Capítulo 29: Parte II

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Presente:
Mia POV:

Já estava a ficar desesperada. Onde é que ele estava? Porque é que desaparecera? Será que tinha uma pista? Eram demasiadas perguntas e nenhuma resposta. Estava quase a ligar à polícia quando recebi uma mensagem:

Estou a escrever esta mensagem como se fosse uma despedida: Com tudo o que ela merece, como uma dedicatória:  A minha vida antes de te conhecer não era nada, eu via-te a passar nos corredores e pensava no quanto eras bonita e em como eu queria dizer tudo o que sentia por ti. Rose. Ela foi a prova de que o nosso amor era real. Está claro que não era assim tão real para que uma coisinha de nada, um mal entendido, nos tenha separado, mas eu sei que no fundo ainda me amas como eu te amo. Bem, não sei muito bem o que dizer mas vamos lá continuar porque eu tenho de te dizer tudo o que penso e sinto. Estamos separamos mas isso não quer dizer que tenhamos de o estar. Numa altura da minha vida, quando já não estávamos juntos, sentia que a minha mente eram apenas recordações nossas de momentos felizes. Casa. Sinto falta de te ter lá. É como se ela estivesse Abandonada. Perto do fim vêm-nos à cabeça todas as frases que nunca dissemos mas que precisamos desesperadamente de dizer. Da  última vez que me senti assim foi quando nos separamos e eu achei que nunca mais te veria. Fronteira: nunca cheguei a viajar para lá dela mas se sobreviver a isto espero que o possamos fazer, juntos.     Amo-te Muito.

Com amor, Jake

Li a mensagem cuidadosamente e então lembrei-me do código que nós usávamos nas nossas mensagens quando ainda andávamos na escola por causa de uma certa melhor amiga e um certo irmão que adoravam ver as nossas mensagens. Li-a novamente e descobri a mensagem por de trás do código:

Estou com a Rose. Ela está bem. Estamos numa casa abandonada perto da Fronteira. Amo-te Muito.

A Rose estava bem. Isto foi um enorme alívio e dei por mim a soltar uma lágrima de felicidade. Sem pensar em mais nada dirigi-me ao carro e comecei a conduzir em direção ao local, enquanto falava com a polícia. Eles pediram-me que esperasse por eles mas quando se trata da minha filha ninguém me diz o que fazer!

Em 8 minutos cheguei ao local pretendido e um arrepio tomou conta do meu corpo. Tratava-se de um pequeno armazém abandonado, tal como o James dissera. Percorri à volta da casa à procura de uma janela ou de uma porta que não a principal quando ouvi um barulho. Parecia que alguém estava a bater na parede, mas não era um simples bater, aquilo era outro código:
bum- bum-bum... bum... bum... bum...bum-bum-bum

Código Morse! Aproximei-me do local de onde vinha o barulho e prestei mais atenção:

bum- bum-bum (S) ... bum... bum...bum... (O) bum-bum-bum (S)

SOS - Save Our Soults (salvem as nossas almas). Aquilo era um pedido de socorro e só podia pertencer àquelas duas pessoas. Olhei para cima e reparei que naquele lugar havia uma pequena janela toda partida.

- James. - sussurrei mas foi o suficiente para ele ouvir.

- Mia! Tu vieste! - ele sorriu.

- Onde está a Rose?! - perguntei.

- Está a dormir. Ela estava exaus...- ele foi interrompido pela voz da minha filha.

O ladrão de floresOnde histórias criam vida. Descubra agora