Acordei ás 9 da manhã no sábado. Tomei banho, me vesti e desci as escadas correndo e fui até a cozinha, onde havia um prato com ovos e bacon, e um copo com suco de laranja ao lado. Provavelmente meu pai estava no vinhedo ou na vinícola, então eu comi e depois fui encontrá-lo. Eu estava cruzando a sala e avistei um cachorro sentado na varanda.
-BENDER! –gritei.
Ele veio correndo até mim e começou a me lamber. Bender era o cachorro de um dos empregados do meu pai, era um pastor alemão branco. Ele simplesmente me adorava porque eu sempre comprava ossinhos para ele (e uns pedaços de bacon no café da manhã). Ele era como meu cachorro, e me defendia como se eu fosse sua dona.
-Você sentiu a minha falta? Porque eu senti muito a sua –disse, enquanto fazia carinho na sua barriga. –Ok amigão, preciso achar o meu pai... sabe onde ele está?
Ele se levantou e saiu para a varanda, olhando para o vinhedo, como se estivesse apontando que meu pai estava lá.
-Bom garoto.
O vinhedo era enorme, andei por mais ou menos 10 minutos até o encontrar conversando com alguns rapazes.
-Bom dia, tampinha.
-Oi pai... Bom dia rapazes.
Todos eles me disseram oi, e depois meu pai se afastou deles, colocando o braço ao redor do meu pescoço enquanto caminhávamos de volta para a casa.
-E então, quais os planos? –ele perguntou.
-Hm, vou encontrar o pessoal depois do almoço.
-Então vamos almoçar.
Tivemos nosso longo almoço em outro restaurante na cidade, e depois meu pai me deu carona para a casa da Charlie. Charlotte era filha dos donos da maior distribuidora de flores do Vale de Napa, então isso significava que a casa dela era absolutamente ENORME.
-AI MEU DEUS! VOCÊ VEIO! –Disse ela, ao atender a porta.
-Oi Charlie!
Nos abraçamos forte e gritamos. Alexia apareceu e nos abraçou e ficamos ali na porta, abraçadas e gritando histericamente como três idiotas. Depois entramos e ficamos na sala, então Ralph desceu as escadas.
-Gente, eu só achei esse cabo... MIA! –ele desceu a escada correndo e me abraçou muito forte, a ponto de tirar os meus pés do chão. –Como você está?
-Eu estou bem feliz, eu estava morrendo de saudade de Napa, de vocês...
-Ralph, pegou o cabo? –perguntou Charlie.
-Ah, eu só achei esse... –disse ele, enquanto me soltava e apontava o cabo para Charlie. –mas não sei se serve.
-O que vão fazer com o cabo? –perguntei.
-Ligar o notebook à essa caixa de som.
-Vocês não sabem de nada mesmo.
Peguei o cabo da mão dele e subi até o quarto da Charlie. O quarto dela era muito rosa, a cama era cheia de almofadas brancas com gliter e era tudo simetricamente organizado. Abri a primeira gaveta da escrivaninha, onde eu sabia que encontraria qualquer cabo certo, o peguei e desci. Conectei o cabo certo no notebook e em alguns segundos nós tínhamos música. Jamal e Julie haviam chegado, então fomos todos para o quintal. Como você deve estar imaginando: o quintal parecia um resort. A piscina era quase uma réplica do oceano, havia uma jacuzzi, palmeiras enormes, e a área da churrasqueira parecia um restaurante, onde Alexia e eu ficamos preparando drinques. Ralph, Jamal e Julie não desperdiçaram nenhum segundo e pularam na piscina, enquanto Charlie estava deitada na espreguiçadeira com o corpo todo lambuzado de bronzeador.
Estávamos ouvindo música, bebendo e conversando. Eu tirei o sapato e a camisa xadrez e fiquei sentada com os pés na piscina. Eu não havia levado biquíni, e não estava afim de entrar na água, então fiquei ali mesmo. Até que eu levantei para pegar mais bebida e me deparei com Gabriel parado em frente a porta que dava acesso ao quintal.
-MIA! –Ele veio correndo me abraçar e eu já sabia o que aquilo significaria: ambos caímos na piscina.
Sai e fiquei deitada na outra espreguiçadeira ao lado de Charlie. Ela queria ficar bronzeada, e eu queria me secar.
-Mia, você pode pegar o bronzeador para mim?
-Ah... claro. –em minha humilde opinião, ela não precisava de mais, mas eu a conhecia muito bem e sabia que não importava o que eu dissesse, ela não daria ouvidos. Então, me levantei e fui buscar.
O bronzeador estava em cima da bancada, onde deixamos os nossos celulares, óculos de sol, chaves, carteiras, etc. Assim que peguei o bronzeador, vi que meu celular havia vibrado."Você está em casa?"
A principio fiquei com medo, mas logo em seguida chegou outra mensagem do mesmo número desconhecido.
"Aliás, é o Alex. Peguei o seu número com a Cassandra, espero que esteja tudo bem..."
-Ai meu deus...
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Californian
Teen FictionMia é uma adolescente de 16 anos que se muda para a Califórnia, onde começará uma jornada em uma nova escola, irá enfrentar os desafios da "sobrevivência social" e terá de se adaptar a nova vida.