Capítulo 13

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- Um amigo meu vai casar no próximo final de semana em Porto Alegre, queria que você me acompanhasse. – Miguel disse assim que acabávamos nosso café da manhã.

Era sábado e havíamos vindo para o apartamento do Miguel logo após o barzinho. Fomos para o barzinho sozinhos após ele me buscar na faculdade, bebemos e conversamos como alguns casais ali e depois ele me persuadiu a vim para sua casa, disse que não conseguia mais dormi sem meu corpo. Agora, estávamos nós aqui a mesa, às dez da manhã, tomando nosso café da manhã reforçado preparado por ele mesmo antes de eu acordar.

- Tudo bem. – Disse e Miguel arregalou os olhos incrédulos. – Tudo bem, vamos ao casamento de seu amigo. – Disse simples e ele largou a xicara dele na mesa, ainda me olhando.

- Fácil assim? – Questionou desconfiado.

- Estamos num rolo meio louco, você cede, também tenho que ceder. – Disse sincera e ele sorri de lado.

- Rolo meio louco. – Disse pensativo. – Eu sou apaixonado por esse rolo louco e por você, morena. – Declarou e eu sorri. Miguel andava romântico ao estremo, em outras ocasiões eu estranharia. Mas me acostumei com esse jeito dele.

- Hoje eu combinei de ir numa balada com as meninas. – Disse a ele sem importância e agora sua atenção estava focada e séria na minha pessoa.

- Balada? – Indagou me olhando e dei o ombro.

- Não será noite das garotas, você pode ir. – Disse. – Queremos dançar, se descontrair. – Disse com um sorriso e ele ainda me encarava sem nenhum humor.

- Irá quem? – Perguntou.

- Somente eu, Angel e Patty. – Disse e ele suspirou. – Miguel, eu disse meninas. – Bufei.

- Sei lá em que classe de sexualidade seu amigo se encaixa. – Sim, ele ainda tinha implicância com o Marlon e tivemos a infelicidade de encontra-lo na terça-feira enquanto Miguel me deixava na faculdade. Meu amigo, aéreo do que acontecia me cumprimentou normalmente e depois entrou. Miguel resmungou durante um período insuportável de tempo até eu dispensa-lo.

- Essa sua implicância está se tornando insuportável. – Disse me levantando e pegando as coisas suja. Levei até a pia e comecei a lavar. – Não te dou motivos, mas você insiste em querer um. – Ele estava atrás de mim, me abraçando.

- Morena, eu sou ciumento demais, você tem que aprender a conviver com isso para o resto de sua vida. – Disse beijando meu pescoço e rolei os olhos. Ele vinha com suas paranoias e depois seus carinhos. Bipolar.

...

Já estacionava o carro Miguel, mas ainda reclamava do meu vestido. Ele é preto com saia rodada e manga curda que deixa a lateral do corpo (costelas) amostra. Meu cabelo estava liso e a maquiagem estava mais focada nos olhos. Estava com um salto e me sentia bem, porem Miguel se encontrava insatisfeito ao meu lado. Ele estava com uma calça preta e camisa de manga longa azul clarinha. A manga já estava dobrada até a metade do braço e ele bufava a cada instante que olhava minhas pernas. Eu resolvi não dar ideia, pois se for levar em conta, ele está incrivelmente sexy e será a sensação das mulheres nessa boate. Assim que saímos do carro, ele tomou minha mão, me puxando para uma entrada mais vazia e lá estavam minhas amigas e Henrique uns passos adiantes as olhando. Rolei os olhos quando vi que ele encarava a bunda da minha amiga Ângela que estava exprimida num short de paetê preta. Ela usava uma camisa verde escura de alça fina que tinha um imenso decote. Patty estava falando alguma coisa e então a reparei quando nos aproximava. Ela vestia uma branca de cintura alta que valorizava seu corpo e um top prata aonde deixava sua barriga amostra. Minhas amigas estavam lindas em suas maneiras e assim que estávamos ao lado delas, Henrique logo se juntou.

- Demoraram. – Bufou a Ângela, como era de se esperar.

- Ruivinha, eles só estavam no aquecimento. – Henrique que estava de frente para ela, piscou e ela sorri. Minha amiga sempre se diz imune, mas eu sei que no fim acaba cedendo. Ela havia me jurado não ter se apegado ao Roni e deu o que deu.

