CAPÍTULO 2

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__Meu pai, por que todo esse ódio entre humanos e demônios? me diga... qual o motivo disso tudo?

__Ah meu filho, os humanos tem inveja de nós, eles querem nossas terras, nossos poderes, são ambiciosos e por isso não se contentam com o que tem.

__Por que o senhor não conversa com eles? Talvez uma reunião com o seu líder resolva.

__Acredite meu filho, a ambição deles os deixa cegos, a muitos anos atrás, humanos e demônios viveram em harmonia, a paz reinava, não havia guerras nem dor. - Disse Vilgor líder da legião de demônios olhando fixamente para seu filho Aziel.

Ao ouvir a palavra "demônio" nos vem em mente um ser horrível de chifres que se entrelaçam sobre sua cabeça, cascos de animal e cheiro de enxofre não é mesmo?

Mas esses eram diferentes, tinham forma humanoide e era quase impossível distingui-los em meio a uma multidão de pessoas. Possuiam um pequeno chifre que escondiam estrategicamente em seus cabelos longos para se misturar aos humanos.

Tinham a capacidade de se transformar, assumindo formas de animais e seres horrendos sem contar a força e a agilidade sobrenatural que possuíam, mas dificilmente se transformavam, pois mesmo em forma humana eram incrivelmente fortes

Diferente do rei Godan que contava com a ajuda dos cavaleiros reais para manter o seu Reino em ordem, Vilgor sozinho comandava a enorme legião de demônios, era respeitado e temido pelos outros demônios. Todos tinham conhecimento de sua força e nenhum deles tinha a audácia de desafiar sua autoridade ou ir contra as suas ordens. Sua mulher, a mãe de Aziel foi morta por um Cavaleiro real em uma caçada a demônios ( coisa que ocorriam frequentemente nas florestas do reino).

Ele só tinha seu filho Aziel como descendente que apesar de ter mil anos era considerado jovem para um demônio.

Assim como existem maus humanos também existiam bons demônios, Aziel era um exemplo disso, apesar de ser filho do demônio soberano da legião. Aziel não possuia ódio no coração e só empunha sua espada em último caso, apesar de "jovem" era um grande guerreiro e costumava ser piedoso no campo de batalha, gostava de andar na floresta e apreciar os animais que ali habitavam.

Um ser alado com aparência de um morcego se aproxima de Vilgor.

__Poderoso Vilgor! os humanos estão reconstruindo suas casas, o rei Godan mandou seus homens para ajuda-los.

__Deixe-os, faremos o mesmo, já guerreamos demais, vamos nos manter nas sombras, nos fortalecer, faça minhas ordens chegarem a todos os demônios, não quero conflitos por enquanto e aquele que ir contra minha palavra vai sentir minha ira, você me entendeu!!?

__Sss... Sim... senhor!

A criatura se retirou da caverna às pressas, seu bater de asas fazia voar a poeira do solo, enquanto Vilgor e Aziel o viam se afastar esbarrando nas formações rochosas que havia no alto da caverna.

__Meu pai, Vou caminhar um pouco, essa caverna escura me dá tédio, não sei como o senhor consegue ficar aqui por tanto tempo.

Com uma cara de que achou graça nas palavras que acabou de ouvir, Vilgor pós a mão no ombro do seu filho e lhe deu permissão para sair.

__Vá Aziel, até por que não posso privar você de seus passatempos.

Aziel partiu sob o olhar cuidadoso do pai, como se pudesse sentir a presença de Vilgor fazendo sentinela e zelando por ele onde quer que fosse.

POR TRÁS DA ESPADAOnde histórias criam vida. Descubra agora