Guerra De Espuma

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               Era uma quarta feira, e depois da aula Cas, Rob, Owen e eu fomos almoçar juntos em um restaurante japonês (estávamos tentando fazer Cassandra gostar, mas não obtivemos muito sucesso, ela ainda acha que comida crua é nojenta). Cheguei em casa por volta das 3 da tarde, e Alex estava lavando o carro do pai dele.
-Oi Alex. –disse, enquanto me aproximava.
-Oi. Tudo bem?
-Tudo sim... Precisa de ajuda?
-Ah, não, está tudo bem.
-Ok, vou te ajudar.
Eu não tinha absolutamente nada para fazer aquela tarde, então subi, coloquei um short e um chinelo, e desci para ajuda-lo. Começamos a ensaboar o carro, enquanto conversávamos, até que Alex pegou a mangueira para tirar o sabão e acabou me molhando, propositalmente ou não, eu peguei um balde que continha água com sabão e joguei nele, e assim começamos uma guerra. Havia mangueira, baldes, esponjas, chinelos e tudo o que encontrávamos jogávamos um no outro. Ás 5 da tarde havíamos terminado de lavar o carro (e a nossa guerra), então sentamos no gramado. O sol já estava se pondo, mas ainda assim tentamos nos secar.
-Você está usando. –disse ele, olhando para o meu pulso.
-A pulseira?
-Sim.
-Mas é claro, eu amei.
-Fico feliz que tenha gostado.
Eu o olhei e ele sorriu. Seu sorriso era grande e bonito, seus dentes eram perfeitamente certos e brancos e como o Sol estava batendo na lateral de seu rosto, seu sorriso ficou ainda mais iluminado, e seus olhos pareciam duas pedras de diamantes, de tão azuis... Aquele momento eu tive certeza de que haviam sentimentos (pelo menos da minha parte), então eu reagi da maneira mais sábia possível:
-Bom, tenho que entrar... tenho que terminar meu trabalho de física. 

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