Surpresa

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A porta do automóvel fora aberta no exato momento em que o celular guardado no bolso da bermuda de Lunna tocara.

- Droga !

Lunna fechou a porta da ambulância e afastou-se de vagar observando a porta da casa se abrindo e Vitória e os socorristas levando Matheus sobre uma marca.

- Alô ?!

Lunna não reconheceu o número que aparecia na tela do celular. Naquele momento Vitória entrava junto com os homens na ambulância.

- Lunna ?

- Sim, quem fala ?

Uma voz firme falava do outro lado da linha.

- Me deu seu número não esperando uma ligação minha ?

Lunna sorriu brevemente.

- Você, que surpresa meu caro policial.

Lunna fazia com que sua voz soa-se meiga e provocante, controlando o tom de decepção ao ver a ambulância saindo pela rua.

- E então, o que queria ao me passar o seu contato ?

Bruno estava em seu dia de folga e havia desafiado por seu amigo a ligar para Lunna.

- Não me diga que também tenho que te dizer isso, além de passar meu número de celular ?

Bruno sorriu.

- Não mesmo ! Esta livre agora?

Lunna se sentia desconfortável, precisava chegar logo ao hospital, antes que Matheus contasse tudo o que realmente aconteceu mas precisava ainda mais de ter aquele policial em suas mãos.

- Sim.

- Podemos sair para almoçar, o que acha ?

Lunna já sentia seu corpo estremecer, suas mãos suavam e seus cabelos ainda soltos a deixava desconfortável.
Os vizinhos já se agromeravam próximo a casa da garota, curiosos para descobrirem o que se passava ali. Notando isso, Lunna apressou-se para adentrar em sua casa.

- Perfeito. Pode me buscar ?

Lunna sentou-se no sofá.

- Claro. Aonde ?

Lunna passou o endereço e desligou o celular jogando-o em cima da mesinha na sala. Sem muito entusiasmo ela continuou sentada, como se refletisse sobre o que deveria fazer, novamente o celular tocou. Pegando o aparelho em suas mãos, notou que o número que ligava era diferente.

- Alô.

- Lunna, preciso de você!

- Cássia !

A ligação caiu, a voz se fora e tudo estava em silêncio. Lunna havia reconhecido a voz de Cássia pedindo por ajuda. Em uma tentativa frustrada ela tentava retornar.

- Droga Cássia, atende.

Lunna havia se levantado do sofá andando de um lado para o outro aparentemente preocupada.

- Vamos Cássia. Atende merda.

Lunna estava notoriamente estressada. Suas mãos soavam e suas pernas pareciam ter vida própria.

- Lunna ? Me ajuda.

- Aonde você esta ?

- Em casa. Tem alguém aqui, eu não sei quem é mas estou com medo.

- Eu estou a caminho. Tranque tudo. E Cássia. ..

Lunna sentou-se no sofá.

- Sim ?

- Se precisar matar, não exite.

Lunna desligou o celular passando a mão sobre seus cabelos tentando arrumar um modo de ajudar Cássia. O dia mal estava começando e tudo fazia com que sua cabeça girasse.
Pegando o celular novamente, Lunna procurava algo nas chamadas recebidas. Esperou por mais alguns segundos ate ouvir uma voz firme.

- Mudou de ideia ?

Bruno parecia surpreso.

- Preciso de uma ajuda sua, por favor, não sei o que fazer.

Bruno ficou em silêncio por alguns instantes.

- Acabou com nosso almoço pelo visto, mas me diga, o que esta acontecendo ?

Lunna levantou-se e caminhou ate as escadas.

- Alguém esta tentando invadir a casa de uma amiga, ela esta muito assustada. Você poderia me ajudar ?

Bruno sorriu do outro lado da linha.

- Terá um preço.

- Feito. Depois você me cobra, cumprirei o que me pedir.

Lunna já se arrependia pelo acordo que havia feito.

- Ok. Me de o endereço e irei lá. Assim que chegar e resolver ela ira te ligar. Se arrume e me espere.

Lunna não gostou do tom que Bruno usava.

- Não demore !

A garota passou o endereço de Cássia desligando o celular e ligando para ela logo em seguida.
- Alô?

- Cássia me escute. Lembra do policial que passei meu número? Então, ele esta indo ai neste momento. Assim que ele resolver tudo me ligue. Há e só para lhe avisar, você me deve 2 favores e os cobrarei.

- Pagarei os favores, só me ajude.

- Ok.

Lunna desligou, adentrando em seu quarto. Retirando suas roupas ficando completamente nua, a garota jogou seu corpo sobre a cama.


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