Capítulo 31

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Se passaram um mês e meio após a notícia do curso. Eu e Miguel fomos disciplinados e assistimos todas aulas e participamos. Tivemos também as entrevistas com psicóloga e visita de uma assistente social, diferente da Gabriela. Miguel pediu o afastamento dela do caso. Por ter o carnaval nesse meio termo, se atrasou um pouco o procedimento. Ficamos em casa mesmo nessa data comemorativa. Fomos a praia somente no domingo com nosso casal de amigos Henrique e Ângela que já tinha uma barriguinha visível que carregava a Melissa, sim era uma menina e Henrique estava super empolgado com isso. Minha amiga estava sendo mais mimada do que podia e era divertido. Larissa, irmã do Miguel havia se mudado para o Rio e estava em seu próprio apartamento que era num prédio vizinho do nosso. No carnaval ela foi para Bahia. Estava empolgada com a ideia de um sobrinho.

Na semana pós carnaval, era uma terça-feira quente no Rio de Janeiro e Miguel foi me buscar para almoçar. Fomos num restaurante refinado no bairro de São Conrado e fizemos os pedidos. Miguel sorria e eu achava que ele iria aprontar algo. Assim que pedimos a sobremesa, ele segurou minhas mãos.

- Recebemos o certificado de habilitação para adoção e fomos aprovados pelo juiz. - Disse ele com seu sorriso bobo e eu pulei soluçando já e com lagrimas caindo dos meus olhos, no colo do Miguel que me abraçou. - Conseguimos a primeira etapa bebê, conseguimos. - Sua voz era emocionada e me apertou contra seu corpo. - Pedrinho será entrevistado e após análise, se tudo ocorrer bem, teremos a guarda provisória do nosso menino. - O olhei com olhos cheios de lagrimas e ele estava com os seus vermelhos.

- Vamos conseguir, amor. - Beijei seus lábios. - Não estou acreditando. - Disse ainda incrédula, mas ainda muito feliz.

- Pois acredite, linda. Eu faço tudo por você. - Tomou meus lábios num beijo apaixonado.

Nossa sobremesa chegou e eu estava sorrindo atoa. Miguel também o fazia e brindamos com um suco de laranja nossa vitória. Após, Miguel me conduziu até o estacionamento e lá eu avistei um carro vermelho, mais de perto reparei que era um AUDI A5 moderno. Estava boquiaberta porque nunca havia visto em minha vida Miguel com esse carro. Alias, ele não tinha gosto por carros dessa cor.

- Uau! - Disse e ele me olhou com um sorriso cauteloso. Levantou o controle e direcionou a mim. - O que? - Perguntei negando.

- Bebê, teremos um filho e você precisa de um carro para se movimentar. - Argumentou. - Trabalho, faculdade, nosso Pedro. Você precisa de um. - Disse.

- Mas Miguel? - Ainda estava atordoada e ele negou.

- Por favor, pelo nosso filho. - Eu fechei os olhos. Era uma luta perdida. Ele era incontrolável. Com a guerra perdida, peguei o carro e ele sorri, indo pegar as coisas em seu carro. Depois ele pede para que eu o levasse na academia eu fiz. Alguém buscaria seu carro.

...

- Um carro. - Assoviou a Patrícia. - Aonde tem réplicas desse homem, por favor? - Pediu minha amiga em modo divertido e ri.

- Só foi disponibilizado um exemplar, gata. - Ri destravando o carro.

Quarta-feira, iria levar a Patrícia na no Espaço do Jonas, ela daria aulas de danças lá hoje. Almoçamos quentinha a Dona Maria, moradora da comunidade, vende. A comida estava deliciosa, era macarronese com frango. Havia tempo que eu não me deliciava com esse tipo de comida e foi muito excitante. Patrícia, agora, se ajeitou em meu carro no banco passageiro e dei a partida.

- Esse homem é completamente louco por você. - Minha amiga disse olhando a tela de seu celular.

- Exagerado eu diria. - Disse rindo enquanto dirigia.

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