Capítulo 12

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Segunda-feira estava agitada na ONG. Miguel apareceria depois do almoço, pois teve que resolver assuntos profissionais de suas parcerias. Ele havia se ausentado e seu mundo ficou de cabeça para baixa. Hoje estava tendo uma ação na ONG para exames rotineiros, para os moradores próximos fazerem suas documentações pendentes e o Jonas havia aparecido e veio me cumprimentar em minha sala.

- Não sabia que você viria. – Disse após receber seu beijo em meu rosto, ele sorrio.

- Eu estou com um projeto e conversei com Roni, ele aceitou. – Disse parecendo empolgado e indiquei a cadeira para que ele sentasse, assim fez.

- Conte-me sobre. – Pedi me sentando também.

- Bom, eu tenho alguns conhecidos na secretária da educação e acordamos bolsas de cursos técnico com cem por cento a bolsa. Meu foco inicial são as mães e adolescentes. – Eu estava impressionada com a noticia. – Elas vêm a engravidar e muita das vezes tem que assumir sozinha o filho, fica sem tempo para elas. Eu quero investir nesses diamantes. – Disse convicto. – Serão cursos técnicos quais já estão sendo divulgados e trouxe alguns jovens aprendizes para panfletar e fazer o cadastro. – Disse empolgado e eu sorrio, retribuindo. Era realmente uma ideia genial.

- Eu estou muito feliz pela ideia e torço para que vá para frente. – Disse sincera. – Sabe que o que precisa estarei disponível. – Disse e seu sorriso alargou.

- Bom, fico grato com isso. Por enquanto, quero só que continue acompanhando as meninas. Caso elas ainda não tenham passado pela sua consulta, essa será a condição em se manter. – Disse sério. – Estou à procura de patrocínios para esse programa, eu quero poder ajudar de alguma forma essas meninas. Uma cesta básica, algum valor significativo, sabe. – Falou pensativo.

- A ideia é genial, Jonas. – Elogiei. – Acho que deveríamos fazer campanha na internet para conseguir patrocínio. Tenho um amigo que está no Sul, porem ele pode fazer o favor para gente de uma publicidade para divulgar, garanto que ele topa. – Disse já me empolgando e pensei em meu amigo Caio, ele não negaria.

- Com certeza, toda ajuda é bem vinda. – Disse Jonas se levantando. – Eu sabia que podia contar com você nesse projeto, agora deixa ir lá para ver se meus garotos não botaram fogo na ONG. – Disse divertido se referindo aos jovens aprendizes. Despedimos-nos e logo liguei para o caio.

- Oi minha linda! – Caio atendeu no terceiro toque com seu bom humor habitual.

- Fala meu novinho gaúcho. – Retribui a brincadeira e ele gargalhou no outro lado da linha. Caio, mesmo sendo um ano mais novo, tinha um rosto jovial e arrasava corações. Ele tinha um estilo jovem despojado, porem era muito maturo para sua idade. Ele era formado em publicidade e propaganda e havia viajado para Porto Alegre por problemas familiares a aproveitado para esticar com suas ferias. – Preciso da sua ajuda, meu bebe. – Chamei-o pelo apelido carinhoso e então contei toda minha conversa com o Jonas. É claro que meu amigo se empolgou e pediu o contato do Jonas que logo foi repassado. Meu amigo disse que também estava com saudade e estava por volta a poucos dias.

Passei as novidades ao Jonas que estava acompanhado por Roni e ele ficou contente. Roni também estava feliz pelo projeto e me olhou estranho, enquanto comentava com Jonas sobre Caio e eu estava muito empolgada. Jonas me convidou para almoçar, mas dispensei, havia marcado com o Miguel, e assim que sai pelo portão da ONG, seu carro já me esperava. Entrei e ele me deu um beijo rápido, indo para o local que almoçaríamos.

Miguel parecia cansado, mas ouvia tudo que o contava sobre como foi o dia na ONG e também sobre a novidade. Falei com empolgação tudo que Jonas havia planejado e o apoio do Caio. Falei também sobre o patrocínio que iriamos correr atrás e para que ele servisse. Miguel ficou pensativo por um momento e resolveu falar.

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