O banho foi longo e lento o sangue escorria por todo seu corpo formando um pequeno riacho indo diretamente para o ralo. Ela ainda estava usando a langerie quando sentiu seu corpo fraquejar. Apoiando no box do banheiro Lunna abaixou-se para se sentar encolhendo suas pernas e abraçando seus joelhos. Nem uma lagrima escorria de seus olhos apenas as gotas de água que caíam em uma linda harmonia a consolava. O arrependimento era algo que ela nunca sentia e tornava tudo mais fácil, sua alma estava vazia de esperanças, se é que ela ainda possuia uma. Lunna levantou-se apressada lembrando que sua tia Vitória poderia chegar a qualquer momento. Com movimentos rápidos fez com que seu cabelo fosse preso ainda molhado em um coque firme. Saiu enrolada em uma toalha secando alguma parte que não havia saido todo o vestígio do sangue de Gustavo.
Puxou uma cadeira e sentou-se observando aquela sena macabra em cima de sua cama os braços do rapaz estava da mesma forma que ela havia deixado sua pele estava palida e seus olhos ainda abertos como se analisasse o teto. Como esconderia aquele corpo de 1,80 de altura ? Lunna seguiu em direção a janela, a rua estava calma e sem vestigios de alguém. O ponteiro marcava 22h15min e o vento gélido transpassava nas cortinas fazendo com que voassem de um lado para o outro. Vitória havia comprado sua casa próxima a um bosque escuro e denso onde poucas pessoas se arriscavam a entrar pelas cobras peçonhentas que apareciam por lá.
Claramente um lugar vazio e que serviria para esconder o corpo de Gustavo temporariamente. Lunna levantou-se tirando a langerie molhada de seu corpo ficando nua, trocou-se colocando um short verde com uma blusa azul. Caminhando em direção a cama Lunna amarrou o lençol ensanguentado ao corpo de Gustavo cobrindo a cabeça e todas as outras partes do corpo do rapaz. Ainda havia marcas de sangue no chão e um plano a ser finalizado. Estava muito escuro e precisaria de tempo para levar o corpo sem vida de Gustavo ate o Bosque. Vitória já iria chegar e precisava arrumar toda aquela bagunça importuna antes que ela desconfia-se de alguma coisa. Naquele momento a melhor opção seria esperar ate o dia amanhecer mais antes era necessário que encontra-se alguns objetos para cavar uma cova funda no centro do bosque. Empurrando o corpo de Gustavo no chão Lunna o jogou embaixo de sua cama fazendo com que uma listra de sangue se formasse no chão. No colchão também continha manchas de sangue e isso dificutaria ainda mais seus planos. Lunna desceu as escadas e foi ate a área de limpeza a preocura de um pano, escova e balde com água. Viu na sala as taças jogadas no sofá e a garrafa de vinho em cima da mesinha. Era uma prova notável que ela estivera com alguém mais cedo e provavelmente sua tia perguntaria com quem ela teria tomado um vinho francês.
Lunna colocou os materias de limpeza no chão pegando a garrafa e as taças indo em direção a cozinha, lavou com calma as taças usando cloro e outro líquido que nem ela mesma sabia o que era as secando e guardando exatamente onde estavam. Se livraria da garrafa de vinho junto com o corpo de Gustavo e tudo estaria pronto. Voltou para a sala pegando os materiais de limpeza subindo para seu quarto. Passou o pano húmido no chão encharcando-o de sangue e o torcendo no balde novamente. A água ficou em um vermelho vivo que Lunna não cansava de observar. Pegou seu célula no bolso selecionando uma musica para ouvir enquanto terminava a limpeza de seu cenário de horror. O chão estava brilhando como antes sem nem um indício de uma noite tumultuada. Jogando o colchão no chão Lunna o esfregou freneticamente retirando o mancha que o mesmo continha.- Perfeito.
Utilizou por fim um desinfetante de limão, seu favorito aliviando o clima e o odor da morte que ela parecia sentir. Cobriu a cama com um lençol maior que tocava o chão escondendo o corpo de Gustavo evitando que alguém conseguisse ver o que havia embaixo da cama. O Bisturi estava jogado no chão próximo ao criado mudo era perturbador olha-lo e não sentir uma atração terrível.
- Preciso guardar você em algum lugar.
Lunna pegou sua mochila que usará apenas uma vez e colocou-o no menor bolso. Levou tudo que havia usado para a limpeza do quarto para a área de serviço livrando-se da água com sangue que continha no balde. Um son na porta a assusta e acelera seu coração, a maçaneta se abria e Vitória apareceu na porta adentrando na casa. Lunna apressou-se e correu em direção a sala.
- Voltou rápido tia.
O sorriso da garota era frio e falso, enganava ate mesmo ela mesma.
- Sim querida, Matheus estava cansado e preferiu ir para casa. Como passou a noite ?
- Passei bem tia, mais já vou me deitar amanhã tenho que fazer uma colheta de materiais na cidade e preciso acordar bem cedo.
Lunna subiu as escadas indo em direção ao quarto trancando a porta. Seu quarto estava vazio e silêncioso, algo a fazia cantar uma musica estranha que surgira em sua cabeça. O sono a dominou por completo fazendo seus olhos se fecharem e cair tranquilamente sobre a cama.
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Querido Diário
Mystery / ThrillerVocê confia em alguém? Abra a porta e entre no mundo de Lunna e descubra o que uma mente e um coração ferido é capaz de fazer. Não confie em ninguém pessoas mentem e algumas podem morrer por isso. " Eu era apenas uma garota, inocente adimito. Mas...