Ódio

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Lunna o olhava de forma odiosa, como se sentisse nojo por estar tão próxima dele. Ela tocou o pescoço de Magno com a faça fazendo com que ele estremecesse. Acariciando o cabo preto da faca muito bem afida de pequenos detalhes em dourado como se fosse uma criança manhosa, Lunna passou vagarosamente a lamina na pele de Magno fazendo com que um pequeno corta fosse feito trazendo como consequência algumas gotas de sangue.

- Você não vai morrer agora. Não merece tal privilégio.

Lunna movia delicadamente o objeto sobre o pescoço do rapaz fazendo um caminho onde o sangue começava a escorrer.

- Sinto o cheiro do seu sangue, do mesmo jeito que vo sentir seu odor quando seu corpo se decompor.

Magno olhava diretamente para os olhos ferozes da mulher que ele tanto julgou. Pedir desculpas era algo impossível já que sua boca estava amordaçada, da mesma forma que sua prima Magno também avisa sofrido um ato violento a poucos minutos e ainda sentia seu corpo doer. Seu único desejo era que ela o deixa-se vivo.

- Esta com medo não esta ? Eu também senti ! Eu sai por aquela rua sem destino algum embaixo de uma tempestade.

Lunna levantou-se lentamente com a faca em punho.

- Senti um vazio dentro de mim. Nunca tive nada e o pouco que ainda tinha seu pai, seu miserável pai arrancou de mim. Junto com aquele porco nojento.

Lunna colocou-se sobre o corpo de Magno come se fosse se sentar em uma cadeira imaginária.

- Eu tenho NOJO de homens como você!

Sem pensar em mais nada, a faca fora enfiada no peito de Magno que suspirou fundo.
O sangue escorria como a noite em que Lunna vivia seu mais intenso rancor. Seu corpo completamente molhado fez com que um sorriso surgisse de seus lábios carnudos e levemente avermelhados pelo batom. Retirando a faca do peito recem golpeado, ela levantou-se calmante e seguiu em direção a porta principal deixando que a faca caisse no chão e um som abafado tomasse o local.

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