- Vamos gente, daqui a pouco acaba e estamos aqui de papo. – Patrícia e acabamos a concordar e entramos.

A boate estava cheio, o que é normal num sábado. Desconfio que Miguel tenha algum conhecimento ali dentro, prefiro não pensar que ele tenha uma porcentagem da boate, sempre me precavendo. Henrique já havia cumprimentado meio mundo ali e então chegamos a uma mesa perto da grade de proteção. Olhei para baixo e eram centenas de cabeças alucinadas pela musica eletrônica que tocava no local.

- Quer dizer, gatinha, que tu vai ao casamento do Cadu. – Henrique disse sorrindo enquanto éramos servidos pelas nossas bebidas. As minhas amigas ainda conversavam entre si, pareciam se conhecer a anos.

- Tudo indica que sim. – Respondi.

- Aê, Miguel apresentando a primeira dama. – Ele zoou o amigo que não deu muito bola, somente apertou seus braços em minha cintura e beijou meu pescoço.

- Vou dançar com as meninas. – Disse para ele.

- Vai não, amor. – Disse manhoso e era bem convincente, mas eu vim para me diverti com minhas amigas. Passava bastante tempo com ele, por isso não iria ceder. Desvinculei-me dele.

- Vou, fica ai com seu amigo se distraindo. – Beijei seus lábios e puxei minhas amigas. Logo Patrícia tomou a iniciativa de descer para dançamos na pista.

Na pista estava tocando um mix das músicas de Calvin Harris e a Patrícia manda a ver na dança. Ela tinha uma desenvoltura que dava inveja, logo que descemos já tinha sido abordada por uns caras. Já eu e a Ângela estávamos dançando em nossos passos mais acanhados. Patty se aproximou, fazendo uma rodinha entre nós.

- Desembucha Ângela. Tu pegou aquele amigo do Miguel? – Indagou e olhei assustada para minha amiga que estava na tonalidade do cabelo.

- Patrícia. – Minha amiga disse envergonhada e agora eu estava curiosa.

- Fala logo, Angel. – Disse já impaciente e ela rolou os olhos.

- Ele meio que me beijou ontem depois que me deixou em casa. – Ela disse eu arregalei os olhos.

- Meio beijo não existe cacete. – Patrícia reclamou e eu ri. – Mas por que ele te deixou em casa? – Perguntou inquisitória e minha amiga respirou.

- Havíamos combinado de ele me buscar na faculdade para bebermos algo, e assim foi. – Ela deu o ombro e eu a analisava para ver se minha amiga já estava em naufrago. – Não me olhe assim, Aline. Eu não tenho nenhum tipo de sentimento por ele, a não ser atração. – Ela disse certa e nessa hora eu mordi os lábios.

- Nossa assim você fere meus sentimentos ruivinha. – Nesse momento, minha amiga estava mais tomate do que o próprio. Henrique então a abraçou pela cintura e fungou seu pescoço. – Mas confesso que a reciproca é verdadeira, querida. Tenho um puta atração por você. – Ele disse com uma voz rouca e até a Patty que é desinibida estava em silencia.

- Olha como você fala perto da minha garota. – Isso foi Miguel dando um tapa na nuca do amigo e me alcançando. – Vocês estavam nesse mundo imaginário de vocês e tinha vários cuzões rondando, viemos resgata-las. – Disse agarrando minha cintura e beijando meu pescoço.

- Merda, odeio ser a que sobra. – Patrícia assoviou dando a meia volta iria chama-la, mas Miguel me apertou nele virando nossos corpos, assim vi minha amiga com um cara tão alto quanto o Miguel, porem todo forte e os dois estavam bem animados.

- Deixe-a se divertir. – Sussurrou em meu ouvido e quando voltei ao outro casal, eles já tinham sumido. – Já falei para Henrique sobre magoar sua amiga e acredite que ele esta jogando muito a limpo com ela. Não é paixão, mas acho que ele esta sendo tão transparente e coerente que nunca vi em minha vida. – Disse Miguel e eu acreditava. Realmente, o Henrique era bastante sincero, não tinha como o imaginar de outra maneira.

- E como fica a gente? – Perguntei sugestiva e senti seus olhos escurecerem.

- Eu tenho uma ótima ideia em minha cama. – Disse presunçoso e ala cama dele fomos. 

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