Capítulo 24

258 25 1
                                    


A festa de confraternização da ONG foi um sucesso. Todos meus amigos compareceram e ajudaram. Miguel fez muito mais do que alugar brinquedo para as crianças. Ele comprou brindes, alugou buffet e um DJ conhecido dele. Henrique também foi outro que ajudou bastante junto com minha amiga. Outros amigos do Miguel, não puderam comparecer, mas fizeram doação. Felizmente conseguimos montar cestas fartas para o Natal das famílias que ali moravam. Não houve confusão, houve um pouco de nervosismo meu e do Roni, que no final me deu um abraço apertado e me agradeceu muito. Chorei e sua voz era embargada. Jonas apareceu e fez uma ajuda. Foi tudo tão perfeito que no final da noite eu só tive que agradecer principalmente ao meu especial namorado que foi incrível e ajudou bastante.

- Eu não acredito que ele fez isso mãe. – Ouvi a voz do Miguel e levantei num pulo. Sai andando enquanto o ouvia praguejar e resmungar no telefone. – Não mãe, ele usou algo pessoal meu para beneficio próprio e com mentiras. – O encontrei a frente do sofá com uma mão passando pelos cabelos frustrados e a outra segurando o aparelho celular. – Eu estou farto das ações dele, estou farto em você se submeter aos caprichos dele e acabar nos esquecendo. – Ele disse seco e então se virou, me vendo. – Isso era algo pessoal meu, meu e da minha namorada. Algo importante que até então não havia nada para intrometer. Mas e agora que ele se mostrou para a mídia? – Meus olhos arregalaram e então eu fiz a ligação das coisas. Ele assentiu ao ver minha cara incrédula. – Não quero falar com ele, estou muito aborrecido. Passe bem. – Ele desligou o telefone sem ao menos esperar e caiu sentado no sofá. Ele estava arrasado. Seu pai divulgou sobre a ONG, sobre o que o filho vem fazendo. Só não sabemos como ele conseguiu essas informações, mas com certeza ele teria acesso a tudo sobre seus herdeiros.

...

- Miguel, eu tenho minha casa qual meu pai ajudou-me a financiar. – Disse enquanto íamos ao aeroporto buscar senhor Agenor que estava chegando.

- Pelo amor de deus, Aline. – Ele bufou. – Você fica mais na minha casa no que na sua. Não sei porque ainda não se mudou. – Disse e o olhei incrédula. – Além do mais, iremos ceia em minha casa e já pedi a Solange para deixar quase tudo preparado, como combinei com você. – Sua voz autoritária me fez revirar os olhos.

-Não sei como ele irá reagir. – Disse amuada.

- Relaxa, já conversei com ele. – Miguel disse tranquilo e me virei no mesmo momento incrédulo. Ele se desculpou.

Dito e feito, meu pai já sabia que ficaria na casa do Miguel, inclusive já estava com o quarto preparado. Era engraçado como os dois haviam se dado bem. Meu pai se acomodou e eu fui para cozinha preparar as sobremesas que tinha em mente e Miguel prepararia sua especialidade, segundo ele, que seria o arroz que todos adoravam. Meu pai se juntou logo depois a nós, e tínhamos pouca coisa para fazer. Assim que terminamos, fomos nos arrumar.

- Belíssima. – Miguel disse assim que desci as escadas. Eu estava com short branco e uma boddy vermelho que tinha um decote até o umbigo e manga longa. Meu cabelo estava solto e seco. Minha maquiagem não era nada exagerada e estava com uma havaiana.

- Digo o mesmo de você. – Disse o abraçando. Ele estava com uma bermuda cargo escura com uma camisa de gola V verde clara. Seus cabelos molhados e um sorriso de lado para enlouquecer qualquer mulher.

- Vamos namorar um pouquinho, bebê? Seu pai deve demorar. – Disse mordiscando meu queixo.

- Você quem pensa. – Disse rindo e a companhia tocou. O olhei sem entender e ele deu os ombros. Nossos amigos estavam viajando e não convidamos mais ninguém. Fui com ele até a porta e assim que aberta eu quase tive um treco. Ali estavam minha mãe, Bianca e Paulo com sacolas e um sorriso falso. – O que fazem aqui? – Perguntei ainda abismada e minha mãe fez uma careta de desgosto.

Será ÚnicaOnde histórias criam vida. Descubra agora