Capítulo 29

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Miguel e eu fomos em minha casa logo pela manhã. Ele fez questão, estava disposto. Levei apenas roupas, livros e notebook. Os moveis deixei em casa, não fazia compra a meses, então não tinha nada para estragar. Havia mandando uma mensagem para minha amiga que ainda estava à procura de casa e a telefonei quando ela disse que ainda precisava. Contei que deixaria ela com a casa, mobiliada e ela aceitou, contudo que ela pagasse um aluguel e tudo estava resolvido.

Era quase uma hora quando fomos a um restaurante chamado Guimas na Gávea, aonde Miguel disse ser maravilhoso. Nunca havia ido e descobri um prato apaixonante que chamava filé da casa, qual o Miguel indicou. Com muita insistência do Miguel, comi um brownie quente que estava magnifico. Me sentia mal de tão satisfeita e Miguel contente, pois segundo ele, havia tempos que não me via comendo demais. Assim que o garçom entregava a nota, vi quem menos esperava ali. Dona Eliza, minha mãe. Ela entrava ali junto ao Paulo, pai de sua filha Bianca e assim que me viu, ela abriu um sorriso e se encaminhou a mim juntamente ao meu companheiro.

- Filhinha. – Disse com um largo sorriso que não me enganava e seu acompanhante sorri para mim.

- Olá. – Disse educada e olhei o Miguel que encarava a cena com uma cara fechada.

- Que ótima oportunidade, vamos almoçar juntos? – Paulo se manifestou aparecendo ao lado da minha mãe e esticou a mão para mim, porém não retribui.

- Já estamos de saída. – Miguel foi curto e grosso, os olhares foram para ele.

- Oh, meu genro. Não tivemos uma chance de uma conversa melhor depois que soube do noivado pelas revistas. – Minha mãe disse melosa e revirei os olhos.

- Fico contente por isso. – Miguel disse se levantando. – Se nos dê licença, estamos de saída. – Ele disse segurando minha mão e então me levantei.

- Tchau. – Disse sem olha-los e ainda consegui ouvir alguns múrmuros do casal deixado para trás.

- Por que seu pai continua dando teto a ela? – Perguntou Miguel irritado enquanto entrava no carro e ele segurava a porta.

- Ele é um homem muito bom. – Eu disse lembrando de sua maneira simples em lhe dar com as coisas.

- Se fosse eu já daria um pé na bunda nela e ela não entraria mais em minha casa. – Ele disse sucinto enquanto colocava o cinto.

- Uau, recado anotado. – Disse arregalando os olhos e ele me olhou assustado.

- Você não achou que isso fosse uma indireta? – perguntou preocupado.

- Um aviso, sei. – Disse mexendo no meu celular e o ouvi bufar e pegar o celular da minha mão.

- Eu quis dizer se fosse seu pai e se tivesse uma mulher como sua mãe, que para minha sorte eu sou Miguel e amo Aline. – Disse olhando em meus olhos e mordi meus lábios. – Eu não entendo essa sua insegurança, morena. Até parece que eu a deixaria assim, com essa moleza. – Sorrio e me beijou, antes de tomar a decisão.

Fomos para seu lar e assim que chegamos pedi privacidade para arrumar minhas coisas e ele foi ver um jogo qualquer na tv. Pelo menos ele deixou o trabalho de lado, enquanto ficou largado no sofá com uma garrafa de cerveja e controle na mão, xingando alguns homens na tv e descontraindo.

- Quer comer o que, bebê? – Miguel perguntou se deitando ao meu lado na cama. Eu havia organizado todas minhas coisas enquanto a tarde dele foi na tv. Nunca em todo nosso relacionamento, o vi assim, tão descontraído. Eu havia tomado banho e vesti um shortinho com top e me joguei na cama. Estava exausta.

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