Capítulo 5 (Luke)- Parte 1

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N/A: Olá!! Hoje não há música!! Good readings!! :D

Luke

Tem sido muito difícil desde que eu, o Andy e a Eveline nos separamos. Custa-me tanto não os ter ao meu lado, não os poder mimar, proteger e cuidar. Sei que Keaton está com eles e pode fazer isso por mim, assim como a mãe, mas não sei, sinto que é completamente diferente sem mim. Sinto-me impotente aqui, no outro lado do Mundo, no hemisfério Sul, sem puder fazer nada. Nunca mais vejo a hora de me meter num avião e ir para Washigton. Cada segundo, cada minuto, cada hora e cada dia que passa, custa-me mais e mais estar aqui. Tenho quase a certeza que a culpa é do meu pai por estar aqui há tanto tempo. Já devia de estar lá há uma semana ou mais. O meu pai adoenceu pouco antes de ir para a América e, sempre que eu digo que tenho que ir porque já se está a fazer tarde e estou a perder aulas, ele diz sempre que se sente pior. Outro dia, telefonei ao doutor para saber como é que ele estava e disse-me que o meu pai já estava bastante melhor e que podia voltar ao ativo. Aí passei-me! Senti raiva a apoderar-se do meu corpo e respirei fundo para que não dissesse nem fizesse nada que me pudesse arrepender mais tarde. Hoje seria o dia em que me iria embora. Nem mais um dia, nem mais nada.

Enquanto arrumo as minhas coisas, oiço passos que, deduzo eu, se dirigem para o meu quarto. Bem dito, bem feito quando oiço alguém a bater à porta. Dou autorização para entrar. Era a minha mãe.

-Querido.- diz ela, com calma, quando me vê a arranjar as malas.- Tens a certeza de que é isto que queres fazer? O teu pai ainda não sabe, mas quando souber não vai gostar nada. Já sabes como é que ele é e o que é capaz de fazer.

-Sim mãe, tenho a certeza de que é isto que quero fazer. E sei demasiado bem do que é que o pai é capaz de fazer. Uma das coisas foi fingir que ainda estava doente para me prender aqui e não ir para Washington, mas não passa de hoje. Doente ou não, fingindo ou não, vou hoje e ele que se atreva a parar-me que bem pode contar nunca mais me ver nem saver nada de mim.

-Não digas isso meu filho!- aproxima-se de mim e pega-me a mão direita.- Tu saves que eu não te quero perder, nem o teu pai. Ele pode ser uma pessoa sem escrúpulos, mas lá no fundo, bem lá no fundo, ele tem o coração mole. Sabes que ele já passou por muita coisa no passado e isso fez com que olhasse para o mundo de forma diferente e agir de modo que magoa as pessoas. Não faz por mal, simplesmente são as marcas do passado que estão presentes no presente e não estão curadas!- os seus olhos mostravam doçura, como sempre. Como é que é possível transmitirem tanta doçura quando falam de um homem como o meu pai? Como? Nunca entendi e também não é agora nem nunca que vou entender.

-Isso pode justificar o que quiseres mãe, contudo eu não me conformo. Todas essas palavras não me vão fazer mudar de ideias. Já tomei a minha decisão. Sei que me queriam aqui mais tempo, no entanto não posso nem quero.

-Luke!

-Não mãe! Não! Peço desculpa!

-O que é que se passa?- ouvimos uma voz masculina ao pé da porta que nos apanhou desprevenidos. Era o meu pai.

-O que se passa é que já comprei a minha passagem para Washington e o avião parte daqui a quatro horas.

-E que é que te deu autorização?- a sua voz soou grave. Nada de novo quando alguma coisa não lhe agradava.

-Ninguém. Para que eu saiba já sou adulto e posso tomar as minhas decisões sozinho. Já tomei demasiada atenção aos seus conselhos e, sempre que os seguia, saía tudo mal. Agora vai ser diferente.

-Quando viveres debaixo do mesmo teto que eu, fazes o que eu digo e digo-te que te proíbo de ir para a América ter com a Eveline! Sabes muitíssimo bem que não suporto aquela família.

-Não me interessa o que suporta ou não! Se me quiser deserdar, deserde-me, no entanto vou seguir o meu coração e a minha cabeça e vou para os Estados Unidos.

-Luke Robert Hemmings!! Não me desafies!- a sua voz soou ainda mais autoritária, mas não me intimidou nada. Deixei de lhe ligar e continuei a preparar a minha mala. A última de quatro. Fechei-a e pousei no chão. Mandei uma sms ao Michael para me vir buscar para irmos ainda ao centro comercial para comprar algumas prendas e termos tempo de tratar do check-in e de toda a burocracia antes de iniciarmos a viagem.- Olha para mim Luke!!

-O pai deixou de ter autoridade sobre mim desde o dia em que descobriu o que fez ao pai da Eveline. Quer dizer, nunca a teve. No início, quando era pequeno, pensava que era um exemplo a seguir, que agia por bem e que era um homem perfeito. Queria ser como o pai. Acredite. Um dia, quando ouvi uma conversa com alguém que agora não me recordo, e o ouvi dizer isso, senti nojo de si. Nunca pensei que fosse capaz de tamanha crueldade.- o meu pai olhava incrédulo para mim. Não esperava que soubesse isso.- Pois é pai, tente proibir-me de sair do país para ir ter com a Eveline e com o meu filho, e eu tento arranjar provas para o incriminar e, a seguir, entrego-as à polícia. O que quer?-engoliu em seco. Sabia que o tinha colocado num beco sem saída e que não tinha hipótese senão deixar-me ir embora.

-Como queiras.- deu o braço a torcer, contrariado.- Nem penses que isto vai ser assim tão fácil para ti a partir de agora.- muito bem, que assim seja. Não tenho medo dele. Isso não me intimida.

N/A1: Olá de novo!! Esta é a primeira parte do capítulo do Luke. A outra, provavelmente, deve de ser mais pequena. To discover more, keep reading!! :D

War Fighters- Temporada 2Onde histórias criam vida. Descubra agora