Vai subir?

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Cássia e Lunna sairam da casa com algumas mochilas e seguiram para o hospital no carro de Vitória. Ambas vestidas de branco com um coque simples nos cabelos. Lunna deu a partida no carro e pegou um papel e o celular.

- Cássia, ligue para este número e fale " Estou passando ai para te buscar. Espere um carro prata estacionar e entre." Depois que dizer isso desligue.

Cássia não questionou. Suas mãos tremulas estavam envolta das mochilas.

- Eu nunca fiz isso Lunna. Tenho medo.

Lunna parou o carro olhando Cássia nos olhos.

- Pode desistir. Não é fácil, eu sei mas isso é uma escolha sua. Porém aviso, a cada dia que passar sua dívida aumenta e vai passar a ser um preço mais caro.

- Lunna eu nunca..

Lunna tocou nas mãos de Cássia que estava cabisbaixa.

- Você só ira me ajudar a entrar naquele hospital com uma pessoa que ira entrar no carro e pegar uma anestesia no quarto de algum paciente. Apenas isso.

Cássia olhou para Lunna.

- Tudo bem ! Apenas isso.

Lunna sorriu de forma gentil, voltando a dirigir o carro. Cássia olhava pela janela, como se algo a chamasse atenção em cada casa que passavam.

- Lunna ?

- Sim ?

- Você vai matar ele? 

Lunna simplesmente sorriu de forma estranha. Suas mãos apertavam o volante tentando não lembrar de Guilherme.

- Ligue para o número.

Cássia pegou o celular discando os números em seguida colocando em seu ouvido.

- Alô?

-  Estou passando ai para te buscar. Espere um carro prata estacionar e entre.

Cássia desligou sem dizer mais nada como foi ordenado, suas mãos tremiam e sua voz já falhava.

- Calma, vai se acostumar com essa sensação.

Lunna sorriu para ela a deixando ainda mais nervosa.

- Leu meu diário não foi ?

Cássia ficou em silêncio apenas olhando pela janela do carro.

- Eu sei que leu, deixei em cima da cama exatamente para isso, por isso mandei você subir e ir para meu quarto.

Cássia continuou da mesma forma.

- Cássia, eu não sou uma pessoa ruim. Apenas para alguns homens.

Cássia olhou para Lunna com uma expressão triste.

- Eu sou uma assassina, você é uma assassina. Matamos meu ex-namorado, você matou outros quer matar todo mundo.

- Eu nunca disse que não era.

Cássia olhou para a garota a seu lado de forma diferente.

- Eu não quero ser assim.

Lunna não falou absolutamente nada, continuou focada na rodovia. Voltar a casa de Guilherme, consequentemente próxima a sua antiga casa a deixava nervosa o trajeto não era muito longo mas o suficiente para perturbar sua mente. Vitória deveria estar ao lado de Matheus naquele instante e Lunna teria que fazer algo para mudar isso.

- Lunna ?

Cássia chamou-a novamente notando seu estado de transe.

- Fala.

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