Capítulo 9: a conversa

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Continua...

- Olha achas que podemos ir para o pátio, preciso muito de falar contigo. - ele disse e eu logo assenti e fomos em direção ao pátio. Quando lá chegámos reparei nas horas: 8:43, bem parece que vou faltar ao 1°tempo.

- eu precisava de te dizer que...- eu olhei para ele curiosa, não sabia se haveria de estar séria ou a sorrir... Se ao menos eu soubesse o que é que ele me queria dizer! - Bem, na verdade eu já te queria dizer isto à algum tempo mas não sabia o que ias pensar de mim por isso não disse nada mas a verdade é que...- ele fez uma pausa dramática como nos filmes -... eu gosto muito de ti.

Eu não sabia o que dizer e a verdade é que nunca fui muito boa com palavras por isso limitei-me a aproximar-me dele e acho que ele entendeu a dica pois em questão de segundos ele pôs a mão na minha cintura e aproximou o seu rosto do meu, juntando as nossas festas e fazendo um beijo à esquimó com o meu nariz. Eu olhei nos olhos dele! Meu deus como eu adoro esses olhos verdes! Ele aproximou-se ainda mais e eu até fiquei surpreendida por ainda existirem espaços por preencher e então aconteceu! Ele juntou os nossos lábios e eu comecei a sentir borboletas no meu estômago como nos filmes mas a única diferença era que desta vez era real. Ele aproximou-se ainda mais e só nos separámos quando já estávamos sem fôlego. Eu estava tão feliz que nem sabia o que havia de dizer, só sei que eu estava a sorrir que nem uma louca e ele não também estava muito diferente!

- Mia, tu queres namorar comigo? - ele disse e eu juro que o meu coração parou. Eu nem conseguia dizer coisa com coisa de tão contente que estava então limitei-me a acenar freneticamente com a cabeça em sinal de sim e ele abraçou-me. Ficámos assim, apenas abraçados e eu a sentir o seu cheirinho a menta e ele o meu a morango (pelo menos foi o que ele disse).

Eu juro que nunca estive tão apaixonada por ninguém. Continuamos abraçados por mais alguns minutos e só nos separamos quando a campainha tocou a avisar que os alunos iam sair para o intervalo. Levantámos-nos de mãos dadas e fomos até à porta da minha sala.

Chegando lá vi logo o Tom a olhar em direção ás nossas mãos dadas e por uma milésima de segundo pareceu-me vê-lo a cerrar os punhos e a morder o lábio mas ele logo se recompôs e abriu um grande sorriso enquanto gritava no meio do corredor: JOANNA! A MIA E O JAMES ESTÃO DE MÃOS DADAS!

Logo toda a gente se virou para nós e começou a aplaudir, especialmente a Joanna que apareceu no momento exato em que eu enterrei a minha cabeça no ombro do James de tão envergonhada que estava.

Estou mesmo a ver uma looooonga conversa com os meus melhores amigos no meu futuro...

O ladrão de floresOnde histórias criam vida. Descubra agora