War Fighters- Temporada 2

Capítulo 15

N/A: Música na multimédia!! Boas leituras!! :D

Quatro dias depois

Sabem o que é andar num stress autêntico com testes? Filho? Dramas familiares? Não? Pois bem, não queiram saber! É de levar alguém à loucura completa! Hoje vamos receber uma visita. Uma visita que, para nós, é bastante especial. Não vejo essa pessoa há imenso tempo e, de certa forma, tenho bastantes saudades dela! Essa pessoa é o general Chadwick! Sim, ele mesmo. Com a sua vida, não nos veio visitar mais cedo. A campainha tocou e, a correr, fui a abrir a porta. Quando a abri e, à minha frente, apareceu o general Chadwick, um grande sorriso apareceu nos meus lábios. Dei-lhe um grande abraço ao qual ele retribuiu.

-Que saudades!- disse-me, quebrando o abraço.

-Nem sabe as quantas.- disse com o mesmo sorriso.- Mas entre!- pedi-lhe, dando-lhe passagem. Assim que entrou, fechei a porta e dirigimo-nos para a sala, onde estávamos todos reunidos. Cumprimentou todos e, assim que viu o Andy, pediu se lhe podia pegar ao colo.

-Claro.- dei autorização. Assim fez. Todos ficam babados quando lhe pegam.

-Tão querido.- disse, voltando a pô-lo na cadeirinha e sentou-se no sofá.- Já viram a volta que as vossas vidas deram? A de todos vocês nesta sala?

-Nem me diga nada! Cada vez que penso nisso!- Keaton concordou e todos nós nos rimos. Isso é verdade. Se me contassem, no dia em que declarei guerra ao Luke, que tudo isto nos ia acontecer, eu não acreditaria.

-Acho que se tivessemos o dom de prever as coisas e vissemos isto a acontecer, todos iam ficar embasbecados.- gozei, de certa forma, com a situação. Neste momento, pode-se fazer uma pequena sátira a isto. Tudo o que nos tem estado a acontecer tem sido uma grande lição de vida. Tem-nos aberto os olhos, e a olhar para o passado de uma maneira pouco diferente.

-Olha, aí é que é!- concordou Luke.

-Bem, acho que a hora de almoçar está quase. Podem vir para a mesa.- a minha mãe chamou-nos.

-Então, Maisie? Como tem sido esta casa cheia? Agora és avó!- o general Chadwick dirigi-lhe a palavra. Sim, eles tratam-se por tu. Como se conhecessem há anos, habituaram-se a tratar por tu desde início.

-Nem me digas nada! É tão estranho! Há anos que não tínhamos um bebé em casa e, com isso, as nossas rotinas mudaram um pouco. Para ser sincera, até gosto. Dá mais alegria e mais cor à casa. Sabe-me bem, distraio-me a cuidar dele a brincar com ele.- respondeu-lhe enquanto éramos servidos.

-Isso é bom! Um bebé é algo bom, é vida.

Depois do almoço

Depois de almoçarmos, de falarmos e de tudo o mais, voltámos para a sala. Subitamente, a minha mãe e o general Chadwick ficaram tensos e trocaram olhares entre eles. Fiquei desconfiada e acho que não fui a única.

-O que é que vocês têm? Ficaram bastante desconfiados.- Keaton perguntou desconfiado.

-Bem, eu e a vossa mãe temos algo muito sério para vos contar.- o general começa a falar num tom tão sério que me assustou.

-Não me digam que estão juntos.- tentei amenizar a situação, contudo, sem sucesso.

-Não, não estamos, porque não podemos.- a minha mãe tira-me logo essa ideia da cabeça. Se não é isso, o que é que pode ser?

-Sei que vocês vão ficar bravos connosco e com todo o direito. Escondemos-vos um segredo durante bastantes anos.

-Contem de uma vez!- Keaton reclamou e eu assenti.

-Eu sou vosso tio.- disse de imediato e, ao dizer isto, deu-me uma coisinha má.

-Desculpem lá!- levantei-me passada. Simplesmente, não acreditei no que ouvi. Deve ter sido uma partida dos meus ouvidos, porque isto não pode ser possível! Simplesmente não pode ser!- Como é que vocês foram capazes de nos esconder um segredo destes? Como? Isso não é uma coisa que se esconda!

