Miguel e eu fomos em minha casa logo pela manhã. Ele fez questão, estava disposto. Levei apenas roupas, livros e notebook. Os moveis deixei em casa, não fazia compra a meses, então não tinha nada para estragar. Havia mandando uma mensagem para minha amiga que ainda estava à procura de casa e a telefonei quando ela disse que ainda precisava. Contei que deixaria ela com a casa, mobiliada e ela aceitou, contudo que ela pagasse um aluguel e tudo estava resolvido.
Era quase uma hora quando fomos a um restaurante chamado Guimas na Gávea, aonde Miguel disse ser maravilhoso. Nunca havia ido e descobri um prato apaixonante que chamava filé da casa, qual o Miguel indicou. Com muita insistência do Miguel, comi um brownie quente que estava magnifico. Me sentia mal de tão satisfeita e Miguel contente, pois segundo ele, havia tempos que não me via comendo demais. Assim que o garçom entregava a nota, vi quem menos esperava ali. Dona Eliza, minha mãe. Ela entrava ali junto ao Paulo, pai de sua filha Bianca e assim que me viu, ela abriu um sorriso e se encaminhou a mim juntamente ao meu companheiro.
- Filhinha. – Disse com um largo sorriso que não me enganava e seu acompanhante sorri para mim.
- Olá. – Disse educada e olhei o Miguel que encarava a cena com uma cara fechada.
- Que ótima oportunidade, vamos almoçar juntos? – Paulo se manifestou aparecendo ao lado da minha mãe e esticou a mão para mim, porém não retribui.
- Já estamos de saída. – Miguel foi curto e grosso, os olhares foram para ele.
- Oh, meu genro. Não tivemos uma chance de uma conversa melhor depois que soube do noivado pelas revistas. – Minha mãe disse melosa e revirei os olhos.
- Fico contente por isso. – Miguel disse se levantando. – Se nos dê licença, estamos de saída. – Ele disse segurando minha mão e então me levantei.
- Tchau. – Disse sem olha-los e ainda consegui ouvir alguns múrmuros do casal deixado para trás.
- Por que seu pai continua dando teto a ela? – Perguntou Miguel irritado enquanto entrava no carro e ele segurava a porta.
- Ele é um homem muito bom. – Eu disse lembrando de sua maneira simples em lhe dar com as coisas.
- Se fosse eu já daria um pé na bunda nela e ela não entraria mais em minha casa. – Ele disse sucinto enquanto colocava o cinto.
- Uau, recado anotado. – Disse arregalando os olhos e ele me olhou assustado.
- Você não achou que isso fosse uma indireta? – perguntou preocupado.
- Um aviso, sei. – Disse mexendo no meu celular e o ouvi bufar e pegar o celular da minha mão.
- Eu quis dizer se fosse seu pai e se tivesse uma mulher como sua mãe, que para minha sorte eu sou Miguel e amo Aline. – Disse olhando em meus olhos e mordi meus lábios. – Eu não entendo essa sua insegurança, morena. Até parece que eu a deixaria assim, com essa moleza. – Sorrio e me beijou, antes de tomar a decisão.
Fomos para seu lar e assim que chegamos pedi privacidade para arrumar minhas coisas e ele foi ver um jogo qualquer na tv. Pelo menos ele deixou o trabalho de lado, enquanto ficou largado no sofá com uma garrafa de cerveja e controle na mão, xingando alguns homens na tv e descontraindo.
- Quer comer o que, bebê? – Miguel perguntou se deitando ao meu lado na cama. Eu havia organizado todas minhas coisas enquanto a tarde dele foi na tv. Nunca em todo nosso relacionamento, o vi assim, tão descontraído. Eu havia tomado banho e vesti um shortinho com top e me joguei na cama. Estava exausta.
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Será Única
Romance- Você com esse cabelo preto sorriso sem jeito foi chegando perto chegou perto demais, três ou quatro dias tava tudo tão perfeito dos meus problemas eu já nem me lembrava mais. - Advinha de quem vinha essa voz rouca e malditamente sexy? Sim, do cara...