Um novo membro

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Lunna adormeceu rapidamente, seu trabalho árduo a deixará exausta e isso facilitou sua noite de sono. Nem um sonho a perturbava como a noite passada, aparentemente tudo calmo como deveria ser.
Matheus ainda estava andando pela casa como se estivesse perdido, algo estranho para uma pessoa que já frequentava aquele lugar a alguns meses. A porta do quarto de Lunna estava fechada e ao girar a maçaneta concluiu que também estava trancada. Por alguns minutos ele manteve-se andando por todo o lugar como se esperasse encontrar alguma coisa. Nada de estranho. Abriu a porta do quarto de Vitória que agora também seria seu, e entrou lentamente para não acordá-la.

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O sol brilhava pela janela. Passaros cantando por todo lugar, pessoas caminhando pela calçada e crianças brincando na grama verde. Lunna havia acordado surpreendente bem. Seu quarto estava organizado como o de costume, apenas algumas pessas de roupas jogadas no chão de uma forma qualquer mudavam esse cenário. Sua coberta de um roxo escuro cobria seu corpo. Lunna estava nua e se sentia livre desta forma, antes ficar nua era algo difícil e complexo para ela. O acompanhamento com uma psicóloga fez aos poucos esse sentimento desaparecer. Devagar Lunna foi se aceitando novamente e tornando menos intenso o sentimento de ódio. Como o de costume ela levantou ainda despida e destrancou a porta. Um banho a faria muito bem no calor da manhã. Faltará um dia na faculdade e poderia ter perdido algo importante e isso a preocupava. Alguns meses antes de entrar na faculdade Vitória pagou para que a sobrinha tirasse a habilitação mas ainda não possuia um carro próprio o que levava a utilizar o carro de sua tia algumas vezes. Um banho não muito demorado foi o suficiente para relaxar seu corpo e melhorar seu humor. Ao sair do banheiro enrolada na toalha Lunna deparou-se com a porta de seu quarto se abrindo.

- O que esta fazendo no meu quarto?

Perguntou Lunna que erguiu a sobrancelha não se incomodando pelo fato de ter saido do banho e ainda estar de toalha exalando um aroma suave de rosas vermelhas. O rapaz a olhou de forma estranha.

- Me desculpe. Sua tia á chama.

Matheus olhou para baixo tentando desviar o olhar do corpo da garota que ficava muito bem moldado com o tecido. Suas curvas eram realmente encantadoras e chamativas apesar de não ter um corpo farto e abundante.
Percebendo a tentativa desastrosa de Matheus para não olhá-la, Lunna sorriu calmamente.

- Ou você entra, ou você sai.

Matheus olhou-a com surpresa e por mais que tentasse negar o que seu corpo sensentia, demonstrou desejo. Seu corpo havia se arrepiado e sem notar seus pés já haviam adentrando mais ao quarto. Lunna o olhava nos olhos se tornando uma verdadeira tentação.

- Esperamos você lá em baixo.

A porta se fechou rapidamente e Lunna ouviu passos descendo as escadas. Sorrindo deixou com que a toalha caísse no chão pegando algumas pessas de roupa.

- Você não é homem para minha tia. Considere-se morto.

Na sala Vitória tomava o desjejum em frente a Tv que estava sintonizada em um canal policial quando viu o namorado descendo as escadas aparentemente nervoso.

- Esta tudo bem ?

Matheus apenas assentiu com a cabeça indo em direção a cozinha em busca de um copo de água. Sua mais nova sobrinha descia as escadas em uma roupa justa e sensual que lhe causava arrepios. Uma blusa decotada branca e uma calça preta bem colada ao seu corpo. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo e uma maquiagem suave dava um ar angelical ao seu rosto. O que havia acontecido no quarto de Lunna deveria ficar apenas entre eles, Vitória não gostaria de saber que sua sobrinha o convidará para entrar quando estava enrolada apenas em uma toalha. Ela o olhava de uma forma provocante e o cativava ainda mais com um sorriso de canto de boca.
Matheus estremeceu por dentro desejando ter interpretado mal aquela cena.

- Tia Viitória, me empresta seu carro hoje ?

Vitória levou sua mão na mesinha próxima ao sofá e arremessou um objeto para Lunna.

- Tome cuidado querida.

- Claro tia, só não me espere para o jantar. Tenho que ir em um lugar hoje.

Vitória não fez perguntas apenas deu um tchau com a mão. Lunna sorriu pegando a chave e saiu sem se despedir de Matheus. Seus passos não faziam barulho mas seu charme ao caminhar causava sensações que ele não podia negar.
Ligando o carro e pegando um papel em sua mochila Lunna pareceu ter seu olhar diabólico novamente.

- Primeiro vamos a faculdade e depois visitar meus priminhos.

O carro saiu pelo asfalto já não podendo ser mais visto ao virar uma rua.

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