Buying Her Love.

Capítulo 8.

Esse capítulo foi escrito pela Marcella, com ajuda da Nat, que também escreveu algumas partes.

Abro os três primeiros botões da minha camisa social e bufo frustrada. Odiava quando sugeriam ideias absurdas e sem cabimentos para projetos, e aparentemente todos haviam decidido dar ideias horríveis aquele dia para um projeto que necessitava ser gigantesco e perfeito.

Incompetência me irritava.

- Sra. Cabello sua... – Antes que eu pense em raciocinar Alanna entra no quarto – Sua irmã está aqui. – Passo a mão pelo rosto, havia me esquecido que tinha marcado coisas com ela.

- Vamos? – Me olha nervosamente.

- Amo seus bons modos. – Não consigo evitar o sarcasmo.

- Aprendi com você. – Sorri em desdém e eu respiro fundo.

- Vamos logo, tenho coisas mais importantes para fazer. – Pego minha bolsa e encaro minha secretária – Anote todos os meus recados, não pretendo voltar hoje.

- Sim, senhora. – Sussurra, dando espaço para que eu saia do escritório com Alanna.

Não gostava de perder meu precioso tempo com a minha irmã mais velha, mas minha mãe acredita que se eu ajuda-la com detalhes inúteis do casamento isso fará com que nossa amizade se fortaleça e que nossa relação se torne melhor até o final do grande evento, o que eu não acredito.

Segui o carro de Alanna com o meu, parando em um dos melhores restaurantes da cidade, sabia que toda a comida para o casamento seria de um preço absurdo e não conseguia pensar como uma pessoa conseguia gastar tanto com uma festa de apenas algumas horas, na qual metade das pessoas provavelmente sairiam reclamando de algum detalhe babaca.

- Seja sincera sobre todos os pratos. – Comenta ajeitando o guardanapo de pano em seu colo.

- Eu sei o que tenho que fazer. – Reclamo contragosto.

- Isso é importante, Camila.

- Também sei disso, não precisa repetir mais uma vez.

Não estava com paciência para aguentar os chiliques de Alanna quando eu tinha que ir para casa refazer todo o trabalho horrível que funcionários desleixados haviam feito, a única coisa que me deixava feliz em estar ali era lembrar de toda comida grátis que eu iria consumir pelos próximos minutos.

Olhei para a vigésima careta de Alanna em menos de uma hora. Estávamos provando a comida para o casamento e ela parecia estar insatisfeita com todos os pratos servidos. Eu gostava da maioria, mas minha opinião era inútil ali.

— Deus, eles não sabem cozinhar! – Diz bufando, jogando o garfo no prato.

— Ou talvez você que seja chata demais. – Falei involuntariamente, não conseguindo mais aguentar as caretas e as reclamações irritantes dela. Alanna abriu a boca em um "O" e me olhou abismada, eu apenas revirei os olhos e coloquei outra garfada da comida na boca. Estava delicioso.

— Não posso servir qualquer coisinha de meia boca aos meus convidados. Esse casamento precisa estar impecável! – Sussurra entre os dentes, cerrando os olhos para mim. Balancei a cabeça e dei de ombros.

— Para mim, o único prato desagradável foi o de camarão. Todos estão no "devido nível" – fiz aspas com os dedos – Do seu precioso casamento. – Sorri ironicamente, rolando os olhos diante do meu tom.

— Seu gosto é estranho.

— Pelo menos eu tenho um gosto! – Disse brava, jogando o guardanapo de pano na mesa. Arrastei a cadeira para trás, cansada de aguentar Alanna e sua chatice, e me levantei. Peguei minha bolsa e ela me encarou com os olhos arregalados.