E foi isso que fiz. Decidi fazer umas férias, com o meu filho, longe de Washington. Decidi ir uma semana até Nova Iorque, a "cidade que nunca dorme". Seria bom para nós, principalmente para mim. Tem acontecido imensa coisa em muito pouco tempo. Muitas coisas tem me deixado confusa, o que não me agrada muito.
Nova Iorque
Quando cheguei a esta maravilhosa cidade, fui logo direta ao meu hotel. Fiz o check-in e subi até ao meu quarto. Pousei as malas e deitei-me na cama com o meu filho ao lado. As viagens - tanto de avião como do aeroporto até ao hotel - foram estafantes.
Adormeci e sonhei com tudo. Com a guerra, com o nascimento do meu filho, com aquelas duas búlgaras que não tenho paciência para pensar nos nomes, no pai de Luke, no meu pai, no Ashton...enfim, em tudo mesmo. Sonhei com tudo o que se tem vindo a passar nos últimos tempos. Acordei sobressaltada, assustada e a transpirar. Engoli em seco. A minha respiração estava um tanto ou quanto descompassada e o meu coração batia a mil. Levantei-me da cama e fui tomar um duche rápido.
1 semana depois
Depois de ter passado aquela semana em NYC, arrumei um pouco as minhas ideias em relação a tudo. Voltei mais leve para Washington. Decidi, primeiro que tudo, ir falar com Ashton. Queria pôr tudo em pratos limpos. Não quero viver com qualquer tipo de remorços no futuro por conta de estúpidos atos tomados no passado. Já se passaram demasiadas coisas que deram cabo da minha vida- e para sempre!
Vem ter a minha casa quando tiveres disponibilidade. É importante. Eveline, escrevi esta SMS direta e enviei-lhe. Não iria dourar a pílula porque nem sou muito desse tipo de pessoas. Vou direta ao assunto. Para quê estar com rodeios quando não é necessário? Só nos rouba tempo precioso.
Uma hora se passou e Ashton chegou, finalmente, a minha casa.
-Desculpa por não ter vindo mais cedo. Não consegui despachar-me a tempo. O que é que necessitas de me dizer que é assim tão importante?- justificou-se e questionou-me enquanto nos dirigíamos para a sala de estar.
-Senta.- pedi-lhe- Pressumo que vamos ter uma conversa um tanto ou quanto longa e complexa.
-E qual é o teor da conversa?- sondou-me num tom preocupado.
-Tem a ver sobre nós. Sobre a nossa relação. Certos momentos fizeram-me pensar bastante acerca da nossa relação ao longo destes meses. Precisava de saber qual é a nossa posição nisto tudo. Quero pôr tudo o mais transparente possível, principalmente os nossos sentimentos um pelo outro. E tu, Ash, sabes muito bem o porquê de eu querer isto. No meu ponto de vista, já devíamos de ter falado há muito tempo.
-Bem, para ser honesto, nunca mais via a altura de termos esta conversa. Já estava a ficar um pouco sufocado. Para me tentar explicar, acho que vou começar do início. Quando o Luke e o Keatom me pediram para vos ajudar, nunca pensei que me envolvesse tanto nesta família, ainda por cima quando se soube que o meu pai adotivo e a tua mãe eram irmãos. No entanto, nunca pensei que me aproximasse tanto de ti como me aproximei. Pensava que ia ser uma tarefa bastante fácil mas, com o passar do tempo, foi-se tornando cada vez mais complicado estar contigo, mesmo que não tenha mostrado isso. Ver-te tão frágil, magoada, meio que perdida, com um filho ainda para cuidar, deu-me vontade de vos proteger ainda mais. O que eu não esperava era que a minha preocupação se tornasse em algo mais.- nesta altura ouvimos a porta a abrir-se. Não nos preocupámos muito, pois devia de ser a minha mãe.- Nunca pensei que viesse a nutrir, por ti, os mesmos sentimentos que Luke.
-Tu o quê, Ashton?- ao ouvir está voz, o meu mundo caiu. Tiraram-me o chão debaixo dos pés. Congelei. Não tive a mínima reação, pois nem sabia como reagir ao facto de Luke e Keaton já estarem de volta. Não era suposto estarem de volta só daqui a cinco meses?!
-Eu fiz uma pergunta à qual gostava de ter resposta, Ashton!- Luke pediu, uma vez mais, mas um pouco alterado.
-Calma, Luke! Não te esqueças do que ele fez por nós enquanto estivemos fora nem faças nada que te venhas a arrepender mais tarde.- Keaton pediu numa voz calma. Lágrimas começaram a rolar pela minha cara. Não acredito que isto esteja mesmo a acontecer. Ashton levantou-se do sofá e respondeu a Luke. O único movimento que vejo é Luke a dar um soco a Ashton. A força foi tanta ou tão pouca que fez com que Ashton fosse parar ao meio do chão. Levou a mão ao nariz que começou a sangrar. O meu instinto foi ir para junto dele, verificando se estava bem.
-Estás doido, Luke?- ganhei capacidade e forças para falar desde que eles entraram em casa.- Chegas e a tua reação é mandares um soco só por alguém dizer que se apaixonou por mim?
-Por que razão é que vens em defesa dele? Não me digas que também te apaixonaste por ele?- perguntou-me a gritar. Keaton ajudou Ashton a levantar-se e encaminhou-o à cozinha para estancar o sangue.
-Não, não me apaixonei por ele. E tive duas razões: tu e o nosso filho. O Ashton tornou-se o meu melhor amigo. Ele ajudou-me durante este tempo todo em que estiveram fora! E por falar nisso, não era suposto estarem fora mais cinco meses em missão?
-Sim, era, até o chefe ter recebido uma carta a informar o que é que se tinha passado com o meu pai. Por isso, deu baixa a mim e ao teu irmão.- respondeu-me, aproximando-se de mim. Tocou-me, ao de leve no cabelo. Queria afastar-me, mas não era capaz. As saudades do seu toque eram mais fortes do que a raiva que eu sentia pela sua atitude para com o Ashton.
-Gostava de saber o que realmente aconteceu com o meu pai. Podes contar-me?- pediu-me na sua voz calma e dócil. A voz que me encantou.
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War Fighters- Temporada 2
Ngẫu nhiênA guerra acabou e todos se encontram numa nova etapa. Novas aventuras estão para vir!!