Bônus Miguel

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O inferno em minha vida começou no momento que a Aline deixou-me em minha casa no ultimo domingo. Ela não me deu direito de resposta. Eu pensando que ela iria pirar pelas fotos, manchetes e as falsas denuncias que ela seria uma menina gorda, mas não. Sua indignação era a colocação profissional do cara que cedeu o espermatozoide para que eu viesse ao mundo. Nunca pensei que isso poderia ser uma pedra no nosso caminho, quer dizer, muitas mulheres se atraiam nisso. No cargo do meu pai. Não que eu fosse um cara de uma beleza extraída e enviada a outro ser humano. Mas um status é sempre um status. Mas como minha morena sempre é diferente, isso foi como um choque em sua maravilhosa pele bronzeado. E a vê com a cara de decepção da mulher que me fez apaixonar no primeiro olhar que dei, foi como uma facada em mim. Sim, eu me apaixonei por ela assim que a vi apressada e atrasada. Deslumbrante mesmo em modo simples. Só um louco para não vê a beleza que reluzia em seu redor. Talvez seja isso que faça todos os homens ficarem de quatro por ela, mas infelizmente, ela se menospreza tanto que me deixa puto da vida. Nunca a deixaria a mercê desses cuzões que babam quando ela passa. Sei que agora ela me quer longe, mas não sou um cara de desistir, se ela pensa que eu a deixaria por causa de uma estupidez familiar, ela estava enganada.

Depois dessa montoeira de merda jogado no ventilador, meu pai estava soltando fogo pela venta. Não sabia bem o porquê e só fui até Brasília porque minha garota precisava de um tempo. Foi um tempo perdido? Sim. Como sempre, meu pai quis questionar minhas escolhas e tentar me coagir a suas vontades. É claro, ele tinha a ficha da mulher que eu estava perdidamente apaixonado e levantou umas questões sobre. Até comentou que seria bom para a minha imagem divulgar que ela prestava serviços para ONG que eu estava condenado, assim poderia aliviar minha imagem para a impressa. Eu tive vontade de socar ele, porem o deixei e fui para um hotel. Meu pai não tinha escrúpulos, ele pensava somente nele. Minha mãe vivia como uma pela submissa que era. Não adiantava, ela já era contaminada pelo veneno da família Borges. Logo ela, que tinha tudo para ser uma dama da sociedade brasileira, preferiu ser a mulher Borges. Meu pai era um estupido, ele queria que eu limpasse minha imagem passando por cima da Aline, aproveitado o romance e depois a dá um pé na bunda e tentar um cargo de prefeito no Rio. Só de lembrar as merdas faladas, eu tinha vontade de vomitar.

Não havia outro lugar para ir a não para os braços da minha morena. Eu não queria mais esse tempo, esse espaço. Não daria mais essa brecha para ela. Ela era minha e ela entenderia isso. Assim que pousei nos Santos Dummont, meu carro estava no estacionamento alugado, eu fui direto para sua casa. Sabia que ela se encontrava lá. Deixei dois seguranças em sua cola. Pedi que fosse discreto e estava por dentro de cada passo. Ela estava linda a me atender, mas eu via sua áurea cansada, deitamos na cama e ela, depois de eu a posicionas em meu corpo, ronronou e sua respiração foi acalmando.

- Eu te amo morena! – Disse e sabia que ela já dormia nesse momento que me declarei.

Eu estava com a frase entalada em minha garganta. Após dizê-la, me sentia libertado. Não havia barreira que me impedisse de lutar por ela. Ela é e será para sempre a única. Será minha e não há nada no mundo a me impedir. 

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