agora sim ela faria aquilo que gosta: a tão sonhada faculdade de moda!

Uma hora depois Anahí estava com os papéis necessários para ingressar na UNAM (Universidad Estadual Autónoma de México). A felicidade era nítida no rosto de Anahí e Alfonso esbanjava elogios e palavras de incentivo a ela. Por volta das onze horas os dois seguiram a um restaurante para almoçar. Depois iriam até o apartamento de Anahí, pegar as malas e voltar pra casa. Alfonso contava piadas e Anahí disparava a rir.

Alfonso: Por que o elefante não pega fogo? – perguntou, Anahí estreitou os olhos, pensou, pensou e não sabia a resposta. Alfonso já segurava o riso. Ela encolheu os ombros e esperou que ele respondesse – porque ele já é cinza! – gargalhou, fazendo Anahí gargalhar alto mais uma vez, enquanto almoçavam. Volta e meia alguém olhava para os dois.

Anahí: Bebê suas piadas são tão... – gesticulou com as mãos – tão... tão idiotas que é engraçado – riu novamente dessa vez da cara de zangado que ele fez – eu sou uma boa amiga, eu dou risada delas, por mais idiotas que sejam – fez um biquinho.

"Uma boa amiga mesmo, muito boa" pensou ele maliciosamente.


Eu Nasci Para Amar Você - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora