Vamos entrar ?

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A festa seria as 20h00 e Lunna já havia chegado na casa de sua tia. Usou umas das copias da chave e entrou. Tudo estava calmo. O sofa vermelho com as almofadas próximo a tv ligada mostrava que alguém estava em casa.

- Tia Vitória? ? Esta ai ?

Luna desligou a tv e subiu para o quarto da tia onde provavelmente estaria. A porta estava fechada e sons estranhos saiam de dentro do quarto.

- Tia Vitória esta tudo bem ?

Lunna pode ouvir a voz de um homem que falava dentro do quarto sussurrando alguma coisa com Vitória.

- Estou querida. Depois conversamos.

Lunna entendeu oque a tia queria dizer e saiu em direção ao seu quarto. Vitória era divórciada e provavelmente estaria transando com um cara que havia conhecido a alguns meses. Lunna ainda não o virá mais desejava que sua tia fosse feliz, mesmo que ela já não acreditasse mais em felicidade.
O quarto de Lunna era arejado, uma janela de vidro em direção a rua lhe dava vista total de todos que passavam na calçada.
Sua cama de solteiro estava coberta por um bege que combinava com o tapete no chão, tudo organizado. Eram exatamente 18h00 e Gustavo passaria em sua casa as 19h30.
Lunna tirou toda sua roupa e entrou no banho, fazendo os preparos para a suposta noite de sexo que ela daria a Gustavo.
Em baixo do chuveiro senas a invadiam constantemente, lembranças da chuva caindo sobre seu corpo e as gotas de sangue pingando no chão. Lembranças de ter passado por sua mãe e logo depois encontrar uma ponte onde o rio estava cheio pela chuva contínua. Seu dejeso de pular era imenso podendo-se dizer ate maior que sua dor. Seus olhos marejados e a confusão de pensamentos. Sentiu que a água a atraía para um mergulho profundo e definitivo. Até a chegada da polícia a tirando rapidamente dali.
Uma batida na porta fez com que Lunna saisse de seu transe.

- Lunna, irei sair com Matheus e volto só mais tarde. Fique a vontade querida.

- Esta bem tia.

Lunna pode ouvir passos se distanciando e concluiu que Vitória ja estivesse saido. Terminou rapidamente seu banho envolvendo a toalha em seu corpo. Seus cabelos estavam molhados caindo sobre seus ombros como cascatas. No relógio o ponteiro marcava 18h50, haviam se passado 50 min que Lunna pensava sobre seu passado e ja estava na hora de se arrumar. Tudo aquilo era muito novo para ela e ao mesmo tempo muito óbvio. Abrindo o guarda roupa a garota olhou pessa por pessa, pensando em qual delas ficaria melhor. Nada era ousado e sedutor o suficiente. Ela apenas tinha o costume de usar calsas, bermudas, e saias longas seus vestidos eram poucos e mesmo assim ela não tinha o abto de usa-los.
Lunna decidiu então ir ate o quarto de sua tia e procurar algo que lhe servisse. Todas as roupas eram ousadas as mais simples continham uma enorme abertura nos ombros. Lunna decidiu pegar um vestido azul com um decote que valorizaria seus seios e com uma fenda na parte da perna deixaria a mostra suas belas coxas. O modelo também valorizava as curvas de Lunna. Vestiu o vestido ali mesmo, como ela não tinha o costume de usar muita maquiagem ela pegou a de sua tia. Lunna passou alguns produtos e por final observou que no estojo de maquiagem um batom vermelho rubi estava envolvido em uma linda tampa dourada.

- Essa cor foi o inicio de tudo, e também será o final.

Lunna passou em seus lábios carnudos o batom, soltando os cabelos longos que deram um contraste ainda mais belo. Ao se olhar no espelho a garota não se reconheceu, não era ela ou talvez fosse. Realmente estava divina. Derepente a campanhia toca 19h30 marcava no relógio.

- Realmente pontual.

Lunna se levantou arrumando o vestido e passando a mão em volta dos lábios retocando o batom e usando um perfume suave como último detalhe.
Descendo as escadas e dirigindo-se ate a porta Lunna abriu a mesma lentamente.

- Gustavo !

Lunna deu um leve sorriso diante da expressão do garoto.

- Você esta linda! Muito linda.

Gustavo olhava Lunna de cima em baixo não acreditando na linda mulher que estava em sua frente.

- Entre, não vai ficar parado ai não é mesmo ?

Gustavo entrou sem pensar duas vezes fazendo Lunna fechar a porta observando atentamente quem estava na calçada naquele momento.

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