Novata

65 3 18
                                    

Lunna estava na frente daquele homem quase perfurando seu pescoço com um pedaço de vidro.

- Pelo o que me lembro, seu nome é Guilherme. Agora me fale seu velho esquelético, o que você deseja, o que quer de mim ?

Guilherme sorriu de forma irritante.

- Magoou. O que quero é bem simples, que você mate alguém e filme para mim. Ou quem sabe eu participe.

- Por que isso ? Por que mataria outra pessoa ?

Guilherme tocou com o dedo na porta do vidro.

- Por que você esta em minhas mãos!

- Você que pensa! Pessoas de idade avançada costumam infartar a todo momento. Cair e quebrar uma parte do corpo, que tal o pescoço ?

Guilherme ficou em silêncio por alguns instantes.

- Não iria te revelar isso, mas caso eu desapareça por mais de 1 dia uma pequena carta, provas e um video caseiro seram entregues a polícia por uma pessoa de minha confiança.

A garota afastou-se de vagar como se pensasse melhor sobre o assunto.

- Ok. Uma morte ! Depois disso me entregará as provas. No vídeo não mostrará meu rosto nem alguma parte relacionada a mim.

- Pensei melhor! Quero ver todo o ato !

Lunna levantou-se ficando de pé na sua frente.

- Feito.

- Você é realmente fria.

- E você é realmente esquelético.

Guilherme levantou-se e caminhou próximo a porta.

- Amanhã !

O homem retirou um papel guardado dentro do bolso colocando-o em cima de um móvel qualquer.

- Esse é meu número. E aqui esta uma dica de onde quero ver a morte. O plano e todo resto é por sua conta.

Lunna assentiu com a cabeça estendendo o dedo em direção a porta, como se o mandasse sair.

- Ate amanhã moça.

O homem abriu a porta e saiu vagarosamente dando espaço para Cássia e Bruno que já iriam tocar a campanhia.

- Boa noite meus jovens.

Bruno e Cássia apenas olharam aquela figura estranha seguindo pela calçada.

- Entrem, e feche a porta.

Ambos assentiram adentrando na casa.

- Cássia traga esse papel para mim, por favor.

Cássia pegou o papel sem olhar diretamente para ele e a entregou.

- Obrigada.

Lunna abriu a pequena folha que continha alguns amaçados. Escrito em caneta preta de uma forma legível a palavra " Elevador" destacavasse.

- Louco !

Lunna dobrou mais uma vez o papel o colocando no bolso.

- Obrigada por trazê-la. Cássia, suba e fique no meu quarto, é a primeira porta após o termino dos degraus.

Lunna sentou-se no sofá olhando para Bruno que fez o mesmo.

- Tudo bem, quando eu puder descer me avise.

Cássia compreendeu que deveria obedecer a garota sem questionar e subiu as escadas sem olhar para trás.

- E então, o que eu lhe devo ? Sei que não vai querer dinheiro, não é bobo o suficiente para isso.

Querido Diário Onde histórias criam vida. Descubra agora