-Nunca associaste o meu sobrenome a um dos apelidos da tua mãe, quando em conheceste? Nem mesmo tu Keaton, que me conheces há mais tempo?- como é que quer que eu tenha associado o seu sobrenome a um dos apelidos da minha mãe quando o conheci? Como se estivesse com cabeça para tal naquela altura! Sinceramente, há vezes em que as pessoas parece que não pensam como deve de ser! Mas, neste momento, tudo faz sentido. Pensei no seu nome e no nome dele e tudo se clareou na minha cabeça.

-Mas acha que eu tinha a mínima paciência de andar a associar sobrenomes e apelidos naquela altura? E também há imensas pessoas com o mesmo sobrenome. Podia ser coincidência!- questionei-lhe ainda mais fora de mim.

-A minha irmã tem razão! Eu nunca iria relacionar-vos, associar-vos como família! E porque é que nunca nos contaram?- Keaton veio em minha defesa. Aleluia!

-Nunca vos contámos porque há uma história por trás.- a minha mãe falou.

-E que história é essa?- questionei rispidamente. Se começaram, agora irão acabar com isto. Estou pelos cabelos. A minha vida já tem demasiadas reviravoltas e mais uma para juntar à lista! Já não me admiro do tipo de história que vem aí. Com tudo o que me aconteceu, poucas são as coisas que me surpreenderão.

-Tudo aconteceu há bastantes anos atrás, quando o vosso avô materno morreu. A vossa irmã ainda era pequena. Ele morreu por um cancro que já não me recordo onde foi. Quando tudo aconteceu, a nossa mãe ficou com a vossa mãe e eu fui para uma casa de uns tios. A partir daí, nunca mais soube nada delas. Anos mais tarde, vim a descobrir que ela, isto é, a vossa avó, traiu o meu pai e, com isso, nasceu a vossa irmã. A minha mãe tinha medo que se viesse a descobrir com a morte do seu marido e, assim, fugiu para a Alemanha. Só fugiu porque o seu amante ameaçou-a de contar tudo o que se passou entre eles quando o nosso pai morresse. Consequência de ela ter posto um ponto final naquela relação com medo do nosso pai.- o nosso tio contou-nos a história. É tão estranho chamar-lhe de "tio". Não estou habituada.

-E porque razão é que não nos contaram isto antes?- o meu irmão gritou com falta de paciência. Como o compreendo.

-Tem calma, puto! Gritos não levam a lado nenhum!- Luke tentou acalmá-lo e sem sucesso!

-Porque só nos voltámos a encontrar quando a tua mãe e o teu pai começaram a andar! Andávamos os dois na tropa, éramos grandes amigos e, depois, apresentou-nos e foi aí que começámos a desconfiar de que havia uma ligação familiar entre nós! Não vos quisémos contar nada depois porque vocês eram demasiado crianças para entender e, depois da morta do vosso pai, achámos escusado contar-vos! Primeiro, porque a tua irmã ainda era pequena, tinha uns quatro ou cinco anos e segundo, porque vocês estavam demasiado abalados para levarem com uma história destas!- justificou-se. Vá, aceito a justificação! Não é uma reles nem construída à pressa. Tem consistência, é sólida! Tem lógica!

Levantei-me, as minhas pernas falharam e senti-me zonza, cheia de dores de cabeça. Levei a mão direita à cabeça e, com a mão esquerda, apoiei-me no sofá. Não me estou a sentir bem, vejo tudo à roda e os sons começam cada vez a ficar mais longe, como se fossem barulhos de fundo, e não consigo ouvir mais nada senão alguém a perguntar-me se estava bem. Não fui a tempo de responder, pois apaguei. Não ouvia nem via mais nada.

Keaton on

Comecei a stressar quando vi a minha irmã a desmaiar. Entrei num estado de nervos tão grande que nem sabia o que fazer ou para onde me virar. Barata tonta é o que melhor me caracteriza de momento. O meu tio, sim, agora tenho de chamá-lo de tio, corre para o telefone e chama para o 911. Em alguns minutos, ele chegou.

-Eu fico em casa a tomar conta do Andy e vocês vão. E, por favor, mantenham-me informado!- ele falou e concordámos. Saímos a correr e, no momento em que liguei o carro, pus o pé no acelerador para poder acompanhar a ambulância.

N/A: Well!! GRANDE REVELAÇÃO, GENTE!! Desta não estavam à espera, pois não? Podem não associar esta revelação a nada na história e, se calhar, nem vos faz sentido agora, mas, lá mais para a frente, vão ver que vai fazer sentido! Tudo faz sentido! E, para quem não sabe, o 911 é o 112 português!! :) E opiniões? O que acham que poderá acontecer? Palpites? Keep reading!! :D